DIVERSOS TEXTOS SOBRE A INVENÇÃO E HISTÓRIA DO PAPEL E TAMBÉM DIVERSAS FORMAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO DE PAPEL RECICLADO ENCONTRADOS NA INTERNET

Pesquisa realizada na internet: Projeto Apoema – Educação Ambiental (Antigo Projeto Vida - Educação Ambiental)

Novo Hamburgo/RS

 

Apresentação:

A presente pesquisa pretende divulgar a história do papel através de várias perspectivas e apresenta diversas maneiras de feitura de papel reciclado. Tem como objetivo estimular a cultura da reciclagem para que torne-se um hábito e uma verdadeira atitude de cidadania. As fontes (links) estão logo abaixo de cada texto. 

 

"A Reciclagem Começa no Coração da Gente"

 

ÍNDICE dos artigos encontrados na Internet:

INVENÇÃO DO PAPEL

Um pouco mais da história do papel

Mais HISTÓRIA do papel

E outra História do Papel

PROCESSO DE FABRICAÇÃO

PROCESSO do papel

Processo de elaboração do Papel

Faça você mesmo seu Papel

Receita para fazer Papel Reciclado

Fazendo Papel

FAÇA PAPEL

O LIXO, UM PROBLEMA?

O QUE É LIXO ?

TIPOS

INFORMAÇÕES DE BASE

Redução, Reutilização e Reciclagem

OS 3 Rs

DESTINO FINAL DO LIXO

Comentário

 

A INVENÇÃO DO PAPEL

A invenção do papel foi um processo desenvolvido ao longo dos tempos históricos, simultaneamente por diferentes povos em diferentes regiões geográficas.

O Papiro que é um dos predecessores do papel como o são outros produtos similares obtidos por martelagem ou prensagem de materiais fibrosos faz parte de uma série de produtos conhecidos pelo nome genérico de "tapa" os quais eram feitos não só do papiro do Nilo mas também e principalmente da camada mais interior das cascas (liber) de várias plantas lenhosas como amoreiras, figueiras e outras com destaque para as do género Daphne.

Este "tapa" encontrava-se com muita frequência ao longo de uma faixa geográfica a norte da região equatorial.

A técnica mais antiga é ainda hoje utilizada para fazer papel em algumas regiões dos Himalaias e do Sueste Asiático, consistindo no seguinte:

Um cozimento de fibras do "liber" (casca interior) de certas árvores e arbustos é estendido por martelagem com martelos de madeira (maços) até que se forme uma camada delgada de fibras que depois é misturada com água numa celha até formar pasta. Numa outra celha grande com água é colocado um caixilho de madeira (fôrma) com um fundo de pano que fica submerso um pouco abaixo da superfície da água. O "papeleiro" despeja na fôrma a quantidade de pasta necessária para fazer uma folha de papel e espalha-a com a mão até formar uma camada delgada e uniforme sobre o fundo de pano da fôrma a qual é retirada da água que começa a escorrer através do pano, ficando sobre este a nova folha de papel, sendo o conjunto colocado ao sol ou ao lume para secar. Quando seca esta folha separa-se facilmente do tecido da fõrma e para além de um possível alisamento não necessita de mais tratamentos até ser utilizada (para escrita ou desenho).

Trata-se de uma técnica com dois inconvenientes imediatos. Primeiro é necessário uma fôrma para cada nova folha de papel a qual só poderá ser novamente utilizada após a secagem da folha anterior nela fabricada. O segundo inconveniente reside na dificuldade em se obterem rapidamente os cozimentos de liber nem sempre disponível em quantidade suficiente.

Descobertas recentes de papéis em túmulos chineses muito antigos, mostraram que na China se fabrica papel desde os últimos séculos antes da Era Cristã. Não há dúvidas que os chineses foram aperfeiçoando as técnicas de fabrico de papel substituindo o tecido do fundo da fôrma por uma teia de pequenos paus de bambu e assim libertaram o "papeleiro" da necessidade de nela secar a folha de papel uma vez que esta ainda molhada escorrega sobre o fundo de bambu podendo ser então posta a secar.

Ainda na China e segundo registos existentes, no ano 105 da Era Cristã o oficial da corte imperial Ts'ai Lun inventou o fabrico do papel a partir de desperdícios de téxteis ou seja de trapos.

E assim surgiu o papel tal como hoje o conhecemos.

Depois os papeleiros chineses foram diversificando a produção introduzindo no uso corrente vários tipos de papéis como os papéis encerados, revestidos e tingidos, ou protegidos contra insetos mas as dificuldades para satisfazer a procura crescente dos serviços públicos levaram-nos a procurar mais fibras e optaram então pelo bambú que desfibravam cozendo-o em meio alcalino (lixivação).

Da China as técnicas de fabricação do papel passaram rapidamente à Coreia e foram introduzidas no Japão no ano 610 da nossa Era. Nestes dois países o papel é ainda, e em escala significativa, fabricado manualmente seguindo a velha tradição e de preferência a partir de fibras virgens do liber da amoreira (em japonês Kaza). Após o cozimento as fibras longas e íntegras são preparadas apenas por batimento o que dá ao papel um aspecto característico e uma excelente qualidade a qual é devida entre outras razões às repetidas e rápidas imersões da fôrma o que dá origem a uma folha de papel de camadas múltiplas o que muito melhora a sua qualidade.

O conhecimento da maneira de fazer papel espalhou-se rapidamente pela Ásia Central e Tibete e daí passou à Índia. Os árabes na sua expansão para o Oriente tomaram contacto com a produção deste novo material suporte da escrita na região de Samarcanda e subsequentemente instalaram fábricas de papel em Bagdad, Damasco, Cairo e mais tarde em Marrocos, na Espanha e na Sicília, utilizando, quase exclusivamente trapos pois era-lhes dificil obter outros materiais fibrosos .

Os equipamentos primitivos do processo tais como os moínhos para os trapos permitiam apenas produzir uma pasta mecânica de fraca qualidade. Os árabes, no entanto, conseguiam com fôrmas de juncos, fazer folhas delgadas de papel que revestiam em ambas as faces com pasta de amido o que melhorava a sua qualidade para escrita e a sua aparência fina.

