A
merenda escolar dentro do contexto da Educação Ambiental
Berenice Gehlen Adams
Considero
ser de extrema importância um debate e/ou uma reflexão acerca da merenda
escolar. Não estou me referindo à merenda escolar distribuída pelo Governo
(este seria outro assunto para reflexão), mas à merenda que vai de casa para a
escola ou que é adquirida no próprio estabelecimento educacional. É
importante refletir quanto ao valor nutricional da mesma, bem como sua origem
(caseira ou industrializada) e geração de lixo (embalagens).
Todos nós sabemos que quanto mais natural e integral for nossa alimentação,
melhor será a nossa saúde. Muitas escolas, cientes desta questão, sugerem aos
pais um cardápio para a merenda diária, incentivando uma alimentação mais
saudável, o que facilita na aceitação por parte das crianças, o consumo de
alimentos com maior valor nutricional. Por outro lado, muitas escolas, na sua
grande maioria, deixam para livre escolha, o que as crianças levam ou adquirem
para merendar.
As
escolas que estão empenhadas com esta questão já deram um grande passo em
relação à Educação Ambiental, pois a alimentação está diretamente
relacionada às questões ambientais. Penso que incentivando a utilização de
frutas, leguminosas, cereais, alimentos caseiros, para a merenda escolar, estão
contribuindo de forma direta com a conscientização de que quanto mais natural
for nossa alimentação, menos lixo será produzido e mais saúde teremos.
Na
grande maioria das escolas particulares, a merenda escolar é uma questão esquecida e não levada a sério. Muitos estabelecimentos mantêm um
barzinho onde as guloseimas e os refrigerantes são consumidos
diariamente. Além da produção de lixo, do baixo valor nutricional dos
alimentos oferecidos, dos aditivos químicos, e do incentivo ao consumo, muitas
crianças acabam rejeitando sua própria merenda (quando, eventualmente, alguma
delas leva frutas, sanduíches, chá, etc.) Devido ao pouco tempo de que dispõem
os pais, para a manufatura da merenda escolar, estes recorrem a uma vasta gama
de produtos industrializados, o que acaba, também, interferindo na qualidade da
merenda escolar. Certa vez escutei um comentário de uma criança: “Na
nossa sala nós separamos o lixo, mas o lixo orgânico está sempre vazio!”.
Este comentário é, no mínimo, revelador.
Seria
interessante a escola fazer um levantamento quanto ao o que está sendo
consumido na hora da merenda. Não tenho dúvidas de que o resultado seria,
na sua grande maioria, o consumo de produtos industrializados (salgadinhos,
refrigerantes, bolachas recheadas, todynhos, chocolates).
A
Escola que deseja inserir a Educação Ambiental de forma ampla e integrada não
pode deixar de lado a questão da merenda escolar. Este não é um desafio fácil,
mas necessário para uma verdadeira inserção da Educação Ambiental dentro do
contexto da mudança de atitudes, para uma reintegração do elemento humano ao
meio ambiente.
Está lançado o desafio!
Sugestões de merendas naturais e saudáveis:
- Frutas da época;
- Sanduíche, de preferência com pão integral (recheados com verduras picadas, queijo ou geléias caseiras) - Evite utilizar gordura vegetal (margarinas);
- Salada de frutas;
- Iogurte caseiro ou natural, com mel ou frutas picadas;
- Bolos e bolachas caseiras e/ou integrais;
- Ovo cozido e azeitonas;
- Nozes, avelãs, castanhas-do-pará;
- Arroz doce;
- Torrada com mel;
- Cuca;
- Pudim caseiro;
- Sucos frescos de frutas, chá.
Estas são apenas algumas sugestões. Para quem não está habituado, pode parecer difícil e um tanto "chato", mas na medida em que nos tornarmos mais conscientes de uma necessidade de mudança de postura em relação às nossas atitudes, veremos que além de estarmos contribuindo para diminuição da produção de lixo, estaremos contribuindo com a saúde de nossas crianças. Sem esta postura estaremos dando continuidade à "geração coca-cola". Vale a pena o esforço!
Antônio Olavo Cerezo 07/08/00
Alimentos saudáveis
Agricultura orgânica é
saída contra agrotóxicos
Já foi o tempo em que o consumo de verduras, legumes e frutas representava
garantia de alimentação saudável. O risco de contaminação por agrotóxicos
é cada vez maior, levando as pessoas a terem receio de adquirir estes produtos
em mercados e feiras. Na contramão da disseminação do uso de adubos químicos,
surge a agricultura orgânica, também chamada de alternativa e natural.
Este tipo de cultivo descarta o uso de defensivos agrícolas e utiliza somente
produtos biológicos, como esterco, humus, fosfato natural, esterco de curral,
palhadas e calda de esterco. A agricultura orgânica começou a se desenvolver
mais no país na década de 90, mas até hoje é pouco difundida. Segundo o
engenheiro agrônomo e proprietário do Sítio Vale da Fruta, Bernardo Maestrini,
são aproveitadas as tecnologias desenvolvidas na agricultura química, usando
apenas produtos alternativos.
