InformaLista

 

O Informativo da lista “Educação Ambiental”

No. 02 – 26 de junho de 2000

 

Alguns textos e artigos apresentados na Lista do Projeto Vida – Educação Ambiental

Alguns textos apresentados na Lista de Discussão do Projeto Apoema - Educação Ambiental (Antigo Projeto Vida – Educação Ambiental)

Os textos não passaram por revisão ortográfica, portanto, podem haver erros.

 

 


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Tânia Munhoz(1)

A partir das últimas décadas a questão ambiental tornou-se uma preocupação mundial. A grande maioria das nações do mundo reconhecem a emergência dos problemas ambientais. A destruição da camada de ozônio, acidentes nucleares, alterações climáticas, desertificação, armazenamento e transporte de resíduos perigosos, poluição hídrica, poluição atmosférica, pressão populacional sobre os recursos naturais, perda de biodiversidade são algumas das questões a serem resolvidas por cada uma das nações do mundo, segundo suas respectivas especificidades.

Entretanto, a complexidade dos problemas ambientais exige mais do que medidas pontuais que busquem resolver problemas a partir de seus efeitos, ignorando ou desconhecendo suas causas.

A questão ambiental deve ser tratada de forma global, considerando que a degradação ambiental é resultante de um processo social, determinado pelo modo como a sociedade apropria-se e utiliza os recursos naturais.

Não é possível pretender resolver os problemas ambientais de forma isolada. É necessário introduzir uma nova abordagem decorrente da compreensão de que a existência de uma certa qualidade ambiental está diretamente condicionada ao processo de desenvolvimento adotado pelas nações.

O modo como se dá o crescimento econômico, comprometendo o meio ambiente, seguramente prejudica o próprio crescimento, pois inviabiliza um dos fatores de produção: o capital natural. Natureza , terra, espaço devem compor o processo de desenvolvimento como elementos de sustentação e conservação dos ecossistemas. A degradação ou destruição de um ecossistema compromete a qualidade de vida da sociedade, uma vez que reduz os fluxos de bens e serviços que a natureza pode oferecer à humanidade.

Logo, um desenvolvimento centrado no crescimento econômico que relegue para segundo plano as questões sociais e ignore as aspectos ambientais não pode ser denominado de desenvolvimento pois de fato trata-se de mero crescimento econômico.

Em 1987 a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas apresentou ao mundo um relatório (denominado de Relatório Brundland) sobre o tema desenvolvimento. Esse relatório apresentou o conceito de desenvolvimento sustentável além de afirmar que um desenvolvimento sem melhoria da qualidade de vida das sociedades não poderia se considerado como desenvolvimento.

O relatório Brundland definiu desenvolvimento sustentável como um desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazerem as suas.

Pode-se considerar, portanto, desenvolvimento sustentável como o desenvolvimento que tratando de forma interligada e interdependente as variáveis econômica, social e ambiental é estável e equilibrado garantindo melhor qualidade de vida para as gerações presentes e futuras.

É certo que a implementação do desenvolvimento sustentável passa necessariamente por um processo de discussão e comprometimento de toda a sociedade uma vez que implica em mudanças no modo de agir dos agentes sociais.

No processo de implementação do desenvolvimento sustentável a educação ambiental torna-se um instrumento fundamental.

O sucesso das ações que devem conduzir ao desenvolvimento sustentável dependerá em grande parte da influencia da opinião pública, do comportamento das pessoas, e de suas decisões individuais. Mesmo considerando que existe certo interesse pelas questões ambientais há que reconhecer a falta de informação e conhecimento dos problemas ambientais.

Logo, a educação ambiental que tenha por objetivo informar e sensibilizar as pessoas sobre os problemas (e possíveis soluções) existentes em sua comunidade, buscando transforma essas pessoas em indivíduos que participem das decisões sobre seus futuros, exercendo desse modo o direito a cidadania torna-se instrumento indispensável no processo de desenvolvimento sustentável.

Uma das formas de levar educação ambiental à comunidade é pela ação direta do professor na sala de aula e em atividades extracurriculares. Através de atividades como leitura, trabalhos escolares, pesquisas e debates, os alunos poderão entender os problemas que afetam a comunidade onde vivem; a refletir e criticar as ações que desrespeitam e, muitas vezes, destroem um patrimônio que é de todos.

Os professores são a peça fundamental no processo de conscientização da sociedade dos problemas ambientais, pois buscarão desenvolver em seus alunos hábitos e atitudes sadios de conservação ambiental e respeito à natureza transformando-os em cidadãos conscientes e comprometidos com o futuro do país.

 (1) - Consultora do IPEA, foi presidente do IBAMA

Extraído do site: http://www.intelecto.net/cidadania/meio-5.html


RECICLAR É PRECISO

Cristina Rodrigues Teixeira

Um dos maiores problemas da atualidade é o lixo decorrente do desenvolvimento acelerado de nossas cidades. No Brasil aproximadamente 90.000 toneladas de lixo são produzidos diáriamente (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária), 59% das cidades brasileiras não possuem um destino final para os resíduos. Segundo o IBGE , a destinação do lixo tem sido o depósito a céu aberto em 76% dos casos, sendo que 13% apresentam risco de degradação ambiental. Esse risco aumenta ainda mais qu ando temos um depósito de lixo a céu aberto, em manguezais ou próximos a rios, lagos ou de locais onde passam os lençóis freáticos.

O lixo é o grande responsável pela poluição visual, proliferação de vetores de doenças, mal cheiro e desperdício de matéria prima e energia. No entanto todo este desperdício ocorre em função de uma falta de consciência de que muito do que é jogado fora poderia ser reutilizado, reaproveitado ou reciclado. Por outro lado o lixo pode e deve ser considerado uma fonte de energia e recursos.

O disperdício de alimentos é bastante preocupante, sendo que o lixo doméstico é o que mais contribui para o aumento dos rejeitos. O aumento do volume de lixo causa vários problemas que vão desde o tratamento inadequado para os rejeitos, riscos para saúde e para o meio ambiente. Somam-se a esses problemas o prejuízo incalculável para os milhões de brasileiros que passam fome e o fato de grande parte dos alimentos produzidos ir parar no lixo (cerca de 30% da produção mundial de alime ntos). Esta perda de alimentos se dá em função de falhas na colheita, transporte, armazenamento, comercialização e até mesmo no consumo

As melhores técnicas de tratamento do lixo até o momento são as usinas de compostagem, os aterros sanitários e a reciclagem. A compostagem utiliza a fermentação da matéria orgâninca, produzindo adubo e recursos energéticos (gás metano).

A reciclagem é uma maneira bastante eficaz de se combater o problema do desperdicio energético. A reciclagem atua de modo a reduzir a quantidade de lixo, o que representa uma enorme economia em recursos naturais e energéticos, além de não sobrecarregar o meio ambiente em sua capacidade de absorção.

Um dos elementos que mais contribui para o desperdício de matéria prima são as embalagens. A grande verdade é que todas elas causam algum dano ambiental e sua reciclagem tem prós e contras. Desta forma quem seleciona o melhor tipo de embalagem acaba sendo o consumidor. Sendo assim a sociedade deve ser orientada, através de um trabalho de educação ambiental (via meios de comunicação, universidades, ONGs, e governo de uma maneira geral) a exigir que os rótulos especifiquem a forma de reciclagem e o impácto causado á natureza. O consumidor também deve ser orientado de modo a evitar o desperdício de alimentos, utilizar os dois lados do papel , comprar embalagens grandes são algumas das soluções. A simples coleta seletiva do lixo poderá reduzir sensivelmente a poluição ambiental, bem como as doenças causadas pelo acumulo de lixo, além contribuir para o aumento da renda de populações carentes que poderão trabalhar nesta coleta seletiva do lixo e reciclagem do lixo urbano , como vem ocorr endo em Curitiba.

Para saber mais:

- Reciclagem dos resíduos urbanos, agropequários, industriais e minerarios. Síntese. Conselho de Desenvolvimento Industrial. Ministério da Industria e do Comércio. Brasília, 1985. 183p.

- Reciclagem e recuperação de materiais. Secretaria da Indústria e do Comécio - Superintendência de Tecnologia, Minas e Energia. Governo do Estado de Santa Catarina. Santa Catarina, 1983. 18p.

- Lixo Por que Tanto? Beatriz Lima. Ecologia & Desenvolvimento n 58 p. 11- 12 .1996.

- Reciclagem de Embalagens. Ecologia & Desenvolvimento n 58 p. 14 - 15 . 1996.

Texto extraído do site: http://membro.intermega.com.br/bromelia/recicla.html

 

 

 

Frases sobre ÁGUA


"A água possui múltiplos usos; a utilidade que ela não tem para você terá para outra pessoa"

"A água é um bem de todos"

"Água: use, mas não abuse"

"Não se polui somente um rio. Prejudica-se toda a vida"

"Estamos juntos neste barco"

"Água: só se avalia o valor quando se perde"

"Antes de agredir a água, pense em como se sentiria se o agredido fosse você"

"Água: fonte de alegria e prazer"

"O planeta Terra é uma grande gota d’água. Por isso, frágil"
"Água poluída é vida suja"

"A água que afaga é a mesma que afoga"

"Água limpa e farta: futuro risonho e sustentável"

"Gestão compartilhada da água é exercício de fraternidade"

"Respeito e reconhecimento da importância da água limpa é manifestação de cidadania"

"Água é recurso finito e vulnerável; portanto, um bem econômico"

"Alguém já viu lavar sujeira com água suja?"