Fonte: http://www.celpa.pt/historia/

Um pouco mais sobre a história do papel

Pedra, madeira, placas de barro. Papiro e pergaminho. Cânhamo, capim e palha. Trapos velhos. Todos foram materiais para escrita usados pela humanidade durante séculos. Mas somente em meados do século XIX a madeira passou a ser a principal matéria-prima para fabricação de papel e só a partir dos anos 60 a espécie eucalipto tornou-se amplamente utilizada como a principal fonte de fibra para fabricação do papel.

Praticamente qualquer árvore pode ser utilizada para produzir celulose. Cada espécie produz fibras de celulose com características específicas, o que confere ao papel propriedades especiais.

No hemisfério ocidental, farrapos de pano constituíram o insumo básico para a fabricação do papel desde a Idade Média até meados do século XIX, quando a demanda desse material passou a exceder a oferta em decorrência da Revolução Industrial. O uso subsequente da madeira como matéria-prima representou um divisor de águas na história do papel.

Graças à madeira, a fabricação do papel transformou-o de um artigo de luxo, alta qualidade e baixo volume de produção em um bem produzido em grande escala, a preços acessíveis, mantendo um alto padrão de qualidade.

As primeiras espécies de árvores usadas na fabricação de papel em escala industrial foram o pinheiro e o abeto das florestas de coníferas encontradas nas zonas temperadas frias do norte da Europa e América do Norte. Outras espécies - o vidoeiro, a faia, o choupo preto e o bordo, nos Estados Unidos e Europa central e ocidental, o pinheiro do Chile e Nova Zelândia, o eucalipto no Brasil, Espanha, Portugal, Chile e África do Sul - são hoje empregadas na indústria de papel e celulose.

No decorrer desse século, os técnicos e engenheiros florestais aprenderam a manejar espécies cujos ciclos de crescimento são bastante longos. Por exemplo, os climas frios do hemisfério norte promovem um crescimento lento e ciclos muito longos, enquanto que nas zonas tropicais ocorre o inverso. As coníferas do litoral da América do Norte, por exemplo, levam 80 anos para amadurecer.

Até mesmo o choupo leva, no mínimo, 15 anos para atingir sua altura plena.

A pasta de celulose derivada do eucalipto surgiu pela primeira vez em escala industrial no início dos anos 60, e ainda era considerada uma "novidade" até a década de 70. Entretanto, dentre todas as espécies de árvores utilizadas no mundo para a produção de celulose, o eucalipto brasileiro é a que tem o menor ciclo de crescimento - somente sete anos.

Isso se traduz em altíssima produtividade florestal. Graças ao intenso programa de pesquisa e desenvolvimento da Companhia, as florestas cultivadas pela Aracruz rendem, em média, 45 m3/ha/ano de madeira, enquanto a média para florestas norte-americanas está entre 2m3 e 4 m3.

O ciclo de crescimento menor permite redução tanto de investimentos como dos custos de produção da madeira. A área cultivada para fornecer matéria-prima para a fábrica também é menor, o que reduz consideravelmente os custos de transporte. Além disso, a alta produtividade da floresta proporciona uma utilização mais racional dos recursos naturais e mais espaço disponível para outros usos da terra igualmente importantes.

A combinação de ciclo de crescimento menor e técnicas pioneiras de clonagem desenvolvidas pela Aracruz, permite introduzir melhorias genéticas com maior rapidez, promovendo um impacto quantitativo e qualitativo no cultivo e na produção de pasta de celulose. Assim, em menos de 15 anos, a Companhia desenvolveu árvores cada vez mais adaptadas aos solos e condições climáticas dos locais onde são cultivadas.

O eucalipto da Aracruz é altamente resistente a doenças, possui troncos retos e ramos curtos e pode ser selecionado para produzir fibras de características distintas.

A Aracruz aproveita todo o seu potencial, desenvolvendo e produzindo matéria-prima utilizada mundialmente em uma grande variedade de produtos.

O mundo evoluiu muito desde a invenção do papel. O século XX introduziu práticas de manejo florestal, que garantem a sustentabilidade do fornecimento de matéria-prima.

Os plantios de eucalipto podem ser considerados a grande conquista rumo ao controle total da matéria-prima.

O homem começou a registrar sua história por volta de 6.000 a. C., através de entalhes em pedra, madeira ou placas de barro. A escrita surgiu independentemente no Egito, na Mesopotâmia e na China.

Desde então, os materiais utilizados para gravar informações evoluíram de forma extraordinária e culminaram hoje com o aproveitamento de espécies florestais de rápido crescimento que ser transformam em papéis de alta qualidade. Eis alguns dos mais importantes eventos da história do papel:

105 d.C. - A invenção de papel é atribuída a T'sai Lun na China, fabricado a partir de fibras de cânhamo trituradas e revestidas de uma fina camada de cálcio, alumínio e sílica.

1000 até cerca de 1830 - Trapos velhos eram o insumo básico da indústria de papel até meados do século XIX (costume interrompido em meados do século XVII, quando acreditava-se que os restos de pano contribuíam para a propagação da peste).

1719 - O naturalista francês Reaumur sugere o uso da madeira como matéria-prima para o fabrico de papel, ao observar que as vespas mastigavam madeira podre e empregavam a pasta resultante para produzir uma substância semelhante ao papel na confecção de seus ninhos.

Meados Séc. XIX - surge a demanda de papel para a impressão de livros, jornais e fabricação de outros produtos de consumo, levando à busca de fontes alternativas de fibras a serem transformadas em papel.

1838 - produção de pasta de palha branqueada.

Anos 1840 - Na Alemanha, desenvolve-se um processo para trituração de madeira. As fibras são separadas e transformadas no que passou a ser conhecido como "pasta mecânica" de celulose.

1854 - É patenteado na Inglaterra um processo de produção de pasta celulósica através de tratamento com soda cáustica. A lignina, cimento orgânico que une as fibras, é dissolvida e removida, surgindo a primeira "pasta química".

Anos 1860 - Invenção do papel cuchê. Lançamento do papel higiênico em forma de rolo. Surgem na Finlândia as primeiras leis sobre práticas de silvicultura.

Por Pierre Noe, Gerente de Serviços Técnicos da Aracruz na Europa.

 

Mais uma HISTÓRIA do papel

Marta Cavalcanti

"A Reciclagem Começa no Coração da Gente"

O papel usado como suporte para escrita é o material mais usado nos dias de hoje, embora haja ainda a permanência de outros materiais.

