Página da escritora Rita Nasser.
Conheça esta escritora e alguns de seus
trabalhos!
BREVE APRESENTAÇÃO
Eu sou Rita Nasser. Tenho 38
anos, sou casada e tenho um filho de nove anos.
Nasci em São Paulo/SP e sempre gostei de escrever.
Desde os seis anos, nunca mais parei. Aprendi a escrever escrevendo como
uma criança aprende a falar falando.
E estou sempre aprendendo. Faço questão de manter viva a criança que
existe em mim!
Ouvir o coração... Transbordar as emoções...
Ir pegando as letras uma a uma e como
num passe mágico, transformá-las em palavras apenas: Matéria prima do escritor, que com
elas amálgama as mais guardadas sensações!
Compor um texto e cuidá-lo, para que ele penetre noutros corações,
viaje em outros pensamentos, mas se encontre em gentes diversas que compartilham
o sabor da literatura!
Palavras. Apenas palavras vivas!
- Livro: “A MÁGICA DA
FLAUTA”. (Literatura
Infantil) Edições Paulinas/98.
- Colaboração nos
sites: projetovida, sitededicas (leitores-escriotres), usina
de letras (infantil, poesia e crônica).
- Publicação de Histórias para crianças na revista Zá/ em
2000 e 2001.
- Publicação na revista Cd Expert Kids /2000/2001/2002.
- Seminários de Literatura Infantil e Juvenil 1998/1999/2000
BIENAL/SP.
-Menções Honrosas No IV e V Concursos de contos e poesia
Associação dos escritores de Bragança/SP.
Antologias de 1998
e 1999.
- Menção Honrosa/Concurso Biblioteca Menotti Del Pichia /
Antologia (poema: Pássaro-Poeta) 1998.
- Antologia / (conto: Vez por Outra) 1997.
- Concursos Nacionais e Internacionais (contos e histórias
Infantis)
* Cursos Extracurriculares.
* Estudo e Pesquiso: Literatura Infantil.
* Intensa Produção de textos para crianças.
Tenho curso de magistério e cursei a Faculdade de Psicologia.
Quero voltar a estudar Comunicação, porque não me sinto nem Professora
e nem Psicóloga e sim ESCRITORA.
Sinceramente penso que as LIÇÕES VIVIDAS são muito mais
verdadeiras do que as aprendidas.
POEMAS
E HISTÓRIAS DE RITA:
- Poeta!
Faz uma rima pra mim.
- Rima não tem fim.
- Faz então... Uma
canção!
- Não tenho inspiração.
- Responde então:
Onde pisa?
- No chão.
- E de onde vem toda
água salgada?
- Do mar.
- Ah... Poeta!
Se tem chão e se tem mar é só começar.
-Tema:
Liberdade, solidariedade, saudade...
UM
DIA PARA LIBERTAR MARIANA.
Rita Nasser.
Numa tarde de domingo Mariana caiu do
seu ninho quando tentava voar.
Era ainda filhote a
passarinha...
Rolita Mariana foi
cambaleando em seu vôo experimental e caiu numa área, em cima do saco
de lixo, o quê foi
sua salvação.
Os donos da casa ao
escutar um bater acelerado de asas logo descobriram a visitante.
E como Rolita tinha
sorte! A danada foi cair bem numa casa onde havia menino pequeno.
Quiseram chamá-la de
Chocolate por ser marrom, mas desistiram.
Pensaram em outros nomes diferentes e, finalmente escolheram Rolita
Mariana, por ter sido encontrada em maio e também porque combinava com seus
olhinhos redondos.
Mãe e filho trataram
logo de arranjar uma caixa com água e comida. E Mariana
acalmou-se.
Teriam que soltá-la
em breve, pois “Aos ares pertencem os
alados”, como dizia e cantava a mamãe:
Uma Rolinha voou, voou...
Caiu num laço e se embaraçou...
O menino precisava
também encontrar forças para deixá-la voar alto e seguir seu destino.
Pediram uma gaiola
emprestada para hospedar Mariana por alguns dias.
Ela treinava seu vôo
pela pequenina gaiola e olhava espantada para os olhos do menino.
Os dias passavam e
Mariana estava calma e bem mais forte.
O filho marcou para
quinta-feira o Dia da Liberdade!
Era preciso dar ao
pequeno voador o direito de escolher: Ir ou ficar.
E só ele poderia
arcar com o peso da queda ou com o esplendor dos ares!
Será que Rolita
voltaria algum dia?
Então a mãe
lembrou-se da avó que agora também pertencia ao céu...
Mas antigamente ao
arrumar a casa, vovó cantarolava a história de um sabiá que ao fugir da
gaiola deixara a menina chorando e terminava dizendo:
- Sabiá! Estou
te esperando. A menina diz soluçando.
Sabiá responde de lá:
- Não chores que eu vou voltar!
O céu azul e limpo daquela quinta-feira
de outono esperava a passarinha no vôo para a LIBERDADE!
- Adeus!