Produtor de alimentos orgânicos desde 1993, no sítio localizado na estrada de
Chácara, ele ressalta que, como as pesquisas ainda são restritas, a produção
sem agrotóxico representa um aprendizado diário. “O agricultor precisa
observar cultivo, pragas e doenças, para buscar melhores condições de
crescimento saudável e produtivo das plantas. Dessa forma, respeitam-se mais o
solo e o ciclo da cultura.” Os biofertilizantes usados no combate de pragas são
menos eficientes se comparados aos químicos, mas não deixam resíduos. O
desenvolvimento das hortaliças também costuma ser mais lento. A alface, por
exemplo, demora até 20% a mais para ser colhida.
Produtividade
De acordo com o professor do Departamento de Fitotecnia da Universidade
Federal de Viçosa (UFV) Ricardo Santos, o mercado de produtos orgânicos ou
“ecologicamente corretos” é um dos que mais crescem no mundo.
Ao comparar o cultivo orgânico com o convencional, ele destaca que a
produtividade tende a ser menor nos primeiros anos de conversão, igualando-se
posteriormente. “Do ponto de vista científico, existem resultados contraditórios
quanto ao melhor sabor ou valor nutritivo dos orgânicos, mas, com certeza, a
vantagem está em não conter resíduos de agrotóxicos”, diz o professor.
Santos destaca, neste tipo de cultivo, a preocupação em aumentar a diversidade
da flora e da fauna no sistema produtivo e ao redor dele. Esta agricultura
enfatiza também rotação de culturas, compostagem, adubação verde e orgânica,
reciclagem e preparados alternativos e menos tóxicos para o controle de insetos
e doenças.
Preços podem ser até 100% mais altos
Lavados e colocados em embalagens próprias, os alimentos orgânicos são
encontrados em supermercados da cidade com preços que podem ser de 30% a 100%
superiores em relação aos convencionais. “O produto final é superior e não
tem gosto de química”, opina o produtor Bernardo Maestrini. Ele também
ressalta a vantagem de os alimentos terem mais vitaminas e sais minerais, além
de durar mais tempo na geladeira, no mínimo uma semana.
Os consumidores confirmam estes benefícios, como a advogada Mônica Paiva
Carvalho Lovisi, 39 anos. Apesar de sempre ter dado preferência aos produtos
naturais durante as compras em quitandas, feiras e supermercados, há oito
meses, ela recebe, em casa, as hortaliças produzidas no Vale da Fruta.
Maestrini faz entregas a domicílio para 300 clientes.
Filha de agricultor, Mônica sempre foi alertada pelo pai sobre os danos
provocados pelos agrotóxicos. “Dá para sentir a diferença no sabor e no
aroma dos produtos. O efeito pode ser até psicológico, mas senti melhorias na
saúde, principalmente na digestão e no funcionamento intestinal, afastando
também as gripes.”
Ela lamenta a pouca variedade de orgânicos, o que limita o consumo a alimentos
convencionais. “Evito consumir morangos e tomates, conhecidos pelo alto grau
de contaminação de defensivos agrícolas.”
Consumidores
Consumidora há três anos de alimentos orgânicos, a vendedora
Marinete Pinheiro Araújo Mendonça, 44, ressalta a vantagem de comer as hortaliças,
até mesmo cruas, sem receio. Segundo Maestrini, o tradicional hábito de deixar
frutas de molho no vinagre, para retirar os agrotóxicos, não adianta, pois a
toxidez está na composição do produto.
Ele afirma ser difícil produzir frutas, como tomate, morango, pêssego e goiaba
na agricultura orgânica, porque são mais atacadas por doenças. “Ainda não
foram desenvolvidas tecnologias, para este controle.” Na opinião do agrônomo,
o volume restrito e a inconstância na produção dificultam a inserção dos
orgânicos no mercado. “É inviável colher produtos todos os dias, durante o
ano inteiro.”
Boa aparência não garante qualidade
Na opinião do médico naturalista Augusto Vinholis, as pessoas são exigentes
quanto à aparência dos alimentos e não se preocupam com a qualidade. “É
preciso mudar este pensamento, pois é preferível comprar tomate com bichinho
do que liso e bonito, mas composto por até 12 tipos de agrotóxicos. O feijão
com caruncho e palha também não deve ser trocado pelo limpo, mas contaminado
por inseticidas.”
Vinholis já realizou pesquisas na região de Brasília, onde pôde constatar o
uso exagerado de agrotóxicos nas plantações. Segundo ele, os alimentos
contaminados por defensivos contribuem para acumular radicais livres e metais
pesados no organismo, podendo causar câncer de fígado, doenças degenerativas
graves, como Mal de Alzheimer e Mal de Parkinson, além de outros tipos de
tumores.