Antes da criação do papel, em alguns paises e/ou grupos humanos existiram maneiras curiosas do homem se expressar através da escrita. Na Índia, usavam as folhas de palmeiras, os esquimós utilizavam ossos de baleia e dentes de foca. Na China os livros eram feitos com conchas e cascos de tartaruga e posteriormente em bambu e seda. Estes dois últimos antecederam a descoberta do papel. Entre outros povos era comum o uso da pedra, barro e até mesmo a casca das arvores. As matérias primas mais famosas e próximas do papel foram o papiro e o pergaminho.

O primeiro, o papiro, foi inventado pelos egípcios e apesar de sua fragilidade, milhares de documentos em papiro chegaram até nos. O pergaminho era muito mais resistente, pois se tratava de pele de animal, geralmente carneiro, bezerro ou cabra e tinham um custo muito elevado. Os Maias e os Astecas guardavam seus livros de matemática, astronomia e medicina em cascas de árvores, chamadas de "tonalamatl".

A palavra papel é originária do latim "papyrus". Nome dado a um vegetal da família "Cepareas" (Cyperua papyrus). A medula dos seus caules era empregada, como já referido, pelos egípcios, há 2 400 anos antes de Cristo. Entretanto foram os chineses os primeiros a fabricarem o papel como o atual. Por volta do século VI a.C. os chineses começaram a produzir um papel de seda branco próprio para pintura e para escrita. O papel produzido após a proclamação da invenção, diferenciava-se desse, unicamente pela matéria prima utilizada.

A maioria dos historiadores concorda em atribuir a T'sai Lun, um oficial da Corte Imperial Chinesa (150 d.C.) a primazia de ter feito papel por meio de polpação de redes de pesca e de trapos e mais tarde usado vegetais. Esta técnica foi mantida em segredo pelos chineses durante quase 600 anos. O uso do papel estendeu-se até os confins do Império Chinês, acompanhando as rotas comerciais das grandes caravanas. Até então a difusão da fabricação do papel foi lenta. Tudo parece indicar que a partir do ano 751 (d.C), quando os árabes, instalados em Samarkanda, grande entreposto das caravanas provinientes da China, aprisionaram 2 chineses que conheciam a arte do papel e a trocaram pela sua liberdade. Daí então foi possível a quebra do monopólio chinês com o início da produção de papel em Bagdá (795 d.C.). A partir daquele momento a difusão do conhecimento sobre a produção do papel artesanal acompanhou a expansão muçulmana ao longo da costa norte da África ate a Península Ibérica.

Os primeiros moinhos papeleiros europeus localizaram-se na Espanha, em Xativa e Toledo (1085). Ao mesmo tempo via Sicilia ou Palestina, o papel foi introduzido na Itália. Depois em 1184 chegou a França e então lentamente outros paises começaram a estabelecer suas manufaturas nacionais. Na América foi introduzido pelos colonizadores e no Brasil em 1809. A sua produção se deu desde então a nível industrial.

No fim do século XVI, os holandeses inventaram uma máquina que permitia desfazer trapos desintegrando-os até o estado de fibra. O uso dessa máquina que passou a chamar-se de "holandesa", foi se propagando e chegou até os nossos dias sem que os sucessivos aperfeiçoamentos tenham modificado a sua idéia básica.

No fim do século XVIII, a revolução industrial amenizou a constante escassez de matéria prima para a indústria de papel e aumentou a demanda criando um mercado com grande poder de consumo. Em fins do século XVIII e princípios do século XIX a indústria do papel ganhou um grande impulso com a invenção das máquinas de produção contínua e do uso de pastas de madeira.

Há aproximadamente 15, 20 anos é que no Brasil, artistas plásticos vêem resgatando e difundindo as técnicas de produção do papel artezanal.

E outra: A História do Papel

Antecedentes

Antes da invenção do papel, o homem se utilizava de diversas formas para se expressar através da escrita. Na Índia, eram usadas as folhas de palmeiras. Os esquimós utilizavam ossos de baleia e dentes de foca. Na China escrevia-se em conchas e em cascos de tartaruga. As matérias primas mais famosas e próximas do papel foram o papiro e o pergaminho. O primeiro, o papiro, foi inventado pelos egípcios e apesar de sua fragilidade, milhares de documentos em papiro chegaram até nos. O pergaminho era muito mais resistente, pois se tratava de pele de animal, geralmente carneiro, bezerro ou cabra e tinham um custo muito elevado. Os Maias e os Astecas guardavam seus livros de matemática, astronomia e medicina em cascas de árvores, chamadas de "tonalamatl".

A palavra papel é originária do latim "papyrus". Nome dado a um vegetal da família "Cepareas" (Cyperua papyrus). A medula dos seus caules era empregada, como suporte da escrita, pelos egípcios, há 2 400 anos antes de Cristo. Entretanto foram os chineses os primeiros a fabricarem o papel como o atual, começando a produção de papel a partir de fibras de bambu e da seda.

O surgimento, no Oriente

A invenção do papel feito de fibras vegetais é atribuído aos chineses. A invenção teria sido obra do ministro chinês da agricultura Tsai-Lun, no ano de 123 antes de Cristo. A folha de papel fabricada na época seria feita pela fibra da Morus papyrifer ou Broussonetia papurifera, Kodzu e da erva chinesa "Boehmeria", além do bambu.

Por volta do ano 610 D.C., os monges coreanos Doncho e Hojo, enviados à China pelo rei da Coréia disseminaram o invento pela Coréia e também pelo Japão. Entre os prisioneiros que chegaram a Samarkand (Ásia Central), havia alguns que aprenderam as técnicas de fabricação. O papel fabricado pelos samarkandos e coreanos, mais tarde, passaram a ser feitos com restos de tecidos, desprezando-se os demais materiais fibrosos. Por volta de 795 instalou-se em Bagdá (Turquia) uma fábrica de papel. A indústria floresceu na cidade até o século XV. Em Damasco (Síria), no século X, além de objetos de arte, tecidos e tapetes, se fabricava o papel chamado "carta damascena", que se exportava ao Ocidente.

Entrada pela Espanha

A fabricação estendeu-se logo às costas do norte da África, chegando até a Europa pela península Ibérica, onde por volta do ano 1150 os árabes a implantaram em Xativa (Espanha).

