InformaLista
O Informativo da lista “Educação Ambiental”
Alguns textos e artigos apresentados na Lista do Projeto Vida –
Educação Ambiental
Os textos não passaram por revisão ortográfica,
portanto, podem haver erros.
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Tânia Munhoz(1)
A partir das últimas
décadas a questão ambiental tornou-se uma preocupação mundial. A grande maioria
das nações do mundo reconhecem a emergência dos problemas ambientais. A destruição
da camada de ozônio, acidentes nucleares, alterações climáticas,
desertificação, armazenamento e transporte de resíduos perigosos, poluição
hídrica, poluição atmosférica, pressão populacional sobre os recursos naturais,
perda de biodiversidade são algumas das questões a serem resolvidas por cada
uma das nações do mundo, segundo suas respectivas especificidades.
Entretanto, a complexidade
dos problemas ambientais exige mais do que medidas pontuais que busquem
resolver problemas a partir de seus efeitos, ignorando ou desconhecendo suas
causas.
A questão ambiental deve
ser tratada de forma global, considerando que a degradação ambiental é
resultante de um processo social, determinado pelo modo como a sociedade
apropria-se e utiliza os recursos naturais.
Não é possível pretender
resolver os problemas ambientais de forma isolada. É necessário introduzir uma
nova abordagem decorrente da compreensão de que a existência de uma certa
qualidade ambiental está diretamente condicionada ao processo de desenvolvimento
adotado pelas nações.
O modo como se dá o
crescimento econômico, comprometendo o meio ambiente, seguramente prejudica o
próprio crescimento, pois inviabiliza um dos fatores de produção: o capital
natural. Natureza , terra, espaço devem compor o processo de desenvolvimento
como elementos de sustentação e conservação dos ecossistemas. A degradação ou
destruição de um ecossistema compromete a qualidade de vida da sociedade, uma
vez que reduz os fluxos de bens e serviços que a natureza pode oferecer à
humanidade.
Logo, um desenvolvimento
centrado no crescimento econômico que relegue para segundo plano as questões
sociais e ignore as aspectos ambientais não pode ser denominado de
desenvolvimento pois de fato trata-se de mero crescimento econômico.
Em 1987 a Comissão Mundial
de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas apresentou ao mundo um
relatório (denominado de Relatório Brundland) sobre o tema desenvolvimento.
Esse relatório apresentou o conceito de desenvolvimento sustentável além de afirmar
que um desenvolvimento sem melhoria da qualidade de vida das sociedades não
poderia se considerado como desenvolvimento.
O relatório Brundland
definiu desenvolvimento sustentável como um desenvolvimento que satisfaz as
necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de
satisfazerem as suas.
Pode-se considerar,
portanto, desenvolvimento sustentável como o desenvolvimento que tratando de
forma interligada e interdependente as variáveis econômica, social e ambiental
é estável e equilibrado garantindo melhor qualidade de vida para as gerações
presentes e futuras.
É certo que a implementação
do desenvolvimento sustentável passa necessariamente por um processo de
discussão e comprometimento de toda a sociedade uma vez que implica em mudanças
no modo de agir dos agentes sociais.
No processo de
implementação do desenvolvimento sustentável a educação ambiental torna-se um
instrumento fundamental.
O sucesso das ações que
devem conduzir ao desenvolvimento sustentável dependerá em grande parte da
influencia da opinião pública, do comportamento das pessoas, e de suas decisões
individuais. Mesmo considerando que existe certo interesse pelas questões
ambientais há que reconhecer a falta de informação e conhecimento dos problemas
ambientais.
Logo, a educação ambiental
que tenha por objetivo informar e sensibilizar as pessoas sobre os problemas (e
possíveis soluções) existentes em sua comunidade, buscando transforma essas
pessoas em indivíduos que participem das decisões sobre seus futuros, exercendo
desse modo o direito a cidadania torna-se instrumento indispensável no processo
de desenvolvimento sustentável.