Os agrotóxicos podem ser divididos em inseticidas (combatem insetos, larvas e
formigas), fungicidas (contra fungos) e herbicidas (contra ervas daninhas). A
presença do agrotóxico no organismo provoca tontura, perturbação da visão,
náusea, vômito, dor de cabeça e falhas na coordenação motora. A longo
prazo, o acúmulo do produto no organismo pode causar problemas renais, cardíacos
e respiratórios.
Produtos cultivados pela agricultura orgânica
Alface |
Componentes |
Nutritivos: Boa fonte de vitaminas A, do complexo B e C, cálcio, ferro e fibras. |
Funções: Boa para anemia, favorece o funcionamento normal do intestino, atua na formação de ossos e dentes e auxilia a boa visão. |
Como escolher: As folhas devem estar limpas, brilhantes e firmes, porém não muito grandes. Guarde a alface na geladeira, embrulhada em saco plástico transparente, assim se conserva por cinco a sete dias. |
Agrião |
Componentes |
Nutritivos: Excelente fonte de vitaminas do complexo B e C e boa fonte de iodo e vitamina A. |
Funções: Ótimo para a visão, para manter a saúde da pele, ajuda na formação de dentes e ossos, facilita a digestão e contribui para a produção de glóbulos vermelhos do sangue. |
Como escolher: Procure o maço que tiver folhas verdes e brilhantes, firmes, limpas e sem picadas de insetos. |
Brócolis |
Componentes |
Nutritivos: Rico em ferro, cálcio e vitamina A. Ainda contém vitamina C, que se perde no processo de cozimento. |
Funções: Auxilia a boa visão, atua na formação de dentes e ossos e na prevenção da anemia. |
Como escolher: Verifique se talos e flores estão verdes e sem marcas de picadas de insetos. Folhas amareladas indicam que o brócolis está velho. |
Espinafre |
Componentes |
Nutritivos: Rico em ferro e possui também cálcio, fósforo e vitaminas A, B e C. |
Funções: Auxilia o crescimento e o desenvolvimento. É recomendado contra anemias, combate o escorbuto (problemas na gengiva) e contribui para regular o sistema nervoso. |
Como escolher: Dê preferência ao espinafre de folhas frescas, de cor verde-escura, firmes, limpas e sem marcas de picadas de insetos. |
Berinjela |
Componentes |
Nutritivos: Boa fonte de vitamina B5 e sais minerais (cálcio, fósforo e ferro). |
Funções: Seu consumo é recomendado para pessoas com problemas de artrite, gota (excesso de ácido úrico), reumatismo e inflamações da pele. |
Como escolher: Escolha as que têm coloração roxo-azulada ou quase preta, de formato ovalado, ligeiramente alongado. A casca deve ser lisa e firme. |
Beterraba |
Componentes |
Nutritivos: Contém carboidratos, ferro, vitaminas do complexo B e C. |
Funções: Auxilia no combate à anemia. O suco da beterraba é tônico, refrescante e diurético, com ligeiro efeito laxante. A vitamina C só é aproveitada quando a beterraba é consumida crua. |
Como escolher: A casca deve ser lisa, firme e sem rachaduras. Escolha a beterraba de cor concentrada e tamanho médio. |
Cenoura |
Componentes |
Nutritivos: Excelente fonte de vitamina A, boa fonte de vitaminas do complexo B, fósforo, cálcio, potássio e sódio. |
Funções: Contribui para o bom estado da vista, da pele e das mucosas. Ajuda na formação de dentes e ossos, a regular o sistema nervoso e a função do aparelho digestivo. |
Como escolher: Escolha as firmes, lisas, sem rugas, de aparência fresca e de cor laranja-vivo. |
Dicas |
Lave bem as hortaliças em água corrente. No caso das verduras, lave folha por folha e, para legumes e frutas, use uma escova ou bucha separadas exclusivamente para este fim. Não passe sabão ou detergente |
Cozinhe as hortaliças apenas o tempo necessário para que fiquem macias, em pouca água. Deixe a água ferver antes de colocá-las, desta forma perde-se menos vitaminas |
OBS: Também são produzidos na agricultura orgânica local: alface crespa e americana, abobrinha, cebolinha, escarola, rúcula, salsinha, cerralha, repolho, pimentão, quiabo, vagem manteiga, nabo, rabanete, ervilha e pimenta malagueta. |
Informações sobre os
componentes dos produtos: Secretaria Municipal de Abastecimento de Belo Horizonte |
Alimentação saudável
Hidroponia pode ser desenvolvida em casa
Falta de espaço não é mais empecilho para o cultivo de hortaliças folhosas,
frutos, plantas medicinais, ornamentais e condimentares até mesmo dentro de
apartamentos, em varandas, parapeitos de janelas e jardins de inverno. Os
ingredientes básicos para o plantio são água, nutrientes e arejamento. Nesta
forma de cultivo, denominada de hidroponia, a água misturada com fertilizantes
substitui o solo.