Os fabricantes de Játiva produziam papel de algodão no século XI. O material, de frágil consistência, a julgar pelas toscas mostras de épocas posteriores que se conservaram, revelam uma elaboração obtida com escassos elementos à base de algodão cru. Além de Játiva, outra cidade espanhola a dominar a produção do papel foi Toledo, onde era fabricado o papel chamado "toledano".

Os próprios árabes chegaram a importar o papel fabricado na Espanha nos séculos IX e X, mas o uso generalizado do papel espanhol só aconteceu no século XIII. Há registros, ainda que controversos, da produção de papel em Valencia, Gerona e Manresa, no período. No século XIV, a indústria se estende às regiões de Aragão e Catalunha, embora ainda fosse muito utilizado o pergaminho de pele.

O surgimento da imprensa

A partir da invenção da imprensa, o aumento de consumo fez com que aumentassem o número de moinhos papeleiros. Se o aumento da produção tipográfica, por um lado consumia infinitamente mais papel que antes, no tempo dos copistas, a necessidade de importar implicava, para os países consumidores, maior dificuldade em produzir, já que os navios que traziam o papel fabricado em Flandres ou na Itália, levavam restos de tecidos usados para seus países. Diversos países chegaram a proibir a exportação de trapos, sem o que a indústria nacional do papel não conseguia elevar a produção para atender o consumo, sempre crescente.

Outros países da Europa

Na Alemanha, remonta ao fim do século XII as primeiras iniciativas na produção do papel. As cidades pioneiras foram Kaufheuren, em 1312; Nuremberg, em 1319 e Augsburgo, em 1320. Seguem-se Munich, Leesdorf e Basiléia, que também implantam no mesmo século as suas fábricas, geralmente em decorrência da demanda proporcionada pelas tipografias ligadas à Igreja e às Universidades. Na França, onde já se fabricava papel artesanalmente desde o ano de 1248, o primeiro moinho surge na cidade de Troyes, em 1350. Na Inglaterra, o papel só começa a ser produzido industrialmente em 1460, na cidade de Steuenage e quase um século depois (1558), em Dartford.

Na Itália já se fabricava papel desde o ano de 1200, em Fabriano, onde fora introduzido por Pace. Há ainda quem afirme que o primeiro fabricante seria Bernardo de Praga, enquanto outros sustentam que a primazia caberia ao mestre Polese, a quem se atribui, também, a inovação da substituição do algodão pela pasta de linho. As cidades italianas, que importavam o papel no século XIII, passaram a ser abastecidas, já no século XIV, pelos papeleiros de Fabriano, Pádia e Caller, onde a indústria estava bastante desenvolvida. Antes de 1500 já se contavam indústrias em Sabóia, Lombardo, Tosca e Roma.

Até o final do século XVIII, a fabricação do papel era totalmente artesanal. Os moinhos de papel eram oficinas primitivas, e as folhas de papel eram feitas uma a uma, em quantidades bastante reduzidas. A indústria surge apenas quando é possível mecanizar o processo.

O fato que deu o grande impulso à fabricação do papel foi, sem dúvida, a invenção da imprensa e logo a Reforma, com o grande resurgimento intelectual que desenvolveu-se em todo o período do Renascimento. A este fator seguiu-se, depois, a máquina de fabricar papel contínuo. Um operário francês Louis Robert obteve, em 1799, patente para uma máquina agitadora quem em 1800 foi vendida para Didot, o diretor da fábrica de Saint-Leger. Juan Gamble a patente para a Inglaterra e a explorou em sociedade com Fourdrinier e Donkin, aperfeiçoando-se muito a máquina.

O papel nas Américas

A primeira fabrica de papel nos Estados Unidos foi estabelecida em 1690 por Guillermo Rittenhousa em Germantown, Pensilvânia, onde a matéria prima essencial era fornecida pela população (trapos de algodão e linho) e a água era abundante. Por volta de 1800, existiam mais de 180 fábricas de papel nos Estados Unidos, e os trapos de tecido tornavam-se escassos (e caros). O primeiro jornal dos Estados Unidos em papel de polpa de madeira foi impresso 1863, em Boston, Massachusets (Boston Weekly Journal).

No Brasil

A primeira fábrica de papel no Brasil surge com a vinda da família real portuguesa. Localizada no Andaraí Pequeno (RJ), foi fundada entre 1808 e 1810 por Henrique Nunes Cardoso e Joaquim José da Silva. Em 1837 surge a indústria de André Gaillar e, em 1841, a de Zeferino Ferrez.

PROCESSO DE FABRICAÇÃO INDUSTRIAL

É na floresta, em meio às fantásticas criações da natureza, que inicia-se o envolvente processo de produção da celulose, papel e cartão.

Nas florestas plantamos eucaliptos, que após sete anos, estão prontos para se transformar em papel.

As toras menores são utilizadas para a produção de energia nas cadeiras de biomassa, as maiores vão para o pátio de madeira e em seguida para o picador onde se transformam em cavacos.

Do pátio de cavacos eles vão para o digestor para serem cozidos com produtos químicos e se transformarem em pasta de celulose.

Esta pasta segue para a mesa plana da máquina de papel e inicia-se a formação da folha, que é prensada, seca e enrolada, formando grandes rolos de papel. Os enormes rolos são transformados em bobinas menores que podem ir direto para o uso... ou então cortadas em folhas de diversos formatos.

Este papel está pronto para ser utilizado, transformando-se em cadernos, livros, revistas, embalagens, talões de cheques, pastas e calendários...

Todo papel que utilizamos em nosso dia-a-dia pode ser reciclado, transformando-se novamente em papel.

Como você viu, esse fascinante processo depende de muita consciência para que uma inesgotável fonte natural permaneça viva e pronta para gerar frutos de importância infindável para o nosso dia-a-dia.

Aqui estão algumas "fórmulas" para fabricação do Papel Reciclado.

PROCESSO do papel reciclado:

O Processo abaixo descrito é um processo que permite a qualquer pessoa produzir um papel de baixa qualidade e conseqüentemente descartável.

Um papel não descartável destinado a luminárias, bandejas ou obras de arte é sem dúvida um papel muito mais elaborado. Quando produzido com esta destinação exige que se faça controle do Ph. O papel muito ácido é facilmente, atacado por fungos, que deixam manchas intensas. Além desse controle há necessidade do uso de alguns químicos para melhorar resistência, a opacidade e evitar o ataque de fungos e insetos.

Processo de elaboração do Papel Reciclado

1- Picote qualquer tipo de papel em pedaços bem pequenos. Cubra e deixe de molho de um dia para o outro.