Uma das formas de levar
educação ambiental à comunidade é pela ação direta do professor na sala de aula
e em atividades extracurriculares. Através de atividades como leitura,
trabalhos escolares, pesquisas e debates, os alunos poderão entender os
problemas que afetam a comunidade onde vivem; a refletir e criticar as ações
que desrespeitam e, muitas vezes, destroem um patrimônio que é de todos.
Os professores são a peça
fundamental no processo de conscientização da sociedade dos problemas
ambientais, pois buscarão desenvolver em seus alunos hábitos e atitudes sadios
de conservação ambiental e respeito à natureza transformando-os em cidadãos conscientes
e comprometidos com o futuro do país.
(1) - Consultora do
IPEA, foi presidente do IBAMA
Extraído do site: http://www.intelecto.net/cidadania/meio-5.html
Cristina Rodrigues Teixeira
Um
dos maiores problemas da atualidade é o lixo decorrente do desenvolvimento
acelerado de nossas cidades. No Brasil aproximadamente 90.000 toneladas de lixo
são produzidos diáriamente (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária), 59%
das cidades brasileiras não possuem um destino final para os resíduos. Segundo
o IBGE , a destinação do lixo tem sido o depósito a céu aberto em 76% dos
casos, sendo que 13% apresentam risco de degradação ambiental. Esse risco
aumenta ainda mais qu ando temos um depósito de lixo a céu aberto, em
manguezais ou próximos a rios, lagos ou de locais onde passam os lençóis
freáticos.
O
lixo é o grande responsável pela poluição visual, proliferação de vetores de
doenças, mal cheiro e desperdício de matéria prima e energia. No entanto todo
este desperdício ocorre em função de uma falta de consciência de que muito do
que é jogado fora poderia ser reutilizado, reaproveitado ou reciclado. Por
outro lado o lixo pode e deve ser considerado uma fonte de energia e recursos.
O
disperdício de alimentos é bastante preocupante, sendo que o lixo doméstico é o
que mais contribui para o aumento dos rejeitos. O aumento do volume de lixo
causa vários problemas que vão desde o tratamento inadequado para os rejeitos,
riscos para saúde e para o meio ambiente. Somam-se a esses problemas o prejuízo
incalculável para os milhões de brasileiros que passam fome e o fato de grande
parte dos alimentos produzidos ir parar no lixo (cerca de 30% da produção
mundial de alime ntos). Esta perda de alimentos se dá em função de falhas na
colheita, transporte, armazenamento, comercialização e até mesmo no consumo
As
melhores técnicas de tratamento do lixo até o momento são as usinas de
compostagem, os aterros sanitários e a reciclagem. A compostagem utiliza a
fermentação da matéria orgâninca, produzindo adubo e recursos energéticos (gás
metano).
A
reciclagem é uma maneira bastante eficaz de se combater o problema do
desperdicio energético. A reciclagem atua de modo a reduzir a quantidade de
lixo, o que representa uma enorme economia em recursos naturais e energéticos,
além de não sobrecarregar o meio ambiente em sua capacidade de absorção.
Um
dos elementos que mais contribui para o desperdício de matéria prima são as
embalagens. A grande verdade é que todas elas causam algum dano ambiental e sua
reciclagem tem prós e contras. Desta forma quem seleciona o melhor tipo de
embalagem acaba sendo o consumidor. Sendo assim a sociedade deve ser orientada,
através de um trabalho de educação ambiental (via meios de comunicação,
universidades, ONGs, e governo de uma maneira geral) a exigir que os rótulos
especifiquem a forma de reciclagem e o impácto causado á natureza. O consumidor
também deve ser orientado de modo a evitar o desperdício de alimentos, utilizar
os dois lados do papel , comprar embalagens grandes são algumas das soluções. A
simples coleta seletiva do lixo poderá reduzir sensivelmente a poluição
ambiental, bem como as doenças causadas pelo acumulo de lixo, além contribuir
para o aumento da renda de populações carentes que poderão trabalhar nesta
coleta seletiva do lixo e reciclagem do lixo urbano , como vem ocorr endo em
Curitiba.