"A proteção da água depende da proteção das árvores"

"Não se polui somente um rio. Prejudica-se toda a vida"

"Água limpa somente com lixo e esgoto tratados"

"Cuidando bem da água usufruiremos de suas possibilidades; maltratando-a, vivenciaremos suas limitações"

"A água é o sangue da terra. Com sangue bom, saúde boa; com sangue ruim, doença"

"Conscientização é o começo; importante mesmo é mudar atitudes para melhorar nossas águas"

"A água merece respeito. Se ela estiver doente, você também estará"

"Evite desperdiçar água. Ela é um recurso limitado e vulnerável"

"Saber usar a água é saber produzir riquezas"

 "A água é imprescindível à vida"

"Precisamos usar a água sem desperdiçar nem poluir"

"A água é a seiva do nosso planeta. Preservá-la é condição essencial para a vida"

"O desperdício de água é o grande responsável pela escassez desse recurso"

"A água é um recurso natural importantíssimo. Sem ela, seria impossível a vida"

"A água é um bem que não pode ser poluído nem desperdiçado"

"Preservar a água é preservar a vida"

"Água é vida e, por isso, deve ser preservada por todos"

"Defender a água é valorizar a vida"

"A presença da água é fundamental para a existência da vida"

 "Exercer a cidadania é valorizar a água"

 "Preservar as matas ciliares é garantir a existência dos rios"

 

http://www.radiobras.gov.br/agua.html

 

 

Material de Apoio - Textos

TEXTO BÁSICO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS

A Educação é a base para o desenvolvimento de um país, pois através dela as pessoas têm subsídios para exigir seus direitos e cumprir os seus deveres, ou seja, as pessoas têm condições de desempenhar o seu papel de cidadão. É a participação cidadã que surge como "mola-mestra" na solução dos problemas ambientais e na proposta de conviver em sociedade e com a natureza. E a participação pode se dar nos mais diversos níveis: no caso da participação em relação à resolução dos problemas ambientais, ela é a principal das profundas transformações que estão ocorrendo para assegurar a convivência democrática, sustentável e harmônica dos seres humanos entre si e com o ambiente.

Nesse processo, a Educação Ambiental entra não somente como uma passagem de informações - como ocorre geralmente com a Educação Tradicional - mas também na aplicação dessas informações como forma de mudança de comportamentos e atitudes em relação aos problemas ambientais. E quem já aprendeu - o Educador Ambiental - pode partilhar com quem apenas inicia esta jornada - os alunos - que serão transmissores desses conhecimentos aos seus pais, vizinhos, amigos, enfim, como se fosse através de uma corrente, pois, ao contrário do que Paulo Freire decidiu chamar de "Educação Bancária", caracterizada pelo acúmulo de informações "pré-fabricadas" sem conexão com o potencial de "evocação" existente em qualquer aprendizagem, a Educação Ambiental se baseia na premissa de que é na reflexão sobre a ação individual e coletiva em relação ao meio ambiente que se dá o processo de aprendizagem. Ou seja, ela vem da emergência de uma percepção renovada de mundo chamada de holística. Em outras palavras, é uma forma íntegra de ler a realidade e atuar sobre ela através de uma visão de mundo como um todo, não podendo ser reduzida só a um departamento, uma disciplina ou programa específico. Daí a necessidade de ligar ações multi e interdisciplinares à Educação Ambiental - contando com a ajuda de profissionais ligados à área da Educação como também a Biologia, Artes, Ecologia, Geografia, História, Matemática, Português, enfim, todos aqueles que trabalham como professores das disciplinas básicas nas escolas de primeiro e segundo graus, sendo disseminadores desses conhecimentos que serão inseridos na vida cotidiana de todos os indivíduos.

A Educação Ambiental é uma proposta de filosofia de vida que resgata valores éticos, estéticos, democráticos e humanistas. Ela parte de um princípio de respeito pela diversidade natural e cultural, que inclui a especificidade de classe, etnia e gênero, defendendo, também, a descentralização em todos os níveis e a distribuição social do poder, como o acesso à informação e ao conhecimento. A Educação Ambiental visa modificar as relações entre a sociedade e a Natureza, a fim de melhorar a qualidade de vida, propondo a transformação do sistema produtivo e do consumismo em uma sociedade baseada na solidariedade, afetividade e cooperação, ou seja, visando a justa distribuição de seus recursos entre todos.

Para viver nosso cotidiano de maneira mais coerente com os ideais de uma sociedade sustentável e democrática, é necessária uma educação que repense velhas fórmulas de vida, propondo ações concretas para transformar nossa casa, rua, bairro, enfim, comunidades, sejam elas no campo ou na cidade, na fábrica, na escola ou no escritório.

 

Texto: Biólogo João Luís de Abreu Vieira

http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt8.html

 

 

 

Presidente Clinton anuncia plano para preservar oceanos

 

O presidente dos EUA, Bill Clinton, disse que ira' implantar um sistema

depreservacao dos oceanos nos moldes dos projetos de protecao florestal.

Oanuncio foi feito durante visita a um atol proximo ao litoral dos

estadosde Virginia e Maryland.O aquecimento global e o fenomeno climatico

El Niño estao causando danos 'afauna e 'a flora marinhas, em especial aos

corais, provocando adescoloracao e morte de barreiras de coral no mundo

inteiro.Clinton citou uma grande zona morta de corais no Golfo do Mexico

comoexemplo do que nao se poderia deixar acontecer no atol ou em qualquer

outrolugar do pais. A morte da fauna marinha naquela regiao foi causada,

entreoutros fatores, pelo uso abusivo de pesticidas."Eles (os oceanos) sao

imensamente poderosos, mas sao muito frageis", disse.Clinton acusou o

Congresso americano de vetar suas propostas para aumentara verba destinada

'a preservacao ambiental. "Os lideres congressistas estaonadando contra a

corrente", disse.O presidente americano aproveitou a ocasiao para cobrar

dos orgaos federaisum plano de acao para proteger os corais do havaianos.

Entre as medidas aserem tomadas estariam o estabelecimento de limites do

nivel de poluicao daagua.A area de corais mais recentemente atingida e' a

costa de Belize, naAmerica Central, que sofreu a primeira mortandade de

corais em tres milanos. Cientistas americanos acreditam que o fenomeno foi

provocado por uma elevacao de temperatura no litoral da ilha experimentada

ha' dois anos.(Jornal do Brasil, 27/5)

 

 

 

Olá Lista de Educação Ambiental

 

O Projeto Carona Brasil vem por meio desta saber se possuem materiais

didáticos como folders, posters, cartilhas e outros que estejam

interessadaos em divulgar na Rede Carona Brasil, através de distribuição em

escolas municipais de Rio Grande e entorno. Pedimos que se houver interesse

que nos envie via postal e já agradecemos por esta iniciativa que servirá

para promover esta Instituição e também disseminar ações referentes a

educaçãopara àgua.

 

Endereço:

Universidade Federal do Rio Grande

Projeto Carona Brasil

Cx Postal 474

Av. Itália, Km 08

CEP 96200-900

Rio Grande - RS

Atenciosamente,

 

 

Juliano de Paiva Riciardi

Cooordenador Carona Brasil

 

 

 

TREINADORES DA ALEGRIA ,solicita aos amigos que ajudem a divulgar esse

release dos nossos trabalhos de EDUCAÇÃO AMBIENTAL, em veiculos de

comunicação ou empresas, repasse nosso email para vossos amigos.MAIS DE

70.OOO PESSOAS JÁ PARTICIPARAM DAS NOSSAS APRESENTAÇÕES. Gratos pela atenção

e nos colocamos a vossa disposição.

Criatividade e bom-humor são instrumentos de preservação do meio ambiente

‘TREINADORES DA ALEGRIA’ RECICLAM CONCEITOS EM EMPRESAS

A importância da preservação do meio ambiente foi o que motivou um grupo de

atores a conscientizar empresários de que podem contribuir, para manter o

equilíbrio ambiental.

Isso aconteceu a quatro anos atrás. Desde então a trupe vem “invadindo “,

empresas.

Dois palhaços , Lelé e Dacuca , invadem as empresas fingindo serem agentes

do governo e distribuem lixo para os funcionários, todos são obrigados a

levar os detritos para casa devido ao excesso de sujeira encontrado nas ruas

e a falta de espaço nos aterros sanitários. Essa é apenas uma das cenas

protagonizadas pelos Treinadores da Alegria, formado por atores que já

passaram mensagens ambientais para mais de 70.000 pessoas.

Interatividade clownesca - Nosso instrumento de conscientização são peças

teatrais rápidas, objetivas e divertidas com personagens clownescos que

despertam grande empatia nos espectadores. “É um teatro interativo que busca

alertar, informar e educar as pessoas de forma direta, permitindo uma

assimilação eficaz e duradoura. O recurso da interatividade tem uma

receptividade muito boa por parte dos funcionários das empresas, eles acabam

se identificando com os personagens”.