Ou Até logo Rolita Mariana. Despediram-se
todos.
- Até loooooooogo!
E voou sorrindo a passarinha...
SP-maio/2000.
- 3-
Original:
EU, “COM MEDO DO CACHORRO”.
Meu nome é Romão.
“Ro” por causa do meu avô Roberto e “Mão” por causa do meu avô
Simão.
Acho que é por causa do meu nome que eu adoro mão.
I
As paredes aqui de casa estão cheias de mão, meu caderno de desenho tem
mão de todo jeito. I
Quando não estou brincando com meus amigos a minha maior diversão é
chupar a mão.
Começo pelo dedão. Aí tiro o dedão e chupo o indicador. Depois tiro
esse e chupo outro. Escolho
o
melhor e depois chupo todos ao mesmo tempo.
Foi assim que numa tarde chuvosa me distrai e engoli toda minha mão.
E quando me dei conta estava virado pelo avesso.
Avistei um coração: TUM-TUM... TUM-TUM... TUMTUMBATENDO.
“ESSE SOU EU POR DENTRO”!
Ouvi os sons da casa, de quando estava
“do direito”.
I
Ma os sons de dentro eram mais vivos!
Escutava as ondas de sangue correndo nas veias.
I
Ouvia um ronco que vinha do estômago e parecia o fusca do Vô Simão.
Escutei mais ou menos uns PUF-PUFSsss na barriga. O que seriam?
Dei meia volta e já ia saindo quando olhei para cima e avistei umas
luzes fascinantes.
Eram pequeninas raízes iluminadas que se tocavam e reluziam.
Relâmpagos de idéias coloridas!
“QUE MARAVILHA!”
Num canto havia pedaços de lembranças recortadas e coladas num arquivo.
Noutro canto viviam símbolos, números, letras e palavras se unindo para
construir um edifício sem fim.
E eu queria mesmo era ficar por lá e tentar descobrir onde eram
fabricados os sonhos e as idéias
brilhantes
que de vez em quando eu tinha.
Mas apareceu um tal de MEDÃO que falou grosso e devagar;
- V O L T E P R O
S E U L U G A R.
Cada coisa no seu canto.
Eu assustado comecei a procurar a boca,
que era o túnel. Parecia um
caminho enorme e distante
com
o eco do medo atrás de mim.
A salvação veio quando acenderam a luz da sala. Eu abri a boca de sono
e avistei a saída.
- UFA!
- Menino você dormiu no sofá e quase engoliu sua mão.
- Dormi? Não pai.
Viajei de AVIMÃO
I
I
I
SP-13/02/2000.
·
Textos originais sem ilustração. Registrado na FBN.
·
Podem ser reproduzidos para estudos desde que citados autor e
fontes.
Amanheci pensando em
fazer poesia.
Procurei palavras com
ritmo e rima,
Mas encontrei arrego
nas palavras não ditas,
Na subjetividade das
emoções,
No encontro dos
acasos previstos.
Vejo a frieza nas
pedras que constroem castelos.
Mas acredito na força
do elo.
E na busca do
encontro possível
Anoiteci em Paz!
Rita
Nasser
SP/set/2001.
I N D U L T O D E P
A Z
Um grito de PAZ ecoa
Na garganta seca do mundo
E o coração desnudo entoa
Um gemido por ela que é tudo.
Das entranhas da terra rolam lágrimas
Sulcos profundos emergindo sangue,
Onde o homem descalço trilha
Um árduo caminho em transe.
Enquanto em vão desfalece a vida
A criança da alma sofre
Elevando aos céus uma súplica.
E
DEUS-FILHO um indulto traz
Aos homens de Boa Vontade
Um ramo verde de PAZ!
SP - 2000/2001
(Recontando...)
Rita Nasser
Era uma vez um país muito rico, que tinha tudo que um país muito rico
tem.
Lá também havia doces de todos os tipos: Babas de Moça, Papos de
Anjos, Suspiros, Quindins, Beijinhos, Cocadas e outros tantos, menos chocolate.
Esse país foi invadido por ratos e mais ratos. Camundongos e ratazanas
também.
O rei só começou a preocupar-se quando o seu quarto foi invadido pelos
ratos, deixando a rainha descabelada
e indignada.
Então o rei mandou anunciar em alto e bom tom que daria uma grande
recompensa em ouro para quem conseguisse acabar com os ratos.
Quando a notícia se espalhou apareceu por lá um jovem chamado Pompeu,
vindo do país do chocolate, com sua sacola especial repleta de flautas.
E com a flauta que exalava cheiro de queijo suíço começou a tocar.
Embalados
pela música e deliciados pelo aroma dos queijos, os ratos seguiram Pompeu até
uma caverna distante, onde o rapaz os trancou por lá com uma enorme pedra.
Depois o flautista voltou para receber o ouro prometido.
O rei KALOT não quis acertar as contas com o flautista como já
era de se esperar.