Para
saber mais:
-
Reciclagem dos resíduos urbanos, agropequários, industriais e minerarios.
Síntese. Conselho de Desenvolvimento Industrial. Ministério da Industria e do
Comércio. Brasília, 1985. 183p.
-
Reciclagem e recuperação de materiais. Secretaria da Indústria e do Comécio -
Superintendência de Tecnologia, Minas e Energia. Governo do Estado de Santa
Catarina. Santa Catarina, 1983. 18p.
-
Lixo Por que Tanto? Beatriz Lima. Ecologia & Desenvolvimento n 58 p. 11- 12
.1996.
-
Reciclagem de Embalagens. Ecologia & Desenvolvimento n 58 p. 14 - 15 .
1996.
Texto extraído do site: http://membro.intermega.com.br/bromelia/recicla.html
Frases sobre ÁGUA
"A água possui
múltiplos usos; a utilidade que ela não tem para você terá para outra
pessoa"
"A
água é um bem de todos"
"Água:
use, mas não abuse"
"Não
se polui somente um rio. Prejudica-se toda a vida"
"Estamos
juntos neste barco"
"Água:
só se avalia o valor quando se perde"
"Antes
de agredir a água, pense em como se sentiria se o agredido fosse você"
"Água:
fonte de alegria e prazer"
"O
planeta Terra é uma grande gota d’água. Por isso, frágil"
"Água poluída é vida suja"
"A
água que afaga é a mesma que afoga"
"Água
limpa e farta: futuro risonho e sustentável"
"Gestão
compartilhada da água é exercício de fraternidade"
"Respeito
e reconhecimento da importância da água limpa é manifestação de cidadania"
"Água
é recurso finito e vulnerável; portanto, um bem econômico"
"Alguém
já viu lavar sujeira com água suja?"
"A
proteção da água depende da proteção das árvores"
"Não
se polui somente um rio. Prejudica-se toda a vida"
"Água
limpa somente com lixo e esgoto tratados"
"Cuidando
bem da água usufruiremos de suas possibilidades; maltratando-a, vivenciaremos
suas limitações"
"A
água é o sangue da terra. Com sangue bom, saúde boa; com sangue ruim,
doença"
"Conscientização
é o começo; importante mesmo é mudar atitudes para melhorar nossas águas"
"A
água merece respeito. Se ela estiver doente, você também estará"
"Evite
desperdiçar água. Ela é um recurso limitado e vulnerável"
"Saber
usar a água é saber produzir riquezas"
"A
água é imprescindível à vida"
"Precisamos
usar a água sem desperdiçar nem poluir"
"A
água é a seiva do nosso planeta. Preservá-la é condição essencial para a
vida"
"O
desperdício de água é o grande responsável pela escassez desse recurso"
"A
água é um recurso natural importantíssimo. Sem ela, seria impossível a
vida"
"A
água é um bem que não pode ser poluído nem desperdiçado"
"Preservar
a água é preservar a vida"
"Água
é vida e, por isso, deve ser preservada por todos"
"Defender
a água é valorizar a vida"
"A
presença da água é fundamental para a existência da vida"
"Exercer
a cidadania é valorizar a água"
"Preservar
as matas ciliares é garantir a existência dos rios"
http://www.radiobras.gov.br/agua.html
Material de Apoio - Textos
TEXTO BÁSICO DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS
A
Educação é a base para o desenvolvimento de um país, pois através dela as
pessoas têm subsídios para exigir seus direitos e cumprir os seus deveres, ou
seja, as pessoas têm condições de desempenhar o seu papel de cidadão. É a
participação cidadã que surge como "mola-mestra" na solução dos
problemas ambientais e na proposta de conviver em sociedade e com a natureza. E
a participação pode se dar nos mais diversos níveis: no caso da participação em
relação à resolução dos problemas ambientais, ela é a principal das profundas
transformações que estão ocorrendo para assegurar a convivência democrática,
sustentável e harmônica dos seres humanos entre si e com o ambiente.