Passado algum tempo das apresentações, os Treinadores da Alegria, entram em

contato com as empresa e avaliam os impactos do trabalho. Os resultados mais

frequentes são aumento substancial do lixo reciclável, diminuição do consumo

de água e energia elétrica, surgimento de novas idéias que beneficiem as

empresas em termos ambientais, diminuição de vazamentos de produtos químicos

e conscientização dos cuidados necessários com os resíduos contaminados.

Divesos aspectos do meio ambiente são abordados nos espetáculos :

Coleta Seletiva de Lixo * Poluição ( Ar – Água – Solo ) * C F C

Efeito Estufa * Efluentes * Resíduos * Camada de Ozônio *

Chuvas Ácidas * Queimadas * Gases Tóxicos

Redução do consumo de Água e Energia Elétrica

O grupo é uma cooperativa de atores que atuam no mercado há quinze anos,

Alguns de seus espetáculos foram contemplados com o Prêmio de estímulo da

Caixa Federal,

Clientes – Souza Cruz - Coca-Cola – Basf - Mercedes-Benz - Avon - Embrapa

Ambiental - Cosipa - Banespa - Sachs - Igaras - Alcoa -

Níquel Tocantins - Sesc - Asea Brown Boveri - Perstorp -

Laboratório Boehringer - Méritor do Brasil - Pref. de São Paulo.

TREINADORES DA ALEGRIA

011.3842.1325/9175.4141– Eduardo Mancini - : mantcha@uol.com.br.

site - ativarh.com.br/treinadores

 

 

 

Livro sobre hortas para DOWNLOAD

 

http://www.prodam.sp.gov.br/semab/dicas/hortas.htm

 

 

 

Caros Colegas,

entrem em contato com a central da Usina FURNAS. Participei de um Congresso no

qual foi distribuído um material didático muito bom sobre água e energia, se

for interessante p/ vcs... o e-mail eh:

webfurnas@furnas.com.br

 

                                   Atenciosamente,

                                       Andressa.

 

 

Acre

A solidariedade sempre foi nossa característica de classe e de projeto. Não  nos faltará agora. Mais ameaças de morte pairam sobre
quem quer construir  uma sociedade solidária, socialista. Precisamos nos juntar a esta corrente  em defesa do país, da classe trabalhadora, do Partido dos
 Trabalhadores, do socialismo. Um forte e solidário abraço.
Por favor, leia com atenção. O Acre, para quem não conhece, é um Estado com pouco mais de 500 mil hab. Somos, a maioria, descendentes de nordestinos que vieram para cá durante a segunda guerra, para extrair borracha para a indústria da guerra, atendendo ao governo federal. Gostamos de dizer que fizemos opção por sermos brasileiros e brasileiras, quando nossos antepassados travaram uma guerra na fronteira contra a Bolívia e o Peru. Esse fato é conhecido em nossa história como Revolução Acreana, inclusive, celebramos há pouco tempo os 100 anos de início da Revolução. O Brasil não nos conhece, há não ser por notícias ruins. Poucos sabem que Fizemos outra revolução nas ultimas eleições para governador e deputados, quando os partidos de esquerda conseguiram mudar mais de 50% da A. Legislativa, conquistamos mais uma vaga no senado e o governo do Estado. Temos uma senadora, Marina Silva, eleita pela revista Time uma das 10 personalidade mundiais atualmente, e uma das 50 maiores lideranças da América Latina
para o milênio; que o atual governador Jorge Viana, tb foi eleito para esta lista, por estar implementando e discutindo um modelo de desenvolvimento para a Amazônia, respeitando as comunidades tradicionais (ribeirinhos, extrativistas, indígenas); que aqui nasceu o sonho das reservas extrativistas, uma forma de aproveitar os recursos florestais sem pôr em risco a sua existência. Muito tem-se trabalhado para que o Acre conquiste a cidadania e para isso muitos acreanos morreram, ..o mais conhecido, inclusive internacionalmene, sem dúvida foi Chico Mendes; mas tb houve Ivair Higino, líder trabalhador rural, Wilson Pinheiro, trabalhador rural, João Eduardo, líder comunitário, todos assassinados por defenderem a vida, a dignidade e a sobrevivência do nosso povo, embora muitas vezes, sem o devido reconhecimento.Vivemos um doloroso processo de construção da cidadania, recuperando   um Estado saqueado e abandonado por uma verdadeira quadrilha.  É fato que o atual governo, assumindo o Estado e desmantelando o esquema de corrupção e medo, assumiu uma grande e pesada tarefa. Em consequência, muitas de nossas lideranças vivem ameaçadas e necessitam de  segurança para si e suas famílias, como a Sec. de Segurança Salete Maia e o atual arcebispo de Porto Velho, Dom Moacyr Grechi, entre outros.Um dos fatos mais marcantes que vivemos, noticiado em todo o Brasil, foi a cassação do ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, acusado de comandar o narcotráfico, envolvimento com o esquadrão da morte, sequestro, assassinatos, corrupção.  Após a cassação assumiu a vaga o o deputado Aleksandro, tb acusado de desvio de dinheiro público, envolvimento com o narcotráfico e o esquadrão da morte. Há poucos dias,  foi autorizada pela Justiça a quebra do sigilo bancário do deputado Aleksandro (ex-PFL, atualmente no desconhecido PSL (?). Estas pessoas e todos aqueles que durante anos se aproveitaram do nosso povo e achavam que o medo iria imperar por tempo indeterminado, estão acuadas. Esta semana, a emissora de TV Rio Branco, retransmissora local do SBT, fez uma entrevista com o deputado Aleksandro, em que ele dedica o Salmo 109 ao governador Jorge Viana (PT), ao Senador Tião Viana (PT), à deputada estadual Naluh Gouveia (PT), ao líder do Governo na Assembléia Legislativa, Edvaldo Magalhães (PCdoB) e à Perpétua Almeida (PCdoB), do Comitê Contra a Impunidade. Talvez o deputado Aleksandro não imaginasse que alguém fosse se dar ao trabalho de ler e divulgar no Jornal Página 20, um pequeno jornal de tiragem local... a seguir, um trecho do Salmo em questão:

"(...)que seus dias sejam breves,
 e outro ocupe o seu ofício.
 Que seus filhos fiquem órfãos,
 e sua mulher se torne viúva.
 Que seus filhos fiquem vagando a mendigar,
 e sejam expulsos das ruínas.
 Que o usurário roube o que ele possui,
 e estrangeiros depredem os seus bens.
 Que ninguém se compadeça dos seus órfãos,
 Que sua descendência seja cortada,
 e seu nome se extingua numa só geração (...)

Para nós, que moramos e conhecemos essa realidade, tal oferecimento  implica num aviso ameaçador. Estamos divulgando isto porque ninguém  acreditou nas ameaças de morte sofridas por Chico Mendes, uma de nossas lideranças e que ajudou a construir o processo que hoje vivemos; ninguém imaginou que o governador Edmundo Pinto seria assassinado em um hotel em SP, um crime até hoje não resolvido; ninguém acreditou que a impunidade e a violência chegasse a tanto..Por isto, estamos solicitando, como ato de solidariedade ao  governador Jorge Viana, ao Senador Tião Viana, aos deputados Edvaldo Magalhães e Naluh Gouveia, e demais lideranças, que vc envie uma mensagem de  solidariedade a esses companheiros,  como sinal de que o povo brasileiro não suporta mais, nem admite, seja no centro de SP , RJ ou nos confins da Amazônia, que a violência e a morte prevaleça sobre a vida.Vc pode enviar sua mensagem para o e-mail  eimp@ac.gov.br  Obs:Reproduza e envie para seus amigos para que possamos enviar o máximo de mensagens. E ser quiser conhecer mais sobre o Acre, vc é bem vindo no o site  www.ac.gov.br 

 

 

O PODER DO ENTUSIASMO 

Entusiasmo é acreditar na nossa capacidade de fazer as coisas acontecerem, de darem certo, de transformar a natureza e as pessoas.

Não  esperem ter as condições ideais para se entusiasmarem. Nós é que temos que transformar a nossa vida numa Vida Entusiástica. Não é a realidade da vida que tem que nos entusiasmar, nós é que temos que entusiasmar a realidade da nossa vida! Nós é que temos que entusiasmar nossas idéias... Uma idéia sem entusiasmo é uma idéia morta!

DICAS PARA VIVER ENTUSIASTICAMENTE

1º AFASTE-SE DAS PESSOAS E DOS FATOS NEGADORES E NEGATIVOS
 Se você se deixar envolver por um  ambiente negativo, você vai se  transformar numa pessoa negativa.

2º ACREDITE NOS SEUS "INSIGTHS" POSITIVOS.
Os vencedores são aqueles que  acreditam nas suas idéias.

3º NÃO RECLAME CONSTANTEMENTE.
Quando a gente reclama muito, se habitua a reclamar cada vez mais e acaba se transformando numa pessoa azeda.  É insuportável conviver com pessoas que só vivem se queixando!

4º CULTIVE A ALEGRIA E O BOM HUMOR... APRENDA A SORRIR!
Terapia do Riso- Habituar-se a sorrir, a achar graça de si mesmo. O sorriso tem um efeito poderoso em nossa vida: as pessoas que zombam dos próprios erros, são mais felizes e mais fortes.