A opção representa garantia de obter alimentos frescos, limpos e sem resíduos
de agrotóxicos ou contaminação com água de procedência duvidosa. Para
resgatar esta técnica milenar de plantio e adaptá-la ao uso domiciliar, a
Aquaplanta Viçosa Ltda desenvolveu o Kit Hidroponia Residencial, disponível no
mercado há dois meses (ver quadro). A firma é vinculada à Incubadora de
Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal de Viçosa (UFV)/Fundação
Arthur Bernardes (Funarb).
Segundo o professor do Departamento de Fitotecnia da Faculdade de Agronomia da
UFV, Roberto de Aquino Leite, foi ajustada uma solução nutritiva para uso
residencial, visando ao controle do PH da água. Antes de colocar o produto à
venda, realizaram-se testes durante mais de cinco anos. “O kit residencial é
direcionado às donas de casa, que agora têm acesso a uma técnica avançada de
hidroponia. Elas poderão plantar salsa, cebolinha, manjericão, tomates,
morangos e até flores, como amor-perfeito, cravo e crisântemo, na varanda ou
na área de serviço.”
O kit é seguro contra o mosquito da dengue, por ser fechado e conter água com
arejamento e nutrientes, não permitindo a proliferação do Aedes aegypti.
Leite explica que a ausência do solo diminui bastante a chance de a planta ser
contaminada por pragas. A fonte de contágio via ar é baixa e, se a água for
afetada, basta renovar a solução nutritiva. Outra vantagem é a tela da estufa
impedir a entrada de insetos. O conjunto destes fatores contribui para reduzir a
necessidade de uso de defensivos agrícolas nas plantas.
Agricultura especializada
A hidroponia é muito difundida em países, como Holanda e Bélgica,
mas, no Brasil, este tipo de cultivo ainda é restrito. De acordo com o
professor da UFV, o plantio na terra é mais fácil, pois o país possui bons
solos. “A hidroponia exige maior conhecimento da técnica. Trata-se de uma
agricultura mais especializada.”
Na produção comercial, utilizam-se canos de PVC, por onde o líquido circula.
O sistema mais usado consiste em construir uma espécie de mesa, feita de canos
de PVC cortados ao meio, com pequena inclinação. A água, com os nutrientes já
dissolvidos, corre por essas canaletas.
O líquido fica armazenado numa pequena caixa, junto à mesa de cultivo e é
bombeado para as canaletas com certos intervalos. O sustento das plantas é
feito sobre uma mesa coberta com placas de isopor perfuradas, para deixarem
passar as raízes. A hidroponia reduz riscos de perda de safra devido à falta
ou ao excesso de chuvas. “O produto tem mais qualidade, graças ao cultivo em
água limpa. Além disso, o sabor e o aroma são melhores”, afirma Leite.
O Kit Hidroponia Residencial pode ser comprado na Tropical Flores
e Plantas Ltda, Rua Batista de Oliveira 1.067, Bairro Granbery.
Consumo abusivo
Brasileiros têm refeições hiperproteicas
As proteínas, responsáveis por construir e conservar os tecidos do corpo,
aparecem em excesso na refeição dos brasileiros. A porcentagem diária
ingerida deste nutriente é de aproximadamente 20%, enquanto o recomendado varia
entre 10% e 15%. Esta dieta hiperproteica está associada ao consumo concentrado
de carnes, queijos, ovos e embutidos.
A ingestão abusiva destes produtos pode provocar alterações no colesterol e a
doença denominada de gota, caracterizada pelo aumento da quantidade de ácido
úrico no sangue. O indicado é consumir diariamente 1g de proteína por cada
quilo de peso. Dessa forma, uma pessoa que pesa 60kg deve ingerir 60g desta
substância por dia.
Para se ter idéia da quantidade em alimentos, dois bifes de tamanho médio
possuem 48g de proteínas. Basta completar a refeição com arroz, feijão e
algum prato que leve queijo, para atingir o índice adequado.
Ovos, feijão, soja, grão-de-bico, ervilha e lentilha são alternativas para se
ter uma alimentação proteica sem a necessidade de se consumir carne. Engana-se
quem a considera o principal item da refeição. O nutricionista Arnaldo
Hamilton Pinheiro explica que as proteínas de origem animal possuem oito tipos
de aminoácidos essenciais ao organismo.
No entanto, combinações de produtos, como arroz e feijão ou outra leguminosa,
com alimentos à base de ovos ou queijos (suflês e gratinados), podem compensar
a falta da carne. O inconveniente da dieta vegetariana é o fato de, a longo
prazo, a pessoa ter deficiência de vitamina B12, provocando anemia. Para repor
a substância, recorre-se a injeções ou óleo de fígado de bacalhau.