Nesse
processo, a Educação Ambiental entra não somente como uma passagem de
informações - como ocorre geralmente com a Educação Tradicional - mas também na
aplicação dessas informações como forma de mudança de comportamentos e atitudes
em relação aos problemas ambientais. E quem já aprendeu - o Educador Ambiental
- pode partilhar com quem apenas inicia esta jornada - os alunos - que serão
transmissores desses conhecimentos aos seus pais, vizinhos, amigos, enfim, como
se fosse através de uma corrente, pois, ao contrário do que Paulo Freire
decidiu chamar de "Educação Bancária", caracterizada pelo acúmulo de
informações "pré-fabricadas" sem conexão com o potencial de
"evocação" existente em qualquer aprendizagem, a Educação Ambiental
se baseia na premissa de que é na reflexão sobre a ação individual e coletiva
em relação ao meio ambiente que se dá o processo de aprendizagem. Ou seja, ela
vem da emergência de uma percepção renovada de mundo chamada de holística. Em
outras palavras, é uma forma íntegra de ler a realidade e atuar sobre ela
através de uma visão de mundo como um todo, não podendo ser reduzida só a um departamento,
uma disciplina ou programa específico. Daí a necessidade de ligar ações multi e
interdisciplinares à Educação Ambiental - contando com a ajuda de profissionais
ligados à área da Educação como também a Biologia, Artes, Ecologia, Geografia,
História, Matemática, Português, enfim, todos aqueles que trabalham como
professores das disciplinas básicas nas escolas de primeiro e segundo graus,
sendo disseminadores desses conhecimentos que serão inseridos na vida cotidiana
de todos os indivíduos.
A
Educação Ambiental é uma proposta de filosofia de vida que resgata valores
éticos, estéticos, democráticos e humanistas. Ela parte de um princípio de
respeito pela diversidade natural e cultural, que inclui a especificidade de
classe, etnia e gênero, defendendo, também, a descentralização em todos os
níveis e a distribuição social do poder, como o acesso à informação e ao
conhecimento. A Educação Ambiental visa modificar as relações entre a sociedade
e a Natureza, a fim de melhorar a qualidade de vida, propondo a transformação
do sistema produtivo e do consumismo em uma sociedade baseada na solidariedade,
afetividade e cooperação, ou seja, visando a justa distribuição de seus
recursos entre todos.
Para
viver nosso cotidiano de maneira mais coerente com os ideais de uma sociedade
sustentável e democrática, é necessária uma educação que repense velhas
fórmulas de vida, propondo ações concretas para transformar nossa casa, rua,
bairro, enfim, comunidades, sejam elas no campo ou na cidade, na fábrica, na
escola ou no escritório.
Texto: Biólogo João Luís de Abreu Vieira
http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt8.html
Presidente Clinton anuncia
plano para preservar oceanos
O presidente dos EUA, Bill
Clinton, disse que ira' implantar um sistema
depreservacao dos oceanos
nos moldes dos projetos de protecao florestal.
Oanuncio foi feito durante
visita a um atol proximo ao litoral dos
estadosde Virginia e Maryland.O
aquecimento global e o fenomeno climatico
El Niño estao causando
danos 'afauna e 'a flora marinhas, em especial aos
corais, provocando
adescoloracao e morte de barreiras de coral no mundo
inteiro.Clinton citou uma
grande zona morta de corais no Golfo do Mexico
comoexemplo do que nao se
poderia deixar acontecer no atol ou em qualquer
outrolugar do pais. A morte
da fauna marinha naquela regiao foi causada,
entreoutros fatores, pelo
uso abusivo de pesticidas."Eles (os oceanos) sao
imensamente poderosos, mas
sao muito frageis", disse.Clinton acusou o
Congresso americano de
vetar suas propostas para aumentara verba destinada
'a preservacao ambiental.