5º ILUMINE O SEU AMBIENTE DE TRABALHO E SUA CASA. A ESCURIDÃO TRÁS A DEPRESSÃO
O ambiente determina a condição funcional em que as pessoas agem e fazem as coisas ocorrerem.

6º SEJA ALGUÉM DISPOSTO A COLABORAR COM OS OUTROS. SEMPRE ACHE UMA MANEIRA DE PARTICIPAR.
Traga as pessoas mais próximo de você. Participe,converse com as pessoas com as   quais convive. Interesse-se pelas pessoas à sua volta!

7º SURPREENDA AS PESSOAS COM "MOMENTOS MÁGICOS"
Contagie os outros... Faça com que ao entrar num ambiente, as pessoas se contagiem com a aura de entusiasmo que envolve você!

8º FAÇA TUDO COM SENTIMENTO DE PERFEIÇÃO.
 Faça as coisas com vontade de fazer! Não faça nada pela metade! Faça as coisas com desejo de acertar e de criar o mais correto possível. 

9º ANDE BEM VESTIDO, LIMPO E PERFUMADO.
Tenha orgulho da sua imagem. Gostar de si próprio, mantendo a auto-estima, é fundamental para o Entusiasmo.) 

10º AJA PRONTAMENTE. FAÇA AGORA!
Não postergue, não deixe para  amanhã. Quando tiver alguma coisa para fazer, faça imediatamente. Sentiu que é o momento certo? - Aja!

Descubra o Entusiasmo na Vida! Seja capaz de transformar as coisas e fazê-las acontecer. Não espere as condições ideais, faça o Entusiasmo ocorrer pela crença de que somos capazes de realizações eficazes, de vencer obstáculos. (Luiz Almeida Marins Filho Ph.D) 

 

" Levantem os olhos sobre o mundo e vejam o que está acontecendo à nossa volta, para que amanhã não sejamos acusados de omissão se o homem, num futuro próximo, solitário e nostálgico de poesia, encontrar-se sentado no meio de um parque forrado com grama plástica, ouvindo cantar um sabiá eletrônico, pousado no galho de uma árvore de cimento armado."

 

Professor Manoel Pedro Pimentel 


 

 

Água, defendendo o que resta

 

Quando estiver apreciando o chacoalhar das ondas do mar, os desenhos graciosos de uma cachoeira, o ronco dos trovões, o dormir tranqüilo de um lago, a alegria misteriosa de um arco-íris, o balanço dos barcos, a chuva que se anuncia no telhado, o correr manso de um rio, a beleza irradiante da neve, a cerveja estupidamente gelada", o tilintar do gelo no copo, a fumaça que sai do delicioso cafezinho, a lágrima que desce suavemente no rosto, o suor que escorre no corpo, o orvalho descansando nas folhas das árvores, pense nisso: sem água nada existe. Seja nos mares, nos rios, nos lagos, no ar, na terra ou na chuva, aí está a mais completa manifestação de vida.

Aguardem, logo estarei enviando arquivos com as partes mais importantes sobre a Lei nr. 9.433 - Política Nacional dos Recursos Hídricos - O que muda para melhor e para pior.

 

 

 

Manaus, terça-feira, 06 de junho de 2000

 

BIOAMAZÔNIA

 

Ministro desfaz acordo

 

O primeiro grande acordo de cooperação assinado entre a Associação

Brasileira para Uso Sustentável da Biodiversidade da Amazônia

(Bioamazônia) e uma empresa internacional - a suíça Novartis Pharma AG -

promete render muita polêmica. Sob a artilharia pesada de um grupo de

pesquisadores, desde o final de maio, quando esta foi oficializada, a

parceria está agora na mira do Ministério do Meio Ambiente. Em nota

divulgada na sexta-feira, o titular da pasta, ministro Sarney Filho, diz

que o acordo “não tem valor legal” e que a Bioamazônia não está

autorizada a firmar acordos, convênios ou contratos de bioprospecção com

bioindústrias.

 

Ontem, foi a vez do diretor-geral da Bioamazônia, Wanderley Messias da

Costa, divulgar nota à imprensa, para rebater algumas das críticas

feitas pelos pesquisadores - que consideram perigosos para a

biodiversidade amazônica os termos do acordo firmado com a empresa suíça

- e, numa referência à nota do ministério, afirmar que “o acordo de

cooperação foi elaborado e analisado por advogados especializados e,

para todos os efeitos legais, ele é juridicamente prefeito”.

 

O coro das críticas ao acordo firmado entre a Bioamazônia e a Novartis,

foi puxado pelo biólogo Spartaco Astolfi Filho, que aliás é o

coordenador do Conselho Técnico-Científico da Bioamazônia e representa

os associados no Conselho de Administração da organização.  “Esse acordo

é perigoso porque permite o amplo acesso à biodiversidade amazônica pela

Novartis e prevê o envio de material genético vivo (germoplasma), em

grande escala, em forma de cepas de microorganismos”, diz o pesquisador,

observando que a Lei de Acesso à Biodiversidade ainda não foi aprovada,

não havendo, portanto uma legislação específica para garantir o

cumprimento de itens do acordo.

 

DECISÕES ISOLADAS

 

Spartaco afirma, ainda, que as discussões preliminares sobre o acordo

com a Novartis não foram submetidas ao Conselho Técnico-Científico e que

tem sido comum a diretoria geral da Bioamazônia tomar decisões isoladas,

sem ouvir o conselho de administração. “Eu reconheço que é importante a

colaboração da Novartis e de empresas internacionais de porte para o

desenvolvimento bioindustrial sustentável da Amazônia, mas é preciso

cuidado com os termos desses acordos de cooperação”, diz o pesquisador.

 

O diretor-geral da Bioamazônia, Wanderley Costa, argumentou, por

telefone, a A CRÍTICA, ontem, que o acordo com a Novartis prevê,

expressamente, que todas as atividades de acesso aos recursos da

biodiversidade, assim como sua manipulação e desenvolvimento, são

regidas pelos princípios da Convenção da Diversidade Biológica e de

outras normais disponíveis no País. “Além disso, as cláusulas do acordo

poderão ser modificadas caso o Brasil aprove uma lei específica para a

matéria”, diz Costa.  Costa nega que o acordo com a empresa suíça não

tenha sido amplamente discutido  pelos conselhos da Bioamazônia. Segundo

ele, durante um ano o assunto foi analisado.  Atendendo uma sugestão

apresentada por Spartaco, o diretor  da Bioamazônia submeterá, no

entanto, o acordo a uma reunião extraordinária do Conselho de

Administração, numa data ainda não definida.  “Dessa reunião pode sair

uma sugestão de aperfeiçoamento do acordo e isso já estava previsto na

cláusula que estabelece um prazo de 90 dias para que  o Comitê Diretor

detalhe aspectos técnicos do projeto”, argumenta Costa.

 

 REAÇÃO

 

Atitude do ministro surpreende

 

Para o diretor-geral da Bioamazônia, o ministro Sarney Filho deve ter

sido mal assessorado no que diz respeito à polêmica envolvendo o acordo

firmado pelo Probem, o program da bioamazônia, com a empresa suíça

Novartis. “Estranhamos inclusive o fato de o ministro não ter nos

chamado para conversar antes de se pronunciar por meio de uma nota à

imprensa. Fomos surpreendidos e esperávamos outra atitude do ministro

até por conta do bom relacionamento que temos mantido nesse primeiro ano

de existência da

entidade”, queixou-se Wanderley Costa, que está em São Paulo.

 

Ao insistir que não existem “perigos” nos termos do acordo firmado com a

Novartis, Costa diz, numa referência indireta ao biólogo Spartaco Filho,

que perigoso é ter gente dentro da própria Bioamazônia tentando impedir

a entidade de cumprir sua missão, que é fazer parcerias com o setor

privado para fazer pesquisa aplicada. “Qual é a empresa que terá

confiança de fazer parcerias conosco depois desse episódio?”, disse

Costa.

 

Manaus - Jornal A Crítica.

 

 

AVISOS E DENÚNCIAS

 

·         ·         Aterro Sanitário de Paciência - RJ - Audiência Pública sobre a implantação dia 13/06/2000, às 19h em Santa Cruz.

·         ·         Construção de 84 casas em área de proteção ambiental (Mata Atlântica) em Miguel Pereira - RJ

·         ·         Denúncia da Associação de Moradores da Ilha dos Pescadores de crime ambiental em obras irregulares no empreendimento Condomínio Ponta do Partido I e II - Pontal, ao lado do Condomínio Marbela, em Angra dos Reis - RJ.

·         ·         Restaurante Grottamare, em Ipanema - Rio (denúncia chegada ao CREA-RJ) de que os efluentes da cozinha são conduzidos até a galeria de águas pluviais e a cozinha não possui filtro na chaminé.

·         ·         A Enseada de Botafogo - Rio foi excluída do PDBG.

·         ·         Segundo a ALERJ a Serra da Misericórdia - RJ vem sofrendo inúmeras agressões ambientais.

·         ·         Federação de Moradores de São José do Vale do Rio Preto - RJ, denuncia desmonte do Morro Redondo para instalação de depósito de lixo.