Cortar as carnes das refeições de crianças é complicado, pois elas precisam
de proteínas para o desenvolvimento. Para não comprometer o crescimento, é
aconselhável consultar um nutricionista. O consumo diário adequado varia com a
faixa etária. De 1 a 3 anos, 16g, de 4 a 6 anos, 24g, e de 7 a 10 anos, 28g. A
carne é também uma das fontes de ferro, mas feijão, vegetais verdes-escuros,
inhame e passas podem substituí-la.
Músculo possui maior teor de ferro e menos gordura
As carnes bovinas chamadas de primeira, como filé mignon, alcatra, contrafilé,
picanha e patinho, são as mais ricas em lipídios. A gordura está presente não
só na camada externa (visível) do produto, mas entre as fibras. Por serem
macias, são as partes do boi que menos se movimentam. O consumo deve ser
moderado, preparando-as na grelha ou cozidas. A gordura externa deve ser
retirada antes do preparo.
Pinheiro indica a opção pelo músculo (parte dianteira do boi), que possui
maior teor de ferro e menos gordura. Apesar de ser carne de segunda e mais dura,
o nutricionista destaca pratos saborosos possíveis de serem preparados. Cozido
com legumes e ervas, falso lombo recheado com vegetais e carne moída refogada
com berinjela são algumas sugestões.
Quanto ao consumo das carnes suínas, condenado pelos médicos, não é tratado
da mesma forma pelo nutricionista. Segundo ele, os porcos passaram por
tratamento genético e estão menos gordos. “A gordura bovina é mais saturada
e tem maior possibilidade de provocar entupimento das veias.” Dependendo da
parte da carne, a suína é até menos gordurosa. Um bife de contrafilé tem
31,77% de gordura e um pedaço de lombo assado, 24,29%.
Cardápio ao avesso
Cantina facilita alimentação inadequada
A troca da merendeira pelos produtos gordurosos e industrializados vendidos nas
cantinas das escolas induz as crianças a erros fatais na alimentação, que as
perseguem até a idade adulta. Salgadinhos industrializados, refrigerantes,
chocolates e balas são considerados os principais vilões da alimentação saudável
na infância. O cardápio adequado foi virado pelo avesso, e a garotada já começa
o dia se alimentando mal.
No café da manhã, toma apenas um copo de leite com achocolatado em pó. Diante
disso, no momento da merenda, já na escola, a criança está “morrendo” de
fome e acaba fazendo uma alimentação hipercalórica, comprando salgados,
biscoito recheado e refrigerante, para acompanhar. No almoço, encontra-se sem
apetite e, além de comer pouco, geralmente só quer arroz, feijão, bife e
batata frita.
Mal alimentada, costuma passar a tarde inteira beliscando pipoca, biscoito,
chocolate e balas, seja assistindo televisão ou estudando. Com isso, acaba
perdendo também a vontade de jantar. “As crianças não têm horários
regulares para se alimentar, provocando perda da qualidade das refeições”,
considera a nutricionista da Secretaria Municipal de Agropecuária e
Abastecimento (SMAA) Soraia Augusta da Silva.
Responsável por definir a pauta de produtos da merenda das escolas municipais,
ela ressalta que os produtos industrializados estão invadindo também a rede pública,
onde é proibido ter cantina. Apesar de os estabelecimentos fornecerem refeições
completas e balanceadas, alguns alunos levam refrigerantes e salgadinhos
industrializados de casa, rejeitando a comida oferecida. Outra opção é
comprar os produtos de ambulantes instalados em frente aos colégios.
A nutricionista destaca a necessidade de a instituição também ser uma fonte
de educação alimentar. Na sua opinião, as entidades particulares deveriam
voltar a fornecer lanches, para os alunos não ficarem muito tempo sem comer, o
que alías pode afetar a concentração e até a capacidade de aprendizagem.
Doenças de adultos
Obesidade é a principal conseqüência da ingestão de tanta química
e alimentos calóricos. No setor de endocrinologia pediátrica do Instituto da
Criança e do Adolescente (ICA), 33% das consultas atendidas são para
tratamento deste distúrbio. O índice aceitável seria de 10% e o ideal, 2%.
Para prestar assistência a este público infantil, foi criado o Grupo Peso
Legal e Saúde, em fevereiro de 1999, coordenado pelo endocrinologista Pablino
Duarte Paredes.