"Os lideres congressistas estaonadando contra a
corrente", disse.O
presidente americano aproveitou a ocasiao para cobrar
dos orgaos federaisum plano
de acao para proteger os corais do havaianos.
Entre as medidas aserem
tomadas estariam o estabelecimento de limites do
nivel de poluicao daagua.A
area de corais mais recentemente atingida e' a
costa de Belize, naAmerica
Central, que sofreu a primeira mortandade de
corais em tres milanos.
Cientistas americanos acreditam que o fenomeno foi
provocado por uma elevacao
de temperatura no litoral da ilha experimentada
ha' dois anos.(Jornal do
Brasil, 27/5)
Olá Lista de Educação
Ambiental
O Projeto Carona Brasil vem
por meio desta saber se possuem materiais
didáticos como folders,
posters, cartilhas e outros que estejam
interessadaos em divulgar
na Rede Carona Brasil, através de distribuição em
escolas municipais de Rio
Grande e entorno. Pedimos que se houver interesse
que nos envie via postal e
já agradecemos por esta iniciativa que servirá
para promover esta
Instituição e também disseminar ações referentes a
educaçãopara àgua.
Endereço:
Universidade Federal do Rio
Grande
Projeto Carona Brasil
Cx Postal 474
Av. Itália, Km 08
CEP 96200-900
Rio Grande - RS
Atenciosamente,
Juliano de Paiva Riciardi
Cooordenador Carona Brasil
TREINADORES DA ALEGRIA
,solicita aos amigos que ajudem a divulgar esse
release dos nossos
trabalhos de EDUCAÇÃO AMBIENTAL, em veiculos de
comunicação ou empresas,
repasse nosso email para vossos amigos.MAIS DE
70.OOO PESSOAS JÁ
PARTICIPARAM DAS NOSSAS APRESENTAÇÕES. Gratos pela atenção
e nos colocamos a vossa disposição.
Criatividade e bom-humor
são instrumentos de preservação do meio ambiente
‘TREINADORES DA ALEGRIA’
RECICLAM CONCEITOS EM EMPRESAS
A importância da
preservação do meio ambiente foi o que motivou um grupo de
atores a conscientizar empresários
de que podem contribuir, para manter o
equilíbrio ambiental.
Isso aconteceu a quatro
anos atrás. Desde então a trupe vem “invadindo “,
empresas.
Dois palhaços , Lelé e
Dacuca , invadem as empresas fingindo serem agentes
do governo e distribuem
lixo para os funcionários, todos são obrigados a
levar os detritos para casa
devido ao excesso de sujeira encontrado nas ruas
e a falta de espaço nos
aterros sanitários. Essa é apenas uma das cenas
protagonizadas pelos
Treinadores da Alegria, formado por atores que já
passaram mensagens
ambientais para mais de 70.000 pessoas.
Interatividade clownesca -
Nosso instrumento de conscientização são peças
teatrais rápidas, objetivas
e divertidas com personagens clownescos que
despertam grande empatia
nos espectadores. “É um teatro interativo que busca
alertar, informar e educar
as pessoas de forma direta, permitindo uma
assimilação eficaz e
duradoura. O recurso da interatividade tem uma
receptividade muito boa por
parte dos funcionários das empresas, eles acabam
se identificando com os
personagens”.
Passado algum tempo das
apresentações, os Treinadores da Alegria, entram em
contato com as empresa e
avaliam os impactos do trabalho. Os resultados mais
frequentes são aumento substancial
do lixo reciclável, diminuição do consumo
de água e energia elétrica,
surgimento de novas idéias que beneficiem as
empresas em termos
ambientais, diminuição de vazamentos de produtos químicos
e conscientização dos
cuidados necessários com os resíduos contaminados.