·         ·         Pergunta: Você acha válida a iniciativa do Município do Rio de Janeiro de tomar o lugar do Estado no Licenciamento de Atividades Poluidoras (SLAP)? Projeto 1474/99 enviado pelo Prefeito à Câmara Municipal.

·         ·         Seminário de Educação Ambiental de 04 a 06/10/2000 (CREA-RJ/IME) - Taxa de Inscrição R$ 60,00 e estudante R$ 30,00. Informação http://educamb.ime.eb.br

·         ·         Seminário dia 23/06/2000 em Cardoso Moreira - RJ - "Realidade Ambiental das Regiões Norte e Noroeste Fluminense. Livre

·         ·         Palestra "Estratégia de Combate às Secas e à Desertificação em Bacias Hidrográficas", dia 29/06/2000 na sede do CREA-RJ, Rua Buenos Aires 40 - Rio. Livre.

·         ·         Vem por aí nova tentativa de modificação no Código Florestal.

 

 

Educação Ambiental: Reflexões de um Biólogo Sanitarista

José Luiz Negrão Mucci


Existem, sem dúvida, várias definições para educação. É inegável , porém, o fato de que este é um processo cuja meta é a mudança de comportamento. Aliás, é exatamente isso que se pretende quando se fala em educação ambiental: mudar o modo como as pessoas reagem frente à prevenção e ao controle de problemas ambientais concretos.
Tal tarefa torna-se ainda mais difícil se tivermos em mente que as mudanças no ambiente, quer sejam elas naturais ou provocadas pela atividade antrópica, quase sempre têm origem local mas seus efeitos, pelo menos a longo prazo são, sem dúvida, globais. Essa dimensão mundial que a problemática ecológica - como hoje em dia são chamados todos os fenômenos ligados ao meio natural ­ assume, deixa claro que a busca de maneiras para preservar o ambiente, deve transcender o ambiente acadêmico e passar a ser preocupação de todos os setores da sociedade. Assim, toda a intervenção no sentido de evitar ou minimizar os impactos ambientais deve levar em conta as particularidades socio-econômicas e culturais inerentes a cada povo da terra.
As considerações acima, mostram que a degradação do meio em que vivemos e todas as possíveis medidas para contê-la, há muito deixaram de ser objeto de preocupação unicamente das ciências biológicas, envolvendo também a sociologia e a economia (convém lembrar que as palavras ³economia² e ³ecologia² têm o mesmo prefixo ³eco², que deriva de ³oikos² (³casa², em grego) mas, como se vê , seus pontos em comum vão muito além da etimologia.
Hoje em dia, embora continuem válidos o conceitos de ecossistema e bioma propostos pela ecologia clássica, o crescente aumento populacional que se verifica no planeta como um todo, nos força a considerar a água, o ar e o solo, não só como componentes da biosfera capazes de suportar uma determinada comunidade mas, principalmente como recursos que podem e devem ser explorados respeitando-se a sua capacidade suporte e a cultura dos povos das regiões que ocupam.
Devemos lembrar, no entanto, que as breves reflexões aqui contidas, não devem induzir o leitor ao raciocínio simplista de que para cada tipo de poluição existe um processo definitivo de tratamento. Não se trata de uma equação matemática que, se resolvida corretamente, produz invariavelmente, um o mesmo resultado, qualquer que seja o matemático que se entregue a tal tarefa. Os ecossistemas são complexos e seu ³funcionamento² depende de inúmeras variáveis. Por essa razão, muitas vezes ao resolvermos um determinado problema de poluição estamos, mesmo sem saber, causando outro tipo de desequilíbrio que pode levar longos períodos de tempo para se manifestar e quando isso ocorrer, talvez não sejamos mais capazes. de relacionar o seu surgimento à nossa intervenção anterior. Dessa forma, nunca é demais enfatizar que a melhor maneira de controlar a poluição é evitar que ela ocorra. Como fazê-lo? Um bom começo é meditar sobre algumas questões: Que tipo de planeta desejamos habitar?, ( ou seja, o desenvolvimento econômico compensa qualquer sacrifício?) Que tipo de planeta podemos ter?, (isto é, uma certa dose de altruísmo, cidadania e espírito coletivo, não seria suficiente para garantir uma qualidade de vida adequada para nós e para todos os outros seres vivos?)
Seja qual for a resposta que tenhamos dado, perceberemos que o problema centra-se em uma questão de valores: queremos realmente que a ecologia tenha mais peso do que a economia no balizamento de nossas decisões?
Espera-se que cada um de nós tenha respondido, ou esteja tentando responder a estas perguntas adotando um comportamento e um modo de vida adequado e, se for o caso, tentando mudá-lo.
Finalmente, gostaríamos que a esta altura o leitor tivesse em mente que a solução dos problemas ambientais passa pela mudança de comportamento baseada no conhecimento (educação), pois sem o suporte do conhecimento qualquer ação ou intervenção do homem no meio em que vive, se torna frágil e ineficaz.

O autor é Professor Doutor do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública ­ Universidade de São Paulo.


 

O que aprendi na Floresta Tropical

 

Por Tachi Kiuchi  -   CEO da Mitsubishi Electric USA.*

 

Quando visitei a floresta tropical da Malásia, aprendi o que muitos já sabem: salvar a floresta tropical é uma oportunidade de negócios. Criatividade e tecnologia podem ser usados para substituir a extração de árvores e recursos.

 

Mas havia uma lição mais profunda para mim. É do interesse das empresas, não meramente salvar a floresta tropical, mas competir com ela. Operar como um sistema vivo é talvez o desafio mais importante e lucrativo que enfrentam as empresas hoje.

 

Como pessoa de negócio, temos observado a floresta tropical da maneira errada. Seu real valor não está nas árvores ou propriedades farmacêuticas. Está no "design" e nas relações. As florestas tropicais são incrivelmente produtivas, muito mais do que qualquer empresa do mundo. Mesmo com um solo bem raso e poucos nutrientes, as florestas tropicais são o lar de mais de dois-terços da biodiversidade do mundo. Elas mantêm uma estabilidade dinâmica enquanto continuamente evoluem para uma complexidade sempre maior. Qual companhia não estaria ansiosa de aprender com esse "design" ? Quando tiramos árvores da floresta, podemos destruir seu "design". Mas quando tiramos lições dela, nós cumprimos o seu propósito. Imagine quão criativo, produtivo e ecologicamente benigno o comércio poderia ser se as companhias entendesse as razões por trás do duradouro sucesso do ecossistema tropical.

 

Em comparação com a floresta tropical, sistemas de "feedback" (retroalimentação) em negócios não estão bem desenvolvidos. Na Mitsubishi Electric, queremos saber os custos e benefícios completos de todo produto, e quais as necessidades sociais e ambientais que podemos ajudar a satisfazer. Nossa prioridade é criar o melhor sistema de "feedback" corporativo do mundo.

 

Receber "Feedback"  Nossos sistemas de "feedback" ajudaram-nos a baixar os custos, cortanto materiais e não pessoal. Estamos entre os melhores no mundo em minimizar o uso de matéria- brutos em nossos produtos, tornando-nos um líder no mercado de eletrônicos compactos. "Feedback" tem também sido crucial para identificar novos mercados e investimentos lucrativos. Torna-nos conscientes dos custos que outras pessoas têm de pagar; objetivamos verdadeiramente conseguir nosso lucro reduzindo esses custos.

 

Diferenciação  Numa floresta tropical, acomodação é morte. Se dois organismos têm o mesmo nicho, apenas um sobrevive. O outro, ou se adapta, ou morre. É o mesmo na economia atual. A maioria das companhias hoje está tentando, desesperadamente, ser aquela que sobrevive, buscando o custo mais baixo. Nós pensamos que é mais inteligente adaptar-se: criar produtos únicos, preencher novos nichos, diferenciar. Aprendemos isso da maneira mais difícil, quando não podíamos diferenciar suficientemente nosso televisor padrão daqueles dos competidores e tivemos que interromper a produção. Agora, no lugar de matar ou ser morto por competidores, nós nos desviamos deles fazendo nossos produtos distintos, primeiro. Só então é hora de reduzir os custos.

 

Cooperação  Muitas pessoas pensam que competitividade é a chave do sucesso nos negócios, mas essa estratégia está desatualizada. No passado, na economia não diferenciada, todos nós fazíamos os mesmo produtos para os mesmos mercados. Não havia escolha a não ser competir. Hoje, Mitsubishi Electric cada vez mais encontra lucro em "joint ventures" cooperativos. Cada companhia mantém sua independência, especialidade e competência singular. Como as espécies da floresta tropical, juntas nós nos beneficiamos de nossa diversidade.

 

Um exemplo é a criação de um renovador de ar que tanto permite minimizar custos de energia quanto ajuda a prevenir a síndrome dos "edifícios doentes". Um programa cooperativo de comunicações "feedback" alertou-nos para essa oportunidade. O vendedor local, próximo do consumidor, sabia o potencial de mercado; tínhamos a tecnologia para satisfazer a necessidade. Essa abordagem conjunta de mercado e parcerias cooperativas são agora tão vitais para nosso futuros quanto nosso produto.  