A principal dificuldade para promover a reeducação alimentar e a redução do
peso é justamente a falta de horário para a alimentação, aliada ao hábito
de “beliscar” o dia inteiro. Junto com a obesidade, costumam aparecer distúrbios,
como aumento de colesterol, dores na articulação e hipertensão. Soraia também
ressalta problemas de pele (irritação e alergia), respiratórios e deficiência
nutricional. Criança em idade escolar (5 a 11 anos) deve ingerir de 1.800 a
2.200 calorias por dia. Na adolescência, devido à maior atividade hormonal e
ao aumento do metabolismo, esta média é superior.
Alunos são desafiados a comer bem
Informações sobre alimentos, seus nutrientes e benefícios para saúde estão
na ponta da língua dos alunos das três turmas de quinta série da Escola
Estadual Professor Teodoro Coelho, no Bairro Jóquei Clube. Usando a
criatividade, o professor de ciências, Cristiano Campos Donado, inspirou-se no
programa “No limite”, da Rede Globo, para criar uma gincana, envolvendo
provas artísticas, de habilidade e de conhecimento sobre alimentação.
O resultado do trabalho não poderia ser melhor. Motivados a vencer a gincana,
os alunos estão estudando e pesquisando o assunto em casa, com receio de serem
eliminados durante as provas. Cerca de 90 estudantes participam do desafio
denominado de Rompendo os limites. No final, só restará um vencedor, e os
disputados prêmios escolhidos pela garotada são chuteira, se o vencedor for
menino, e patins, se for menina.
A Tribuna acompanhou, na última quinta-feira, a prova de alimentos da quinta série
A, dividida em cinco equipes de seis alunos denominadas de lipídios, minerais,
fibra, H2O e marte. O professor cuida de todos os detalhes e chega mais cedo
para preparar os pratos de brócolis, cenoura, beterraba, salada de alface,
tomate e cebola crua, e de frutas, maçã, banana e uva.
As equipes, com colares de identificação nos pescoços, ficam organizadas em
filas na quadra esportiva. Quando chegam os alimentos que deverão ser
identificados e comidos pelas crianças, começa o festival de caretas e
resmungos.
Provas
Cada equipe escolhe um participante para a prova. Os selecionados
precisam identificar qual alimento tem o nutriente indicado pelo professor, como
vitaminas A, C e fibra. Todos fazem a escolha certa e não hesitam em comer os
produtos, com o incentivo da torcida dos companheiros de equipe. Depois Donado
convida os participantes a comerem os legumes que menos gostam.
Tandara Yhara da Fonseca, 12 anos, que odeia cenoura, fez careta, mas não deixa
de comer o legume. “Até que não é tão ruim assim”, comenta depois.
Luciano Fernandes Ferreira, 11, não gosta de banana, mas quase engasgou depois
de colocar um pedaço grande da fruta na boca, com a pressa de ganhar a competição.
Isaac Assis Costa, 12, diz que é mais fácil comer beterraba quando se está
estimulado a vencer uma disputa. “Talvez eu até passe a comer este legume
daqui para frente.”
Depois do momento de alegria e vibração, os alunos voltam para a sala de aula
onde é realizado o portal, para eliminação de um participante de cada equipe
perdedora. Nesta hora, o choro é inevitável, mas o professor ressalta a importância
da experiência para os estudantes aprenderem a perder, a respeitar os limites
de cada um e a ser solidário com o sofrimento dos colegas.
Maior dificuldade é controlar filhos no supermercado
No supermercado, quando a garotada acompanha os pais, não hesita em escolher
seus produtos prediletos e, muitas vezes, também os mais prejudiciais à saúde.
Tamyris, com apenas 3 anos, agarrou um pacote de batatas fritas
industrializadas, situado na prateleira próxima ao caixa, e foi logo pedir à mãe
para comprar. Rejane Fernandes de Oliveira não cedeu ao apelo da filha, dizendo
que, se não controlá-la, a menina enche o carrinho só de “bobagens”.
“Tamyris se alimenta bem, comendo legumes e frutas. Balas, bombons, sorvetes e
batatas fritas são permitidos somente nos finais de semana. As mães têm que
manter os pés firmes. Não quero que ela sofra como eu, obrigada a fazer dietas
a vida toda”, declara a mãe.
Refrigerante e muito catchup são acompanhamentos indispensáveis nas refeições
de Rafael, 12 anos, e do irmão Caio, 5. Hamburgueres, salgadinhos, biscoitos
recheados e chocolates fazem parte da rotina dos meninos. A mãe, Saionara de
Almeida Paula, 31, tenta cortar estes produtos em casa, mas reclama da teimosia
dos filhos. “Eu até levei o Rafael ao médico, porque estou achando-o muito
pequeno para idade dele.” Os garotos só comem alface e tomate com sanduíches.
“Não gosto nem de experimentar outros legumes. Só faria isso se a minha mãe
me desse dinheiro”, afirma Rafael.