2- Bata no liquidificador e transfira para uma bacia com o dobro de água.

3- Use peneiras pequenas, em diferentes formatos e introduza até o fundo da bacia.

4- Levante a peneira e retire-a, acomodando a massa coada de forma homogênea.

5- Ponha a peneira com a pasta de papel sobre folhas de jornal e enxugue.

6- Depois de seca, retire com cuidado e crie o que quiser

Autoria: Marta Cavalcanti


Faça você mesmo seu Papel reciclado

(autoria não identificada)

1- Rasgue o papel a ser reciclado em pedaços de aproximadamente 3x3 cm . Deixe-os de molho de um dia para o outro .

2- Bata no liquidificador o papel que ficou de molho . Comece com 15 pedaços de papel para meio litro de água e aos poucos vá percebendo quanto papel pode ser batido ao mesmo tempo . Cuidado: muito papel o funcionamento do motor e as fibras não ficam bem batidas.

3- Meça a massa de papel e coloque-a na bacia com o dobro de água . Mexa bem, e mergulhe a peneira .

4- Chacoalhe a peneira devagar, espalhando a massa por igual . Deixe o excesso de água escorrer da peneira em cima da bacia . Nesse momento, você pode acrescentar folhas, pétalas ou pedaços de papel colorido .

5- Inverta a peneira com a massa de papel em cima do pano de prato, que por sua vez está em cima de uma pilha de jornais . Prense com cuidado a esponja sobre a massa de papel, absorvendo toda a água possível .

6- Levante a peneira pelas bordas. A massa ficará aderida ao pano . Dobre o pano sobre a massa, embrulhando bem, e pendure-o num varal e deixe secar !

7- Retire do varal o papel embrulhado no pano de prato . estenda sobre a mesa e descole com cuidado o papel seco do pano de prato .

Depois de pronto e seco, é só decorar ou utilizar para outra coisa útil !


Receita de como fazer Papel Reciclado

(Receita do Colégio St. Patrick's)

1.Picar os papéis com a mão

2.Colocar de molho na água durante 1/2 hora

3.Bater no liquidificador com mais ou menos 1 litro de água (bater bem)

4.Despejar numa bacia grande e adicionar mais 1 litro de água

5.Misturar com a mão

6.Mergulhar a peneira com a parte do nylon para cima

7.Na superfície, cobrir com uma folha de jornal dobrada

8.Virar de cabeça para baixo sobre uma superfície lisa

9.Secar o interior da peneira com um pano

10.Segurar o jornal e com a outra mão levantar a peneira de uma vez só

11.Pendurar o jornal no varal até secar totalmente o papel

12.Descolar o papel do jornal pelos cantos


Papel fazendo Papel

por Regina Barbosa

(Revista TransMídia)

Fazer papel artesanal é um processo alquímico, é transformar um material destinado ao lixo em algo nobre. O lixo se transforma num papel rústico que pode ficar muito bonito e diferente do papel comum.

Estima-se que cerca da metade das florestas do planeta já foram devastadas. Nos últimos trinta anos, o lixo no mundo multiplicou-se por três. A reciclagem de papel, além de ajudar a solucionar o problema do acúmulo de lixo, também diminui a devastação das florestas. Pode ser através da reciclagem artesanal, que é feita de forma rudimentar, mas com ótimos resultados, e principalmente da reciclagem industrial, que nos últimos anos vem aprimorando tecnologia e confeccionando papéis com qualidade similar ao produzido diretamente da madeira. "Cada tonelada de papel reciclado economiza de 17 a 20 árvores (eucaliptos com 7 anos de idade) ou uma área plantada de 100 a 350 m2, diminui aproximadamente 4.000 quilowats/hora em relação

ao papel virgem, reduz a poluição do ar e o consumo de água".

Essa reciclagem só é viabilizada se houver a coleta seletiva do papel. O papel utilizado não deve se misturar com outros materiais, principalmente o lixo orgânico. Mesmo que ele esteja amassado, riscado, rasgado, pintado, o que importa é aproveitar esse papel para se fazer mais papel. Veja abaixo uma receita básica para confeccionar 10 folhas de papel reciclado no formato 20 x 15 cm, bem como alguns procedimentos para confecção de papel caseiro e papel machê.

P A P E L R E C I C L A D O

MATERIAL

LIQUIDIFICADOR DOMÉSTICO; ÁGUA; COLA BRANCA; PAPEL USADO; 11 PEDAÇOS DE PANO ABSORVENTE, no formato 30 x 25 cm; 2 ARMAÇÕES de 20 x 15 cm; 2 PEDAÇOS DE MADEIRAS RESISTENTES de 30 x 50 cm; 1 BALDE tamanho médio; 1 BACIA tamanho grande; ÁGUA SANITÁRIA.

MÉTODO

1 - COLETA SELETIVA

* Faça a coleta seletiva do papel.

OBSERVAÇÕES:

* Não servem os papéis plastificados e aqueles usados para higiene.

* A cor, a textura e o estilo de papel que se quer produzir depende do tipo de papel utilizado.

* Os papéis que apresentam um melhor resultado são aqueles usados em computador, em xerox ou off set e cartolina; papel de presente e papel de caderno.

2 - TRITURAGEM

* Coloque os papéis selecionados no balde, cubra com água e deixe de molho por um dia.

* Rasgue o papel amolecido em pequenos pedaços e coloque no liquidificador, complete com água, 1/2 colher (chá) de cola e triture até ficar pastoso.

* Repita este processo 5 vezes.

OBSERVAÇÕES: * A trituragem consiste em quebrar as fibras, transformando o papel em polpa.

* A quantidade de papel e água deve ser de acordo com a capacidade do liquidificador.

* O liquidificador industrial é o ideal, mas o doméstico pode ser utilizado, tendo cuidado para não sobrecarregar o equipamento.

* Após utilizar o liquidificador, encha de água o copo, acrescente 3 gotas de água sanitária, deixe por 15 minutos e enxague com água corrente. Agindo assim, o liquidificador ficará apto para o uso doméstico.

3 - O BANHO

* Despeje o papel triturado na bacia, acrescente três vezes a mesma quantidade de água e misture tudo.

* Com a tela gradeada embaixo do molde, mergulhe as armações no banho e suba-as devagarzinho com a polpa do papel.