Divesos aspectos do meio
ambiente são abordados nos espetáculos :
Coleta Seletiva de Lixo *
Poluição ( Ar – Água – Solo ) * C F C
Efeito Estufa * Efluentes *
Resíduos * Camada de Ozônio *
Chuvas Ácidas * Queimadas *
Gases Tóxicos
Redução do consumo de Água
e Energia Elétrica
O grupo é uma cooperativa
de atores que atuam no mercado há quinze anos,
Alguns de seus espetáculos
foram contemplados com o Prêmio de estímulo da
Caixa Federal,
Clientes – Souza Cruz -
Coca-Cola – Basf - Mercedes-Benz - Avon - Embrapa
Ambiental - Cosipa -
Banespa - Sachs - Igaras - Alcoa -
Níquel Tocantins - Sesc -
Asea Brown Boveri - Perstorp -
Laboratório Boehringer -
Méritor do Brasil - Pref. de São Paulo.
TREINADORES DA ALEGRIA
011.3842.1325/9175.4141–
Eduardo Mancini - : mantcha@uol.com.br.
site - ativarh.com.br/treinadores
Livro sobre hortas para DOWNLOAD
http://www.prodam.sp.gov.br/semab/dicas/hortas.htm
Caros Colegas,
entrem em contato com a
central da Usina FURNAS. Participei de um Congresso no
qual foi distribuído um
material didático muito bom sobre água e energia, se
for interessante p/ vcs...
o e-mail eh:
webfurnas@furnas.com.br
Atenciosamente,
Andressa.
Acre
A solidariedade sempre foi
nossa característica de classe e de projeto. Não nos faltará agora.
Mais ameaças de morte pairam sobre
quem quer construir uma sociedade solidária, socialista. Precisamos
nos juntar a esta corrente em defesa do país, da classe
trabalhadora, do Partido dos
Trabalhadores, do socialismo. Um forte e solidário abraço.
Por favor, leia com atenção. O Acre, para quem não conhece, é um Estado com
pouco mais de 500 mil hab. Somos, a maioria, descendentes de nordestinos que
vieram para cá durante a segunda guerra, para extrair borracha para a indústria
da guerra, atendendo ao governo federal. Gostamos de dizer que fizemos opção
por sermos brasileiros e brasileiras, quando nossos antepassados travaram uma
guerra na fronteira contra a Bolívia e o Peru. Esse fato é conhecido em
nossa história como Revolução Acreana, inclusive, celebramos há pouco tempo os
100 anos de início da Revolução. O Brasil não nos conhece, há não ser por
notícias ruins. Poucos sabem que Fizemos outra revolução nas ultimas eleições
para governador e deputados, quando os partidos de esquerda conseguiram mudar
mais de 50% da A. Legislativa, conquistamos mais uma vaga no senado e o governo
do Estado. Temos uma senadora, Marina Silva, eleita pela revista Time uma das
10 personalidade mundiais atualmente, e uma das 50 maiores lideranças da
América Latina
para o milênio; que o atual governador Jorge Viana, tb foi eleito para esta
lista, por estar implementando e discutindo um modelo de desenvolvimento para a
Amazônia, respeitando as comunidades tradicionais (ribeirinhos, extrativistas,
indígenas); que aqui nasceu o sonho das reservas extrativistas, uma forma de
aproveitar os recursos florestais sem pôr em risco a sua existência. Muito
tem-se trabalhado para que o Acre conquiste a cidadania e para isso muitos
acreanos morreram, ..o mais conhecido, inclusive internacionalmene, sem dúvida
foi Chico Mendes; mas tb houve Ivair Higino, líder trabalhador rural, Wilson
Pinheiro, trabalhador rural, João Eduardo, líder comunitário, todos
assassinados por defenderem a vida, a dignidade e a sobrevivência do nosso
povo, embora muitas vezes, sem o devido reconhecimento.Vivemos um doloroso processo
de construção da cidadania, recuperando um Estado saqueado e
abandonado por uma verdadeira quadrilha. É fato que o atual governo,
assumindo o Estado e desmantelando o esquema de corrupção e medo, assumiu uma
grande e pesada tarefa. Em consequência, muitas de nossas lideranças vivem
ameaçadas e necessitam de segurança para si e suas famílias, como a Sec.