Segundo a psicóloga Gelza Pimentel Cordeiro, os pais devem usar a criatividade,
para os filhos terem alimentação saudável. Colocar alface e tomate no sanduíche
é uma boa forma de introduzir verduras nas refeições das crianças. “É
preciso negociar um horário para as refeições e impor um limite. Não adianta
forçar ou obrigar, porque vai se travar uma guerra dentro de casa, e o filho
tomará raiva da comida.”
Cardápio infantil
Café da manhã - 7h: leite (puro ou com café), pão ou
biscoito com manteiga ou margarina e queijo. Fruta B (mais calorias e menos água
- mamão, pera, banana e maçã).
OBS: O uso do achocolatado com leite não é indicado, porque
reduz a absorção de cálcio pelo organismo. Uma boa opção é bater o leite
com frutas.
Lanche da manhã - 9h30: fruta B ou iogurte.
Almoço - 12h: arroz ou batata ou macarrão, feijão e carne
(bife, carne moída ou coxa de frango). Se a criança não gostar de salada, uma
saída é “mascarar” os legumes, misturando-os no arroz, no macarrão e no
preparo de suflês. Depois da refeição, ela pode tomar sucos de laranja,
acerola, maracujá ou limonada. De sobremesa, uma fruta A (menos calorias e mais
água): laranja, melão, abacaxi e melancia.
Lanche da tarde - 16h: Se estiver na aula, iogurte ou fruta B.
Em casa, o lanche pode ser mais caprichado, com vitamina ou café com leite e pão
com queijo e manteiga.
Jantar - 19h: Semelhante ao almoço. Se a família tiver o hábito
de lanchar, a refeição deve ter frutas, leite e cereal. Outra opção é o
suco natural e um sanduíche de pão de forma com legumes ( cenoura ralada,
alface e tomate).
OBS: A quantidade dos alimentos vai depender da faixa etária e
das atividades físicas praticadas pela criança. Quanto mais colorido e variado
o prato estiver, mais curiosidade a criança terá para experimentar os
alimentos.
Fonte: Nutricionista da SMAA Soraia Augusta da Silva.
Alimentação de bebês
Cuidados devem começar aos 6 meses
Os cuidados com a alimentação devem começar com o bebê, depois dos 6 meses,
quando costuma deixar de ingerir leite materno. Nesta época, inicia-se a
introdução gradual de frutas, papinhas e cereais. O ideal é fornecer a maior
variedade possível de frutas, como banana, maçã e mamão.
Na papinha, também é aconselhável incluir pelo menos um elemento de cada
grupo de vegetais: A (menos calóricos - hortaliças folhosas, tomate, cebola,
couve-flor, brócolis e pimentão), B (médio calóricos - cenoura, abóbora
madura e beterraba) e C (muito calóricos - inhame, mandioca, batata inglesa e
baroa). Ovo e feijão devem ser introduzidos gradualmente. A nutricionista da
Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento (SMAA) Soraia Augusta da
Silva explica que, por apresentarem alto teor de proteínas, podem provocar
diarréia e efeito alérgico nos bebês.
Um dos erros cometidos pelas mães é priorizar o vegetal C, por acharem que
sustenta mais. Com isso, o alimento fica sem fontes de ferro e vitamina A. As
folhas, por perderem vitaminas mais facilmente com o aquecimento, devem ser
adicionadas à papinha depois de pronta.
Após cozidos, os legumes devem ser amassados com garfo, passando por uma
peneira. Os alimentos não devem ser batidos no liqüidificador, pois os bebês
precisam fortalecer a mastigação e o músculo da deglutição, importantes na
formação correta da arcada dentária. Para isso, também é preferível dar
frutas raspadas a sucos e vitaminas. Segundo Soraia, um dos erros das mães é
priorizar alimentos líquidos. “Dessa forma, as crianças não têm aporte
suficiente de nutrientes e não treinam o paladar e o sabor diferenciado. Elas
podem ter problemas de dicção e na arcada dentária por falha no início da
formação.”
Industrializado
As papinhas industrializadas devem ser usadas eventualmente, pois
apresentam sempre a mesma consistência e mudam pouco o paladar. Se a criança não
comeu bem, não é aconselhável complementar a refeição com a mamadeira, pois
o cálcio impede a fixação de ferro no organismo. O ideal é oferecer frutas e
dar o leite só depois de duas horas. Após completar 9 meses, a criança já
pode começar a receber a alimentação da família.
Venda de carne
Consumidor deve ficar atento à higiene
O primeiro passo na hora de comprar carnes é escolher um estabelecimento que
ofereça boas condições higiênico-sanitárias. É válido observar se os
produtos estão refrigerados, se os funcionários estão com uniformes limpos,
lenços ou gorros cobrindo os cabelos, e se não há mau cheiro no ar. Estes são
apenas alguns dos aspectos avaliados durante as fiscalizações de rotina da
Secretaria Municipal de Atividades Urbanas (Smau) em açougues e supermercados.
