Capacitação de educadores ambientais - Saber Sensível

Nome/razão social da entidade proponente: Apoema Produções Paradidáticas Ltda.

CAPACITAÇÃO EM SENSIBILIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DE ATIVIDADES DINÂMICAS

* Gaúcha, de Novo Hamburgo, é Graduada em Pedagogia Empresarial, Orientação Educacional, Especialista em Educação Ambiental e Alfabetização. Coordenadora do Projeto Apoema desde 1992. Diretora da Apoema Produções Paradidáticas Ltda. www.apoema.com.br, que publica materiais de Educação Ambiental para crianças e professores e presta outros serviços como oficinas, palestras, encontros. Fundadora da Rede do GEAI – Grupo de Educação Ambiental da Internet (Criado em MAIO/2000), Editora Responsável da revista eletrônica Educação Ambiental em Ação (Criada em JUN/2002)www.revistaea.org, palestrante, escritora, colunista de jornal local, desenvolvedora de projetos diversos, virtuais e presenciais www.apoema.com.br .

O encontro pretende capacitar multiplicadores de atividades práticas e dinâmicas de sensibilização em ações de Educação Ambiental para serem replicadas em práticas pedagógicas diversas, em diferentes contextos, com diferentes públicos para promover, de forma mais significativa, a conscientização ambiental. Portanto, o tema principal da capacitação é SENSIBILIDADE, que será abordada a partir de atividades práticas, dinâmicas, sensibilizadoras. A proposta está baseada e fundamentada no livro “Pela trilha da sensibilidade”, que será objeto de estudo do programa de capacitação.

As atividades envolvem estudos teóricos que fundamentam práticas de sensibilização e envolvem diversas técnicas e dinâmicas de grupos para aflorar os cinco sentidos. Estas atividades também servirão como recursos pedagógicos que poderão ser replicados pelos educandos quando estes atuarem com grupos. No início todos colocarão suas expectativas em relação ao encontro e no final verificarão se estas foram correspondidas com as atividades realizadas e justificarão suas impressões.

O questionamento sobre o alcance dos objetivos da EA levantou a hipótese de a falta de atividades de sensibilização promoverem uma lacuna, o que dificulta a mudança de posturas tão proclamadas pelas ações da EA. Esta hipótese motivou a pesquisa sobre a importância deste recurso didático para enriquecer práticas de EA e foram aplicadas atividades diversas de sensibilização, com sucesso, em dois grupos distintos: professores da rede municipal de Porto Alegre e de uma escola municipal de Novo Hamburgo, bem como com alunos de pós graduação em Educação Ambiental da USP/ São Carlos/SP (Cuja experiência se revela no relato de práticas do livro “Pela trilha da Sensibilidade). Conforme aponta no livro, Adams (2015, pp 12-15):

O ato de sensibilizar, ou de sensibilizar-se, é um dos principais componentes que elaboram a nossa percepção de mundo. Segundo Duarte Jr. (2000):

Sentir o mundo consiste, primordialmente, em sentir aquela sua porção que tenho ao meu redor, para que então qualquer pensamento e raciocínio abstrato acerca dele possa acontecer a partir de bases concretas e, antes de tudo, sensíveis. (DUARTE JR., 2000, p. 181)

Todos os setores da sociedade vêm sofrendo as mazelas do descontrole ambiental e por esta razão é responsabilidade da Educação inserir atividades que sensibilizem o olhar, o ouvir, o enxergar, o tocar, o cheirar, para transformar posturas e atitudes, porque:

[...] não se pode furtar à discussão mais ampla da questão ambiental, do tema da ecologia, tão atual e que vem merecendo a atenção de inúmeros críticos de nosso presente estágio de desenvolvimento. Porque, se por um lado tal questão tem a ver com a própria saúde planetária e com o modelo instrumental de progresso que adotamos, por outro [...] ela se liga diretamente à nossa sensibilidade, à forma como o ambiente nos chega e nos penetra os sentidos. (DUARTE JR.2000, p.31)

Quando passamos a prestar mais atenção às mínimas coisas, que no dia a dia passam despercebidas, tanto dos ambientes naturais, quanto dos ambientes construídos e urbanos, quer seja em casa, no trabalho, na escola, nos damos a oportunidade de resgatar a nossa conexão com o ambiente, com a Terra, com o divino. Não importa a nossa crença. O que importa é ampliar o sentido da vida, resignificando-a em toda sua amplitude.