 

Encaixar bem  Antes acreditávamos que a sobrevivência ao enxugamento permitia apenas um vencedor. Na floresta tropical, há vários vencedores, e o mesmo pode ser verdade em nossa economia. A questão não é quem é mais enxuto, mas onde nos encaixamos melhor. Se solvemos um problema real, satisfazemos uma necessidade  então nós encaixaremos, sobreviveremos e venceremos.

 

Na Mitsubishi Electric, não apenas tocamos nosso negócio para fazer lucro. Nós fazemos lucros por tocar nosso negócio. Nosso negócio tem significado e propósito, uma razão de ser.

 

Isso sugere a lição final que aprendi (até agora) com a floresta tropical: a missão mais nobre dos negócios é ajudar o completo desenvolvimento do ecossistema humano, sustentabilidade como na floresta tropical, em toda sua diversidade e complexidade.

 

O que aprendi com a floresta tropical é fácil de entender. Podemos usar menos, e ter mais. Consumir menos e ser mais. Esse é o único modo. Porque os interesses dos negócios e os interesses do meio ambiente não são incompatíveis. Eles são os omote e ura japoneses, o yin e yang chineses, produto e processo, economia e ecologia, mente e espírito  duas metades.

 

Somente juntos poderemos fazer um mundo como um todo.  

 

Tachi Kiuchi é CEO da Mitsubishi Electric USA.

 

Texto extraído do GEF  Global Environment Facility. Valuing The Global Environment  Actions & Investments for a 21st Century. GEF, 1998. Página 52. www.gefweb.org

Tradução Maria do Carmo Zinato*

 

 

A responsabilidade de todos nós

Fernando Gabeira(1)

Já faz muito tempo, numa pequena cidade japonesa, um homem comum teve uma experiência extraordinária. Todos os dias fazia o mesmo trajeto entre a casa e o trabalho, até que um dia deparou-se com um largo buraco negro à beira do caminho, que nunca tinha notado. Aproximou-se e, como não enxergava o fundo, atirou lá dentro uma pedra, para medir a profundidade em função do tempo da queda. Mas não houve ruído algum. Repetiu a tentativa com vários outros objetos, mas nada preenchia o buraco ou indicava sua profundidade. Intrigado, o homem fez uma última tentativa de entender aquele buraco, gritando para o seu interior: "Há alguém ai embaixo?" A única resposta que obteve foi o eco de sua própria voz.

O homem saiu pelas ruas a divulgar o estranho fenômeno. Além da atenção dos curiosos, em pouco tempo o buraco passou a receber também sacos e mais sacos de lixo. Primeiro da vizinhança, depois de todo o bairro, da cidade e do país. Enfim, aquele misterioso buraco era a solução para o problema do lixo do mundo.

Alguns meses depois, em seu caminho para o trabalho, o homem contemplava mais uma vez o milagroso buraco que descobrira, quando desabou sobre sua cabeça um gigantesco saco de lixo. Refeito do impacto, o homem olhou à sua volta e não viu ninguém, nem ouviu nada. Exceto uma voz distante, que parecia vir do céu: "Há alguém ai embaixo?"

 

Esta antiga parábola japonesa, aqui resumida, expressa de certa forma a história da percepção que a Humanidade tem do meio ambiente: um lugar de onde se extraem riquezas, mas desvalorizado em sua totalidade, mero pano de fundo para as atividades humanas, uma dimensão exterior ao homem, capaz de absorver de forma infinita tudo aquilo que não lhe serve.

Nos anos 60, o mundo começou a descobrir que estava mergulhado numa crise ecológica. Vários tipos de contaminação, dos pesticidas aos resíduos nucleares, já comprometiam águas, solos e ar em escala planetária. A exploração dos recursos naturais também logo se mostraria acelerada demais. Foi então que cientistas, jornalistas a ativistas em geral iniciaram a grande virada de consciência: o meio ambiente, que até então não era problema de ninguém, teria que passar a ser responsabilidade de todos.

Essa virada ainda não se completou. E isso provavelmente levará ainda algumas décadas, como ocorre com toda grande transformação cultural. No entanto, é possível afirmar que a fase mais difícil desse processo já foi cumprida. Nos últimos trinta anos, uma massa impressionante de informações sobre a problemática ambiental foi gerada e reproduzida intensamente pela mídia, pela literatura e pelas próprias pessoas. Existe hoje um considerável grau de conhecimento sobre o meio ambiente consolidado nas instituições e disseminado na opinião pública. Falta transformar esse conhecimento público em consciência individual.

Assim como os direitos humanos e todas as conquistas civis, o direito a um meio ambiente equilibrado só irá vigorar de fato quando tornar-se uma convicção de cada um. É claro que, como no resto do mundo, já existe no Brasil uma série de instituições encarregadas de zelar pelo meio ambiente, a começar pela própria Constituição (além de farta legislação, órgãos públicos, etc). No entanto, a força e a legitimidade dessas instituições serão um reflexo direto da real importância que lhes confere o cidadão. Uma simples rua esburacada, por exemplo, basta para provocar indignação e protestos, mas ainda que o ar dessa mesma rua irrite olhos, provoque tosse e consuma pulmões, na maioria das vezes o cidadão ainda engole a poluição calado.

A média dos cidadãos ainda não tem a compreensão da abrangência que a questão ecológica alcançou no mundo moderno: saúde, emprego, alimentação, segurança, eficiência empresarial, energética e de transportes, qualidade de vida urbana e rural são conquistas previsíveis de uma sociedade que investe em meio ambiente. E só as novas gerações, com seus princípios ainda em formação, serão capazes de compreender a fundo a necessidade de se retirar a ecologia do segundo plano para tratá-la como questão prioritária.

Por mais que Estado, empresas, imprensa e cidadãos tenham se aprimorado no exercício de suas responsabilidades para com o meio ambiente, a grande transformação cultural que pode livrar o planeta do colapso depende, do surgimento de uma nova mentalidade. Por conta disso, aqueles cujo ofício é justamente ajudar a fazer as novas cabeças - como os profissionais do ensino - têm hoje uma grande fatia da responsabilidade sobre o destino do meio ambiente mundial.

(1)                                                   (1)                                                     Jornalista e escritor, deputado federal (PV-RJ). http://www.intelecto.net/cidadania/meio-1.html

 

 

ECOLOGIA E DEMOCRACIA: 

DUAS VERTENTES QUESTIONAM O DESENVOLVIMENTO

 

Herbert de Souza (1)

 

O debate sobre o desenvolvimento está hoje ligado, de forma indissociável, ao problema da ecologia. Toda uma vertente progressista (social-democrata ou socialista) questionou o desenvolvimento realizado tanto pelo capitalismo como pelo socialismo em seus efeitos sociais e políticos. O argumento central era o de que o desenvolvimento não foi capaz de responder às necessidades básicas da maioria da população (excludência do desenvolvimento) e nem permitiu que as decisões tomadas em nome desta maioria contassem efetivamente com a participação da sociedade. O capitalismo desenvolveu (bem) para poucos que ficaram muito ricos a partir da participação de poucos; o socialismo desenvolveu para muitos (e mal) a partir da participação de poucos. A crítica diagnosticou a exclusão econômica e política como causa do fracasso comum dos dois modelos históricos presentes na agenda da chamada modernidade.

 

A vertente progressista criticou o desenvolvimento a partir de uma dimensão democrática fundamental baseada nos princípios de igualdade e participação, mas não foi capaz e incluir a relação da humanidade com a natureza e o meio ambiente em sua crítica. A vertente progressista atuou como se existisse num mundo onde os homens e mulheres vivessem sem relação com a natureza, ou como se a relação com a natureza pudesse ser ignorada, sem produzir conseqüências fundamentais. Ao privilegiar as relações sociais, ignorou as relações naturais.

 

Uma outra vertente de crítica e questionamento do desenvolvimento emergiu principalmente nos países capitalistas desenvolvidos (Estados Unidos e Europa capitalista), e teve origem na cultura liberal progressista, que mesmo incapaz de se confrontar com o rosto pobre do mundo, foi no entanto sensível à morte de baleias, pássaros e plantas, e às ameaças a sua própria vida, que vinham das bombas nucleares, do efeito estufa e do risco de asfixia e extinção que ameaça o mundo.

 

Ao ver somente o rosto humano, os progressistas não foram capazes de ver a vida em todas as suas manifestações, e perderam a capacidade de ver todas as relações que unem os seres vivos e naturais. Ao ver o rosto da natureza, mesmo ignorando muitas vezes o rosto humano, a vertente liberal ajudou a completar o quadro e surpreendeu o capitalismo pelas costas, questionando seu impulso predador e sua tendência suicida escondida na voragem produtivista. O encontro contraditório das duas vertentes colocou a questão ecológica na ordem do dia e se impôs ao pensamento moderno como um ponto de encontro da crítica do mundo atual e da busca de uma relação entre os homens e a natureza, portanto entre os homens e sua própria história.