Os fiscais também observam ventilação, existência de tela nos basculantes,
azulejos nas paredes, se o piso é impermeável, se os materiais de corte são
de inox, entre outras exigências. Só depois de inspecionar com cuidado as
condições higiênico-sanitárias do estabelecimento, os funcionários começam
a fiscalizar os produtos.
A diretora da Regional Centro da Smau, Luzia Helena Bittencourt, explica que os
proprietários precisam apresentar nota fiscal das carnes. Os produtos devem
estar com carimbos ou selos do Serviço de Inspeção Federal (SIF), do
Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) ou do Serviço de Inspeção Municipal
(SIM). “As carnes geralmente chegam aos estabelecimentos embaladas com plástico.
O comerciante deve deixar para vender por último a peça na qual está o
carimbo. Esta é a forma de ele provar que a carne foi inspecionada.”
Luzia alerta os consumidores para desconfiarem de preços muito baixos, pois o
produto pode estar com a data de validade quase vencendo. Não é aconselhável
comprar carnes picadas, pois geralmente são sobras retalhadas em más condições
de consumo.
Certificado de inspeção
O supervisor de inspeção da delegacia regional do IMA de Juiz de
Fora, José Alberto Moreira de Souza, também aconselha a não comprar lingüiça,
hambúrguer e almôndega sem serem embaladas e de empresas com certificado de
inspeção. “Sem esta garantia, não dá para saber como o produto foi feito e
em que estado de conservação estava a carne. A pessoa corre riscos de ter
intoxicação alimentar e até doenças graves, como leptospirose, salmonelose e
cisticercose.”
A delegacia regional do IMA possui 70 indústrias registradas e abrange 104
municípios, incluindo Juiz de Fora. O órgão faz inspeção permanente antes e
depois do abate de carnes bovinas e suínas. Um médico veterinário avalia as
condições de saúde dos animais e, quando são detectados sintomas de doenças,
o boi é separado do lote no matadouro, para evitar risco de contaminação.
Dependendo do tipo de problema, a carne é destruída ou levada para indústria,
onde passa por tratamento.
Entre as doenças mais comuns encontradas durante a inspeção estão
cisticercose, hepatite, tuberculose, contusões graves e pneumonia. A
cisticercose é uma doença parasitária que ocorre nos homens e nos animais,
podendo ocasionar, nos seres humanos, parasitoses intestinais (tênia) e em
outros órgãos. A pior delas é quando o parasito se aloja no cérebro, podendo
causar desde convulsões e paralisias até a morte. As pessoas correm riscos de
contrair a doença quando comem carnes bovinas e suínas mal cozidas.
Procedência
Para garantir a compra de carne de boa procedência, Souza considera
mais indicado optar pela embalada. Ele explica que é normal, neste tipo de
acondicionamento, o produto apresentar coloração mais escura. “Como é
embalada a vácuo, a falta de oxigênio altera a cor natural da carne. Ao abrir
a embalagem, o produto volta a ficar rosado depois de dez minutos em contato com
o oxigênio.”
O IMA também desenvolve trabalho de controle e prevenção de doenças, como
febre aftosa e brucelose. Segundo o assistente técnico Antônio José Gomes
Bastos, há seis anos, a delegacia regional do órgão não registra casos de
febre aftosa.
Cuidados na hora da compra
* As carnes sempre devem estar armazenadas dentro de geladeira, câmara fria ou
balcão frigorífico. Nunca podem estar expostas sem refrigeração
* Observar se os produtos possuem o carimbo ou o selo de serviços de inspeção
* Dê preferência às carnes embaladas, pois possuem datas de fabricação e
validade e geralmente são produtos de boa procedência. Não compre se a
embalagem estiver violada
* Lingüiça, hambúrguer e almôndega devem ser comprados embalados de empresas
que possuem certificados de inspeção
* As carnes bovinas devem apresentar coloração vermelha, com sangue presente,
sem odores fétidos. Se estiver escura, é sinal de que já está ficando
passada. As suínas têm tonalidade mais clara.
* Os peixes devem estar com olhos perfeitos (brilhantes), guelras rosas, escamas
brilhantes e resistentes. Os olhos não podem estar foscos nem afundados. Ao
apertar a carne com o dedo, ela tem que ter elasticidade, se afundar, pode estar
podre. O cheiro deve ser de maresia, pois, se estiver com odor desagradável,
pode estar estragada.
* Antes de comprar o frango, é preciso observar se a carcaça está fresca, sem
alteração de cor, sem líquido viscoso e odor fétido. A cor normal da carne
deve ser de branco a rosa. Se estiver roxa, é sinal de que está estragando.
Fonte: Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Secretaria Municipal de
Atividades Urbanas (Smau) e o nutricionista Arnaldo Hamilton Pinheiro. http://www.tribunademinas.com.br/grandes/alimenta.htm
Projeto Apoema - Educação Ambiental