* Retire as armações do banho, coloque na posição horizontal, aguarde 5 minutos para escoar a água e retire o molde.

* Despeje o conteúdo da tela no pano molhado. Coloque outro pano por cima e proceda desta forma até completar 10 folhas de papel.

OBSERVAÇÕES: * O pano mais indicado é o drá, mas você pode usar algum pano de fácil absorção como toalha.

* As armações são parecidas com aquelas usadas em serigrafia. Uma das armações é coberta com tela de nylon bem esticada e fixada com pregos, que pode ser chamada de TELA GRADEADA; a outra é só a armação de madeira e pode ser chamada de MOLDE.

* O nylon utilizado nas armações pode ser encontrado em lojas de caça e pesca ou de material de construção.

4 - PRENSAGEM/SECAGEM

* Transfira o papel reciclado para cima de uma das madeiras, coloque a outra madeira e pise em cima, usando o peso do seu corpo e até de mais pessoas para fazer pressão e retire o maior volume de água possível.

* Retire com cuidado as folhas de papel, uma por uma, coloque num varal ou num local plano e deixe secar ao sol ou ao vento.

OBSERVAÇÃO:

* A prensa ideal é a hidráulica, mas você pode usar o que estiver ao seu alcance.

OBSERVAÇÕES GERAIS:

* A quantidade de cada material e o tempo necessário para a confecção do papel, podem variar de acordo com o equipamento, o tipo, o tamanho e a espessura do papel confeccionado.

* Estas são apenas algumas dicas básicas que podem servir de orientação inicial. Existem bem mais informações sobre a confecção de papel reciclado, mas o importante nisso tudo é pesquisar, é fazer a sua maneira. Não existe receita totalmente pronta, cada pessoa deve procurar a melhor forma de fazer o papel, a partir do equipamento e do espaço físico desponível.

P A P E L C A S E I R O

* Siga os procedimentos 1 e 2 do módulo PAPEL RECICLADO.

* Derrame a polpa de papel numa bacia, aparando com uma peneira ou coador plástico e leve ao sol ou ao vento para enxugar. * O papel ficará no formato da peneira ou qualquer aparador que você utilizar.

P A P E L M A C H Ê

* Siga os procedimentos 1e 2 do módulo PAPEL RECICLADO.

* Derrame a polpa num pano e esprema bem para retirar a água excedente.

* Misture a polpa equivalente a três copos de liquidificador e coloque farinha de trigo e mais cola branca; amassando tudo com as mãos, dosando todos os ingredientes até formar uma massa pastosa que esteja no ponto de modelagem.

* Modele objetos de sua preferência e deixe secar ao sol ou ao vento.

* A farinha de trigo pode ser substituída por maizena.

FAÇA O SEU PAPEL

Para se fazer o papel que usamos no dia-a-dia são gastos milhares de árvores. A reciclagem é uma maneira de poupá-las.

MATERIAL

Liquidificador

Peneira caseira de fundo preto

Bacia com tamanho duas vezes maior que a peneira

Um balde

Jornal

Esponja

Papel picado

Água

COMO FAZER

1. Coloque os papéis usados, picotados de molho num balde com água pôr 24h.

2.Bata no liquidificador um copo do papel picado para 2 copos de água.

3. Coloque a mistura no liquidificador.

4. Pegue a peneira e mergulhe-a lateralmente na bacia. Em seguida levante-a deixando escorrer o excesso de água.

5. Coloque algumas folhas de jornal formando uma camada sobre a mesa.

6. Vire a peneira sob o jornal pressionando e retirando o excesso de água com a esponja.

7. Retire com cuidado a peneira.

8. Coloque o jornal para secar.

9. Após a secagem, separe a folha do papel artesanal do jornal.

Pronto. Agora você já pode fazer bonitas caixas, envelopes, cartões. Use sua criatividade!


PORQUE CONSIDERAMOS O LIXO UM PROBLEMA?

O aumento e a intensidade de industrialização são os 2 fatores principais de origem e

produção do lixo, resultante da atividade diária do ser humano na sociedade.

Estes 2 fatores interagem à medida que cresce a população, cresce também a necessidade de bens de consumo direto, de alimentos, ETC. Estas necessidades geram a transformação cada vez maior de matéria-prima em produtos acabados, acarretando maior quantidade de resíduos, que mal acondicionados comprometem o meio ambiente, em detrimento da qualidade de vida das famílias brasileiras.

Considerando o crescimento destes fatores básicos e suas implicações na produção e origem do lixo, podemos afirmar que o lixo é inesgotável, e os problemas gerados pôr ele ao meio ambiente são irreversíveis se nada fizermos para contê-los.

No Ceará 40,5% da população não recebe informação sobre como manusear o lixo devidamente (PNAD, 1987). A existência de um planejamento habitacional para as favelas causa um grave problema, dificultando o sistema de coleta.

A estrutura dos órgãos públicos em relação ao tratamento do lixo é inadequada. As

cidades brasileiras produzem cerca de 90 mil ton de lixo pôr dia, sendo que 34 milhões de habitantes urbanos não dispõem de coleta domiciliar. Na zona urbana apenas 35% conta com rede pública de esgoto, enquanto 34% da população lança dejetos a céu aberto (Jornal O POVO, 7/9/1991).

A acumulação de lixo em áreas, tais como os aterros sanitários ou vias aquáticas, para lançamento de lixo, contribui para a população do meio ambiente.

 

O QUE É O LIXO ?

É um conjunto de resíduos resultantes das atividades humanas como: o que se varre da casa, do jardim, da rua, coisas inúteis, velhas, sem valor, restos de comida, plásticos, borracha, madeiras, metais, papéis, vidros, trapos, entre outras coisas que aparentemente não servem mais.

De acordo com a Associação Brasileira de Limpeza Pública - ABLP - definir lixo é uma

pretensão, pois o que é lixo para alguns, é alimento para outros.

Todo lixo pode ser classificado da seguinte maneira:

* Putrescíveis (materiais que aprodecem): restos de alimentos, fezes, cadáveres de animais, cascas de legumes e frutas, alimentos estragados, ETC.

* Combustíveis: materiais que ardem tais como, panos, couros,papelões, madeira, ETC.

* Incombustíveis: materiais que não ardem tais como vidros, louças, pedras, metais. ETC.

 

TIPOS DE LIXO

LIXO DOMICILIAR: É constituído em geral pôr sobras de alimentos, embalagens, papéis,papelões, plásticos, vidros, trapos, ETC.