 

Um novo pensamento se apresenta ao mundo com pretensões de universalidade, o ecológico, questionando o desenvolvimento e os modelos de sociedade. Esse desafio é apresentado como necessidade de se repensar o desenvolvimento na sua dimensão social. Recoloca a crítica dos sistemas existentes, forçando o capital a se confrontar com o meio ambiente, que pretendeu e ainda pretende subordinar em sua realização. O pensamento ecológico está dizendo ao capital que antes dele vem a relação com a natureza, diante da qual o capital é apenas uma criança brincando de Criador, sem ter idade e sabedoria para isso.

 

O pensamento ecológico pode constituir-se num ponto de partida capaz de aprofundar a crítica do desenvolvimento, tal como realizado no mundo moderno, e de unir e produzir uma nova confluência cultural e ideológica, que se move em direção à democracia, onde não somente os homens e mulheres possam se encontrar num mundo de todos, como também estabelecer uma relação de qualidade diferente com a natureza de que somos parte e pela qual somos responsáveis. Os princípios básicos das relações humanas já foram propostos, não estabelecidos, pelo pensamento democrático. Os princípios básicos das relações entre a humanidade e a natureza ainda não foram devidamente discutidos e estabelecidos entre nós, o que nos leva muitas vezes a produzir dicotomias inconsistentes e falsas contradições. Esse é um desafio moderno. Não fomos capazes de incluir em nosso horizonte toda a humanidade, nem fomos capazes de nos incluir no horizonte de um universo que nos ultrapassa em tantas dimensões. Ao recuperarmos um desafio de tal magnitude, talvez sejamos capazes de recuperar também a capacidade de nos superarmos.

 

Os movimentos sociais que se desenvolvem hoje no mundo inteiro em relação ao meio ambiente ou se filiam, em grande parte, a essas duas vertentes ou nelas tiveram origem, e colocam suas ênfases e prioridades ora nas conseqüência sociais e políticas do desenvolvimento, ora nas conseqüências ambientais. O mesmo se pode dizer das ONGs [organizações não governamentais] que se desenvolveram ao longo dos últimos anos, divididas basicamente entre ONGs ambientalistas e ONGs de desenvolvimento social. A linha de clivagem que as divide tem no meio ambiente a questão que as une e uma mesma causa e desafio, o de promover o encontro da humanidade consigo mesma e como mundo natural que a constitui.

 

ONIPOTÊNCIA E DESTRUIÇÃO

 

O pensamento democrático está desafiado a pensar o desenvolvimento de toda a humanidade em harmonia com a natureza, isto é, incluindo-se como parte do próprio desenvolvimento da natureza e não como apropriador externo e predador de uma natureza vista simples e unicamente como matéria-prima do desenvolvimento humano. Isso significa conhecer as possibilidades e os limites do mundo natural, o mundo finito, a irreversibilidade de certas existência quando destruídas (o fim de espécies), as diferentes mortes possíveis no mundo natural e a complexa e fundamental inter -relação de todos os seres do e no universo.

 

Alguns dos princípios do pensamento democrático, que deveriam orientar as relações entre os seres humanos podem ser aplicáveis à relação com a natureza - os princípios da diversidade e da solidariedade, mas obviamente não podemos aplicar ao mundo natural os princípios de igualdade, liberdade e participação.

 

A relação com a natureza, com o meio ambiente , exige a produção de princípios capazes de dar conta de uma relação específica entre a humanidade e o mundo em que vive. Até hoje, essa relação foi vista como de domínio e de absoluta superioridade sobre todos os seres naturais que nos circundam, o que nos tem autorizado a utilizar toda a capacidade de destruição existentes para o atendimento do que consideramos nossas necessidades. Os limites que estão sendo propostos ou imposto a esse processo ultimamente derivam em grande medida do mesmo princípio. Argumenta-se que se continuarmos a destruir o meio ambiente, na escala atual seremos destruídos por ele num futuro cuja proximidade se discute. A defesa do meio ambiente é feita em nome da sobrevivência humana, como se a destruição pudesse ser permitida se tal sobrevivência não estivesse ameaçada. A tese da superioridade absoluta do homem sobre a natureza traz implícita a teoria da desimportância total da natureza e da onipotência total dos seres humanos. O homem assume o lugar de Deus e declara sua independência e estranheza em relação ao mundo. O mundo é apenas um envoltório da existência humana, usável ou descartável, segundo as circunstância. Em poucas palavras, só a humanidade vale no mundo dos existentes, tudo o mais é referência

 

Será possível construir uma outra ética para essa relação? Será possível estabelecer uma ética que regule as relações entre a humanidade e todos os outros seres, de tal modo que saibamos nos comportar diante de um pássaro, do mar, dos rios, das floresta e de um inseto? O pensamento ecológico, ao postular a inter-relação inevitável entre todos os seres numa perspectiva ecossistêmica, coloca essa questão na ordem do dia. Não estará o pensamento ecológico recolocando, também para a humanidade, a necessidade de se repensar como se da natureza, plenamente natural?

 

Creio que o pensamento democrático pode dar conta dessas questões não somente quando aplica às relações humanas os seus princípios (igualdade, liberdade, solidariedade, diversidade e participação), mas também quando busca elaborar princípios específicos reguladores da relação humanidade-natureza, capazes de superar a ética dominante, essencialmente utilitária e autoritária, de todo jeito, sociedade e desenvolvimento democráticos já trazem implícita em seus desdobramentos a possibilidade de novas relações com o meio ambiente, fundadas em princípios que poderiam ser, por analogia, uma extensão daqueles aplicados às relações humanas. Dificilmente uma sociedade em paz consigo mesma traria, em sus interior, os impulsos destruidores da atual.

 

UMA REFLEXÃO A PARTIR DO BRASIL

 

No Brasil, o desenvolvimento constituiu-se basicamente num duplo processo de produção da desigualdade em nível social: através do autoritarismo político e do descaso ou destruição sistemática dos recursos naturais disponíveis em abundância no país. Começamos por destruir os povos indígenas que aqui viviam em paz com a natureza. Depois, operamos o desenvolvimento através da força de trabalho escrava, destruindo gente para mover a economia e acumular riqueza para uns poucos. Com a industrialização, continuamos no mesmo caminho, acentuando as desigualdades, concentrando a renda, pagando baixos salários, ignorando as condições de vida e de trabalho dos trabalhadores, explorando de forma extensiva e predatória os recursos naturais, incendiando floresta, poluindo rios, lagos e mares, gerando metrópoles, onde o ar é poluído e milhões de pessoas vivem na miséria.

 

No Brasil, hoje, reaparecem epidemias que deveriam estar erradicadas há mais de um século, e o país se vê frente a outras, novas, que não tem condições de enfrentar (como a AIDS). Nas grandes cidades, o ser vivo mais ameaçado de extinção pela violência do próprio homem são as crianças de rua, que se transformam em alvo de grupos organizados e são assassinadas sob o olhar cúmplice ou complacente do poder público e, às vezes, da própria sociedade.

 

Na Amazônia, a ação predatória das madeireiras da grilagem, dos grandes projetos minerais, das hidrelétricas gigantescas, coloca em evidência o quanto se pode destruir de forma talvez definitiva, um bem natural de tal importância e magnitude.

 

No centro-sul, as atividades agrícolas e industriais desprezam ao extremo as conseqüências de sua atuação sobre o meio ambiente, provocando o desgaste precoce de solos, a poluição de rios, a destruição de florestas. A ausência de reforma agrária, entre outros problemas, tem obrigado milhões de pessoas a se refugiarem nas grandes cidades, onde a miséria e a degradação do meio ambiente vêm como conseqüências inevitáveis.

 

No Brasil, a degradação do meio ambiente e da sociedade, das pessoas e da natureza, constitui cara e coroa de uma mesma moeda, de um mesmo estilo de desenvolvimento e da ausência de democracia. Uma sociedade organizada para beneficiar tão poucos, e com tal nível de exclusão, não tem olhos para ver seus próprios habitantes, e seria quase insano esperar que aqueles que não sabem respeitar os direitos de uma criança possam demonstrar interesse pela preservação da flora e da fauna. No Brasil, a defesa do meio ambiente tem de começar pela defesa da própria humanidade, tomando como caminho o da democracia. O autoritarismo, aqui e em várias partes do mundo, já demostrou que seu projeto de desenvolvimento não contempla a maioria das pessoas nem o respeito à natureza. Seu fracasso constitui a nossa questão ecológica. Resta o outro caminho, aquele que constrói pontes de solidariedade, igualdade e participação, com respeito à diversidade e à liberdade sob um novo olhar, por que não, uma nova emoção. Afinal, não deve estar tão longe assim o tempo em que olhávamos para o céu em busca de estrelas e de um sentido mais amplo e profundo para nossas vidas.

 

UM PONTO DE ENCONTRO

 

A percepção generalizada de que, ao chegar a um determinado nível de desenvolvimento, a humanidade deve rever seus caminhos (a crítica) e se reencontrar consigo mesma e com o meio ambiente, para construir novos rumos (a proposta), pode ser também um momento de produzir um fecundo encontro entre tudo o que existe de democrático na cultura humana produzida até agora.

 

A tradição liberal pode aportar os valores da individualidade, da diversidade, do pluralismo, que se contrapõem à tendência individualista e autoritária encrustada na teoria do Estado e na prática dos oligopólios, que o pensamento liberal ajudou a construir e que se nega a reconhecer como produto de seu próprio desenvolvimento. Os liberais podem ser chamados a levar a sério sua pregação da liberdade(desde que para todos) e dos valores da individualidade (desde que respeitando a diversidade e a extensão desse direito a todos).