Mas Pompeu começou a tocar com cheiro de chocolate... E as crianças
encantadas pela nova melodia e pelo delicioso cheiro ainda desconhecido foram
levadas ao país do chocolate.
Onde se esbaldaram, ficando todas lambuzadas e felizes.
Todos os pais ficaram desesperados: Rei, rainha e povo, pois estavam sem
seus filhos!
Rei KALOT e rainha ESCABEL prometeram seriamente ao rapaz
que se trouxesse todas as crianças de volta receberia seu ouro em dobro.
Assim Pompeu foi buscar as crianças ao som da alegria e ao perfume do
chocolate.
Quando recebeu a recompensa resolveu ficar por lá e abrir uma enorme fábrica
de bombons de todos os tipos.
E foi assim que um país tão rico pôde conhecer e saborear uma das
melhores coisas do mundo: O Chocolate.
Rita Nasser
A Galinha Margarida
passeava sorrateira fazendo cogumelo de sombrinha.
Usava
batom vermelho, pulseira de miçanga e brincos de argola amarela.
Mais dengosa ficou Margarida
quando ganhou da comadre D’Angola uma bolsa de crochê colorida.
Ansiosa esperava o domingo para
desfilar sua vaidade. Pois vaidade de galinha é coisa especial, é vaidade
emplumada.
Junto
com a alvorada de domingo, o cantar do primeiro galo despertou a
Flor-Galinha-Margarida...
Cantarolando
feliz enfeitou-se para ir à praça da matriz.
Mas...
No
seu caminho nuvens negras escureceram o azul do céu.
Assustada
com a trovoada lembrou-se que havia deixado o cogumelo novo na varanda,
pendurado.
E
no meio da chuvarada, a Galinha Emplumada virou Galinha Ensopada.
Rita Nasser
Lilica era uma menina muito tímida...
Vivia com a cabeça
abaixada, as mãos unidas para trás, mas estava sempre sorrindo.
De tudo ela achava graça...
Seus cabelos eram
compridos e castanhos. Sua franja
às vezes cobria seus olhos e então, ela assoprava pra cima para poder
enxergar. Mas isso ela fazia sem perceber e quando sua mãe via, lá
vinha a bronca:
- Menina, toma jeito. Você já está ficando uma mocinha e com
esses modos!
Aí Lilica corava. E suas sardas se destacavam no rostinho
vermelho.
Na sala de aula, era muito aplicada. Mas quando a professora
dizia seu nome ela entrava em pânico. Virava um pimentão e todos caiam na
gargalhada.
Em sua casa a parte que ela mais gostava era seu quarto. Fechava
a porta e virava outra: Cantava, rodopiava, falava sozinha... Ali era a dona do
mundo.
Num domingo Lilica foi com a família ao circo onde ocuparam a
primeira fila.
A menina se divertiu muito, até que entrou o palhaço. Brincou
com ela e pronto...
Lilica caiu num choro só, morreu de vergonha e disse:
- Nunca mais vou ao circo.
Passaram-se muitos meses e nas férias seus pais foram viajar
para o clube de campo, onde todos se divertiam muito.
Ficaram lá por alguns dias e Lilica estava muito à vontade, nem
parecia a mesma.
Ficava o tempo todo na piscina, dava pulos, mergulhos, virou a
atração do clube.
Numa certa manhã bem quente, a piscina estava lotada e Lilila lá,
feliz da vida.
Então um bebê que engatinhava, caiu na água e sem que dessem
conta ele afundou.
Lilica percebeu logo, pulou e não teve dúvida, salvou o bebê.
Quando a menina saiu da água com o bebê no colo, todo mundo
bateu palmas...
Mas naquele dia, para a surpresa de todos, ela não corou. Ficou
toda Estufada, de tanta alegria...
Fez muitas micagens, dançou, rodopiou, pulou de novo na água.
Virou a dona da festa...
Agora, sua mãe ao invés de dizer:
- Fala, menina calada.
Ela diz:
-
Fica quieta, Menina assanhada!
SP/94/95
RECEITA do Dr. Ecologista para tratar o seguinte diagnóstico:
Meio ambiente com insuficiência respiratória e falta de oxigenação.
Grandes áreas
devastadas por agentes estranhos, poluição de mares e rios, etc.
Resumindo: Quadro grave, caminhando para múltipla falência
que exige imediato tratamento.
Tomando consciência da gravidade do caso o Dr. Cândido Esperançoso,
médico Ecologista prescreveu a seguinte receita:
- Doses cavalares de Elixir da longa vida.
- Exercícios diários de Reciclagem.
- Executar Programas Eficazes de Desenvolvimento Sustentável.
- Proteção Vigiada aos Mananciais.
- Altas doses de Vitaminas A, R, N (Amor e Respeito à Natureza).
Depende de cada um de nós!
Rita
Nasser/maio/2002.
. Textos originais sem ilustração. Registrado na FBN.
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citados autor e fontes e mediante a autorização prévia da autora.
Contatos com a
autora:
e-mail: ritanasser@hotmail.com
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