Os maiores problemas de limpeza de uma cidade estão relacionados com o lixo domiciliar. Este deve separar-se em:

. lixos molhados tais como restos de comida, cascas de frutas ou vegetais;

. lixos secos tais como papel, folhas secas e tudo o que se varre da casa.

LIXO DOMÉSTICO PERIGOSO: É geralmente proveniente de produtos domésticos comuns, como produtos de limpeza (soda cáustica, ácido muriático, água sanitária), solventes, tintas, produtos de manutenção de jardins (praguicidas), venenos, inseticidas, medicamentos, sprays, ETC.

Um modo prático de ser familiarizar com a maioria do lixo doméstico perigoso é procurar pôr símbolos de perigo nos rótulos dos produtos. Na realidade, poucos produtos possuem estes indicativos de perigo. É importante aprender a ler os rótulos dos recipientes e conhecer os termos relativos aos produtos perigosos usados em casa.

LIXO COMERCIAL: É proveniente de estabelecimentos comerciais, como lojas, lanchonetes, restaurantes, açougues, escritórios, hotéis, bancos, ETC. Os componentes mais comuns do lixo são: papéis, papelões, plásticos, restos de alimentos, embalagens de madeira, resíduos de lavagens, sabões, ETC.

LIXO INDUSTRIAL: É todo e qualquer resíduo resultante da atividade industrial, estando incluído neste grupo o lixo proveniente das construções.

O prejuízo causado pôr este tipo de lixo é maior que outros lixos. Os maiores poluentes industriais são:

a) Produtos químicos, ácidos, mercúrio, chumbo, dióxido de enxofre, berílio, oxidantes, alcatrão, buteno, benzeno, cloro, agrotóxicos.

b) Drogas e tetraciclinas.

LIXO HOSPITALAR: É constituído pelos resíduos de diferentes áreas dos hospitais tais

como: da refeitório (cozinha), tecidos desvitalizados (restos humanos provenientes das cirurgias), seringas descartáveis, ampolas, curativos, medicamentos, papéis, flores, restos de laboratório.

Neste grupo incluem-se os resíduos sólidos provenientes das unidades de medicina nuclear, radioterapia, radiologia e quimioterapia.

Este tipo de lixo exige cuidado e atenção especiais quanto á coleta, acondicionamento, transporte e destino final, porque contém substâncias prejudiciais á saúde humana.

LIXO PÚBLICO: É o lixo proveniente da varrição ou corte de galhos de árvores em

logradouros públicos, mercados, feiras, animais mortos.

LIXO ESPECIAL: É composto pôr resíduos em regime de produção transiente, como veículos abandonados, descarga de lixo em locais não apropriados, animais mortos em estradas, pneus abandonados, ETC.

 

INFORMAÇÃO DE BASE

Porque o lixo é um problema para o meio ambiente?

Nossa sociedade está altamente apoiada em atividades industrializadas. Atividades estas que nos dão empregos, lucros e produtos que nos proporciona muitas vezes um vida de certa forma confortável. Certo, mas qual é o custo disso tudo? Ora, à medida que avançarmos em termos de desenvolvimento tecnológico e científico, poluímos mais o ar, usando mais energia, jogando fora mais lixo e explorando indiscriminadamente recursos não renováveis. É isto o que nós oferecemos? É este o país que queremos para o futuro?

Podemos nós, como parte de uma comunidade intregada admitir o uso indiscriminado e o desperdício exagerado dos nossos recursos?

Salientando que muitos dos nossos recursos são sequer utilizados em benefício do povo brasileiro, isto é, são explorados pôr outras nações, para manter o já elevado nível de vida deles. Também, devido aos avanços tecnológicos e o processo de industrialização, tem sido observados mudanças nos hábitos de consumo, e novos produtos têm sido introduzidos no dia a dia, sem que as pessoas se dêem conta disso. Basta observar o depósito de lixo das nossas casas para perceber a diversidade de materiais e o aumento do volume do lixo diário.

Embalagens e descartáveis estão sendo os responsáveis diretos pôr maior acúmulo de lixo e prejuízo ao meio ambiente, pôr serem na sua maioria não-biodegradáveis.

Além disso, observa-se que diferentes tipos de lixo são lançados nas ruas pôr adultos,

jovens e crianças, numa demonstração de falta de conhecimento do prejuízo que estão

causando á comunidade e a si mesmos.

O lixo representa, hoje, uma grave ameaça à vida no planeta pôr duas razões fundamentais: a sua quantidade porque implica na falta de lugar para depositá-lo, e seus

perigos tóxicos porque todas ou quase todas as substâncias químicas comercializadas

são consideradas potencialmente danosas à saúde humana. O ambiente é poluído pelo

lixo através das substâncias que o compõem e que constantemente estão passando da

superfície para o subsolo, onde vão contaminar as águas e o solo.

Atualmente as pessoas começam e despertar para os prejuízos que estão causando a natureza e que estão afetando profundamente a vida humana pôr fazerem parte do ecossistema. Faz-se necessário, portanto que sejam utilizadas novas tecnologias da preservação do meio ambiente.

 

REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DO LIXO

A corrida desenfreada na produção de bens de consumo pelo ser humano associada à

escassez de recursos não-renováveis e contaminação do meio ambiente, leva-o a ser o maior predador do universo.

Este problema tem despertado ao ser humano pensar mais profundamente sobre a reciclagem e reutilização de produtos que simplesmente seriam considerados lixo.

A reciclagem e a reutilização estão sendo vistas como 2 importantes alternativas para a

redução de quantidade de lixo no futuro, criando com isso bons hábitos de preservação do meio ambiente. O que nos leva à economizar matéria-prima e energia.

Em países desenvolvidos, como o Japão, a reciclagem e reutilização já vem sendo incentivadas e realizadas há vários anos, com resultados positivos.

No Brasil já temos grupos que estão atentos aos problemas mencionados e buscando

alternativas para resolvê-los. Indústrias nacionais e subsidiárias estrangeiras já iniciaram

programas de substituição de embalagens descartáveis, dando lugar e materiais recicláveis. As prefeituras das cidades de São Paulo e Curitiba já iniciaram programas de coleta seletiva do lixo contando para isto, com o apoio da população que já está sensível a estas questões.