Aos poucos fomos nos desconectando dos detalhes que nos envolvem, porque a vida está cada dia mais mecanizada e tecnológica, sequestrando a nossa atenção e anulando os nossos sentidos. Ficamos, assim, como um cão sem o faro, como um abutre sem a visão, como uma baleia sem a audição, e nos tornamos “presas fáceis” da manipulação e das intempéries da natureza.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições. (BOFF, 2011, s/p)

As crises ambientais pelas quais o planeta está passando, sejam elas por mudanças climáticas naturais e/ou por interferência humana, justificam as palavras de alerta de Boff.

Para lidar de forma coerente, consciente e transformadora com toda esta gama de situações que vivenciamos, [é preciso desenvolver] um olhar mais aprofundado sobre a importância da sensibilidade no dia a dia, em todos os setores da atuação humana – não somente em escolas.

Para o desenvolvimento do encontro será necessário disponibilidade de espaço físico com recursos de multimídia, público composto por educadores ambientais e exemplares da publicação referência que fundamenta o encontro. A proposta é trabalhar com pelo menos 20 educadores ambientais, sendo que cada um receba exemplares para que sejam compartilhados em seus contextos, ao replicarem as atividades propostas no encontro.

- Capacitar educadores ambientais no que se refere a práticas pedagógicas de sensibilização ambiental para que sejam multiplicadores das propostas do encontro em diferentes contextos de atuação.

- Promover reflexões sobre a EA e a importância das atividades de sensibilização.

Capacitar pelo menos 20 (no máximo 40) agentes educadores ambientais para serem multiplicadores das atividades de sensibilização.

O encontro será desenvolvido em um turno, em 4hs/a em data e horário a serem definidos. Deste encontro formar-se-á uma rede para a continuidade de contato entre os participantes e coleta de dados sobre as atividades multiplicadoras que forem desenvolvidas a partir do encontro.

Livros base do encontro: 100 livros para serem distribuídos entre os participantes multiplicadores.

Encontro “SABER SENSÍVEL NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL”
	Valor Unitário	Valores Totais
Livro Pela trilha da sensibilidade	R$ 40,00	100 exemplares: R$ 4.000,00
	TOTAL	R$ 4.000,00
*+ Despesas com viagem: Passagens, translado, hospedagem e alimentação para uma pessoa*

ADAMS, Berenice Gehlen. Pela trilha da sensibilidade. Novo Hamburgo :Apoema Cultura Ambiental, 2015. 128 p.

ADAMS, B. G. Liberdade para a sensibilidade. Novo Hamburgo: Jornal NH, p 12, 15/01/2015.

___________. Ciranda Cirandona. Novo Hamburgo: Jornal NH, p 12, 11/12/2014

____________. Coletânea de entrevistas da revista eletrônica Educação Ambiental em Ação. [ recurso eletrônico www.revistaea.org] / Novo Hamburgo: Berenice Gehlen Adams, 2014.

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DUARTE JR, J. F. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. 2000. 234 f. Tese (Doutorado em Educação) –Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, São Paulo. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000211363&fd=y> Acesso em: 12 abr.2015.

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Algumas imagens de encontros diversos Saber Sensível na Educação Ambiental realizados em 2015/16

Saber Sensível - atividades desenvolvidas com alunos de pós graduação em Educação Ambiental

UFRGS - Professores das redes estaduais, municipal e particular de Porto Alegre/RS

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