 

A tradição progressista, socialista, pode aportar os valores da solidariedade, da participação e da igualdade, revendo seu descaso pela liberdade e a diversidade, sua alienação e fascínio pelo poder do Estado, e produzindo um humanismo aberto ao mundo e não fechado na idéia de uma sociedade onde as necessidades básicas são satisfeitas, mas onde são mortas as idéias que criam novas necessidades e novas sociedades.

 

Esse encontro pode ser fecundado, de forma notável, pela potencialização do conhecimento científico produzido ao longo do tempo, o qual sempre teve um olho para o mundo biofísico e outro para o mundo humano, sem nunca conseguir produzir um mundo onde os dois possam se encontrar em harmonia.

 

A ecologia pode facilitar esse passo à frente, através do qual a humanidade se recoloca e recolhe de sua produção intelectual, social, cultural e política o que de melhor e mais universal existe, para reassumir seu papel como agente e autora de sua própria história. Talvez olhando além possamos ver melhor aqueles que estão perto de nós e descobrir, finalmente, que o que de melhor temos somos nós mesmos, a humanidade, nesse mundo que nos é dado para viver, amar e cuidar. 

(1)   Herbert de Sousa (Betinho), sociólogo, foi criador e diretor geral do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, escritor e animador nacional da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida.

http://www.intelecto.net/cidadania/meio-2.html

 

 

AFINIDADE                             

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo sobre o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial. Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavra. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar. Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar. Só entra em relação rica e saudável com o outro, quem aceita para poder questionar. Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar, não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é. E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso. Isso é afinidade. Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona. Questionamento de afins, eis a (in)fluência. Questionamento de não afins, eis a guerra.

A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele. Independente dele. A quilômetros de distância. Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar. Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar, por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos. Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos. Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem para buscar sintomas com pessoas distantes, com amigos a quem não vemos, com amores latentes, com irmãos do não vivido?

A afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa do tempo para existir. Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu o vínculo da afinidade! No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas nem pelas pessoas que as tem. Por prescindir do tempo e ser a ele superior, a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente. Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós, para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade. É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido. Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau, porque o que define a afinidade é a sua existência também depois. Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir restituir o clima afetivo de antes, é alguém com quem a afinidade foi temporária. E afinidade real não é temporária. É supratemporal. Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta, ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade. A pessoa mudou, transformou-se por outros meios. A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas, plantios de resultado diverso.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças, é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas, quantos das impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou, sem lamentar o tempo da separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado.

(Arthur da Távola)


Rio+5 - Por Roberto Villar* - Carta da Terra

A cantora argentina Mercedes Sosa representou a América Latina no grupo que redigiu a Carta da Terra. A Comissão de notáveis também contou com a participação do ex-presidente da extinta União Soviética, Mikhail Gorbachev (Europa), do presidente do Conselho da Terra, Maurice Strong (América do Norte), e da Princesa Basma Bint da Jordânia (Oriente Médio).

Para desenvolver e implementar os princípios desta Carta, as nações do mundo deveriam adotar, como um primeiro passo, uma convenção internacional que promova um marco legal integrado para as leis e políticas existentes e futuras referentes ao meio-ambiente e ao desenvolvimento sustentável. Já existe na ONU uma proposta da ONG União Internacional para a Conservação da Natureza (The World Conservation Union - IUCN) de criação de uma Convenção Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. As convenções são de aplicação obrigatória, e devem ser ratificadas pelos Congressos Nacionais dos países signatários. As cartas e declarações não.

* Repórter das rádios Gaúcha e CBN, de Porto Alegre. E-mail: rvillar@voyager.com.br

A Terra é nosso lar e o lar de todos os seres vivos. A Terra em si está viva. Nós somos parte de um universo em evolução. Hoje, os seres humanos são membros de uma comunidade de vida interdependente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nós nos tornamos humildes diante da beleza da Terra e compartilhamos a reverência pela vida e as fontes de nossa existência. Nós agradecemos a herança que recebemos das gerações passadas e assumimos nossas responsabilidades frente às gerações presentes e futuras.

A Comunidade da Terra encontra-se em um momento de definição. A biosfera é governada por leis que ignoramos em detrimento de nós mesmos. Os seres humanos adquiriram a habilidade de alterar radicalmente o meio ambiente e os processos em evolução. A falta de previsão e a má utilização do conhecimento e do poder ameaçam a fabricação da vida e as fundações da segurança local e global. Existe grande violência, pobreza e sofrimento em nosso mundo. É clara a necessidade de uma mudança fundamental.

A escolha está diante de nós: proteger a Terra ou participar de nossa própria destruição e da diversidade de vida. Devemos reinventar a civilização industrial e tecnológica, encontrando novos caminhos para equilibrar o ser e a comunidade, o possuir e o ser, a diversidade e a unidade, curto prazo e longo prazo, utilizar e nutrir.

No meio de toda nossa diversidade, somos uma humanidade e uma família da Terra compartilhando um destino. As ameaças com as quais nos defrontamos requerem uma visão ética global. As associações devem ser constituídas e a cooperação deve emergir em níveis locais, bioregionais, nacionais e internacionais. Numa interação solidária e com a vida em comunidade, nós, os povos do mundo, nos obrigamos a agir guiados pelos seguintes princípios que se interrelacionam:

1 - Respeito à Terra e a todos os meios de vida. A Terra, cada forma de vida, e todos os seres vivos possuem valor intrínseco e devem ter a garantia de serem respeitados independentemente de seu valor utilitário para a humanidade.

2 - Cuidado com a Terra, protegendo e resgatando a diversidade, a integridade e a beleza dos ecossistemas do planeta. Onde existe riscos de danos irreversíveis ou graves ao meio-ambiente, medidas preventivas devem ser tomadas para prevenir o mal.

3 - Viver de forma sustentável promovendo e adotando meios de consumo, produção e reprodução que respeitem e protejam de maneira segura os direitos humanos e as capacidades regeneradoras da Terra.

4 - Estabelecer justiça, e defender sem discriminação o direito de todos os povos à vida, liberdade e segurança da pessoa dentro de um meio-ambiente adequado à saúde e bem-estar espiritual humanos. Os povos têm o direito à água potável, ar limpo, solo descontaminado e alimento.

5 - Dividir igualmente os benefícios da utilização de recursos naturais e de um meio-ambiente saudável entre as nações, entre ricos e pobres, entre homens e mulheres, entre gerações presentes e futuras e assumir todos os custos do meio ambiente, sociais e econômicos.

6 - Promover o desenvolvimento social e sistemas financeiros que criam e mantém as existências sustentáveis, erradicam a pobreza e fortalecem as comunidades locais.

7 - Praticar a não-violência, reconhecendo que a paz é um absoluto criado por relações harmoniosas e equilibradas consigo mesmo, outras pessoas, outras formas de vida e a Terra.

8 - Fortalecer os processos que impulsionam as pessoas a participar efetivamente na tomada de decisões e assegurar a transparência e a prestação de contas na gestão e na administração de todos os setores da sociedade.

9 - Reafirmar que os Povos Indígenas e Tribais têm um papel vital no cuidado e proteção da Terra Mãe. Eles têm o direito de ter resguardados sua espiritualidade, conhecimento, terras, territórios e recursos.

10 - Afirmar que a igualdade de raças é um requisito para o desenvolvimento sustentável.

11 - Garantir o direito à saúde sexual e de reprodução com preocupação especial para com mulheres e meninas.

12 - Promover a participação da juventude como agentes confiáveis de mudança para a sustentabilidade local, bioregional e global.

13 - Promover e colocar em uso conhecimentos e tecnologias científicas e de outros tipos que resultem em vida sustentável e protejam o meio-ambiente.

14 - Garantir que os povos no decorrer de suas vidas tenham oportunidades de adquirir o conhecimento, os valores e as habilidades práticas necessárias para construir comunidades sustentáveis.

15 - Tratar todas as pessoas com compaixão e protegê-las da crueldade e destruição premeditadas.

16 - Não fazer ao meio ambiente dos outros o que você não quer ver feito em seu meio-ambiente.

17 - Proteger e restaurar lugares significantes quanto aos sentidos ecológico, cultural, estético, espiritual e científico.

18 - Cultivar e agir com um sentido de responsabilidade compartilhada, para o bem-estar da Comunidade da Terra. Cada pessoa, instituição e governo tem o dever de atuar no sentido de obter as metas indivisíveis de justiça para todos, sustentabilidade, paz mundial, respeito e cuidado para a maior comunidade da vida.

Apoiando os valores nesta Carta, poderemos crescer dentro de uma família de culturas que permite que o potencial de todas as pessoas aflore em harmonia com a Comunidade da Terra. Devemos preservar uma fé muito forte nas possibilidades do espírito humano e um sentimento profundo de pertencer ao universo. Nossas melhores ações englobarão a integração do conhecimento com compaixão.

http://www.preservacaolimeira.com.br/

 

Mensagens selecionadas e postadas até o dia 15 de junho.

 

Projeto Apoema - Educação Ambiental

www.apoema.com.br