Mesmo que a prefeitura de sua cidade não tenha instituído a coleta de lixo seletiva, separe em 2 recipientes: os recicláveis (papel, jornal, plástico, vidros, ETC.) e os que não são.

 

OS 3 Rs PARA CONTROLE DO LIXO

Os 3Rs para controle do lixo são REDUZIR, REUTILIZAR e RECICLAR. Reduzindo e reutilizando se evitará que maior quantidade de produtos se transformem em lixo.

Reciclando se prolonga a utilidade de recursos naturais, além de reduzir o volume de lixo.

EXEMPLOS:

. Cacos de vidros são usados na fabricação de novos vidros, o que permite a economia de energia.

. O reaproveitamento do plástico ajuda a poupar petróleo e, portanto, dinheiro.

. Reciclar Papel, além da economia, significa menos árvores derrubadas.

REDUZIR:

Reduzir o lixo em nossas casas, implica em reduzir o consumo de tudo o que não nos é realmente necessário. Isto significa rejeitar produtos com embalagens plásticas e isopor, preferindo as de papelão que são recicláveis, que não poluem o ambiente e desperdiçam menos energia.

REUTILIZAR:

Reutilizar significa usar um produto de várias maneiras. Como ex:

a) reutilizar depósitos de plásticos ou vidro para outros fins, como plantar, fazer brinquedos;

b) reutilizar envelopes, colocando etiquetas adesivas sobre o endereço do remetente e destinatário;

c) aproveitar folhas de papel rasuradas para anotar telefones, lembretes, recados;

d) instituir a Feira de Trocas para reciclar, aproveitando ao máximo os bens de consumo, como: roupas, discos, calçados, móveis.

RECICLAR:

Reciclar é uma maneira de lidar com o lixo de forma a reduzir e reusar. Este processo consiste em fazer coisas novas a partir de coisas usadas. A reciclagem reduz o volume do lixo, o que contribui para diminuir a poluição e a contaminação, bem como na recuperação natural do meio ambiente, assim como economiza os materiais e a energia usada para fabricação de outros produtos.

Três setas compõem o símbolo da Reciclagem, cada uma representa um grupo de pessoas que são indispensáveis para garantir que a reciclagem ocorra. A primeira seta representa os produtores, as empresas que fazem o produto. Eles vendem o produto para o consumidor, que representa a segunda seta. Após o produto ser usado ele pode ser reciclado. A terceira seta representa as companhias de reciclagem que coletam os produtos recicláveis e através do mercado, vendem de volta o material usado para o produtor transformá-lo em novo produto.

O símbolo de reciclagem é como um grande círculo, sendo o grupo mais poderoso no processo, o Consumidor ou seja, VOCÊ! Há uma grande diferença entre produto RECICLÁVEIS e o RECICLADO.

O símbolo de reciclável é impresso em produtos possíveis de serem reciclados.

O símbolo de reciclado significa que o produto foi feito utilizando matéria-prima reciclada (usada).

 

MÉTODOS UTILIZADOS NO DESTINO FINAL DO LIXO

I- Aterros sanitários

São locais onde o lixo é depositado permitindo mantê-lo confinado sem causar maiores danos ao meio ambiente. É um método em que o lixo é comprimido através de máquinas que diminuem seu volume. Com o trabalho do trator, o lixo é empurrado, espalhado e amassado sobre o solo (compactação), sendo posteriormente coberto pôr uma camada de areia, minimizando odores, evitando incêndios e impedindo a proliferação de insetos e roedores.

A compactação tem como objetivo reduzir a área disponível prolongando a vida útil do aterro, ao mesmo tempo que o propicia a firmeza do terreno possibilitando seu uso futuro para outros fins. A distância mínima de um aterro sanitário para um curso de água deve ser de 400m.

II-INCINERAÇÃO

Consiste na queima do lixo a altas temperaturas em instalações chamadas "incineradores".

É um método de alto custo devido a utilização de equipamentos especiais. Neste método

existe uma grande redução do volume do lixo, cerca de 3% do volume original.

No mundo o primeiro incinerador foi instalado na cidade de Nohinglam, Inglaterra,

projetado e construído pôr Alfred Figer, em 1874.

No Brasil foi instalado em Manaus, em 1896 pelos ingleses. Em 1958 foi desativado pôr

não mais atender as necessidades locais e pôr problemas de manutenção.

Atualmente existem modernos incineradores, inclusive no Brasil, entretanto, ainda

existem muitos inconvenientes envolvendo seu uso. O problema mais grave deste método é o da poluição do ar pelos gases da combustão e pôr partículas não retidas nos filtros e precipitadores. Problemas estes muitas vezes ocasionados pela deficiência de

mão-de-obra especializada.

Os gases remanescentes da incineração do lixo são: anidrido carbônico (CO2); anidrido

sulfuroso (SO2); nitrogênio (N2); oxigênio (O2); água (H2O) e cinzas.

III-COMPOSTAGEM

É a transformação do lixo orgânico após fermentação para servir como adubo melhorando a qualidade do solo.

Além do adubo produz também o gás combustível Metano utilizado em caldeiras, fogões e pequenos motores através de aparelhos chamados biodigestores

Na compostagem a matéria orgânica atinge 2 estágios importantes: Digestão, onde ocorre a fermentação, na qual a matéria alcança a bioestabilidade e maturação, estágio no qual a matéria atinge a humuficação.

Fonte: http://www.racoeslourenco.hpg.ig.com.br/lixo.htm


Considerações Finais:

Que este material pesquisado na Internet possa incentivá-la (o) a voltar seu olhar para a importância da ação. É hora de dizermos "Mãos à obras", todos juntos, para uma nova revolução: a revolução ecológica que Darcy Ribeiro proferiu pouco antes de sua morte, no livro Noções de Coisas, belamente ilustrado por Ziraldo (vale a pena ler este livro). É hora de agirmos, cada um em seu universo específico.  Berenice Gehlen Adams


Links pesquisados:

http://www.comofazerpapel.com.br/

http://www.papelarialuccas.com.br/hist%C3%B3ria_do_papel.htm

http://www.iej.uem.br/hist_origami.htm  (A história do origami)

http://www.ripasa.com.br/meio_ambiente.cfm?cg=EBXNovidadesMeioAmb

http://www.soporcel.pt/html/historia_do_papel.html

http://www.canson.com.br/historia/historia_papel.asp


Projeto Apoema - Educação Ambiental

www.apoema.com.br