de Segurança Salete Maia e o atual arcebispo de Porto Velho, Dom Moacyr Grechi,
entre outros.Um dos fatos mais marcantes que vivemos, noticiado em todo o
Brasil, foi a cassação do ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, acusado de
comandar o narcotráfico, envolvimento com o esquadrão da morte, sequestro,
assassinatos, corrupção. Após a cassação assumiu a vaga o o deputado
Aleksandro, tb acusado de desvio de dinheiro público, envolvimento com o
narcotráfico e o esquadrão da morte. Há poucos dias, foi autorizada pela
Justiça a quebra do sigilo bancário do deputado Aleksandro (ex-PFL, atualmente
no desconhecido PSL (?). Estas pessoas e todos aqueles que durante anos se
aproveitaram do nosso povo e achavam que o medo iria imperar por tempo
indeterminado, estão acuadas. Esta semana, a emissora de TV Rio Branco,
retransmissora local do SBT, fez uma entrevista com o deputado Aleksandro, em
que ele dedica o Salmo 109 ao governador Jorge Viana (PT), ao Senador Tião
Viana (PT), à deputada estadual Naluh Gouveia (PT), ao líder do Governo na
Assembléia Legislativa, Edvaldo Magalhães (PCdoB) e à Perpétua Almeida (PCdoB),
do Comitê Contra a Impunidade. Talvez o deputado Aleksandro não imaginasse que
alguém fosse se dar ao trabalho de ler e divulgar no Jornal Página 20, um
pequeno jornal de tiragem local... a seguir, um trecho do Salmo em questão:
"(...)que seus dias
sejam breves,
e outro ocupe o seu ofício.
Que seus filhos fiquem órfãos,
e sua mulher se torne viúva.
Que seus filhos fiquem vagando a mendigar,
e sejam expulsos das ruínas.
Que o usurário roube o que ele possui,
e estrangeiros depredem os seus bens.
Que ninguém se compadeça dos seus órfãos,
Que sua descendência seja cortada,
e seu nome se extingua numa só geração (...)
Para nós, que moramos e conhecemos essa realidade, tal oferecimento
implica num aviso ameaçador. Estamos divulgando isto porque ninguém
acreditou nas ameaças de morte sofridas por Chico Mendes, uma de nossas
lideranças e que ajudou a construir o processo que hoje vivemos; ninguém
imaginou que o governador Edmundo Pinto seria assassinado em um hotel em SP, um
crime até hoje não resolvido; ninguém acreditou que a impunidade e a violência
chegasse a tanto..Por isto, estamos solicitando, como ato de solidariedade
ao governador Jorge Viana, ao Senador Tião Viana, aos deputados Edvaldo
Magalhães e Naluh Gouveia, e demais lideranças, que vc envie uma mensagem
de solidariedade a esses companheiros, como sinal de que o
povo brasileiro não suporta mais, nem admite, seja no centro de SP , RJ ou nos
confins da Amazônia, que a violência e a morte prevaleça sobre a vida.Vc pode
enviar sua mensagem para o e-mail eimp@ac.gov.br Obs:Reproduza
e envie para seus amigos para que possamos enviar o máximo de mensagens. E ser
quiser conhecer mais sobre o Acre, vc é bem vindo no o site www.ac.gov.br
O PODER DO ENTUSIASMO
Entusiasmo é acreditar na nossa
capacidade de fazer as coisas acontecerem, de darem certo, de transformar a
natureza e as pessoas.
Não
esperem ter as condições ideais para se entusiasmarem. Nós é que temos que
transformar a nossa vida numa Vida Entusiástica. Não é a realidade da vida que
tem que nos entusiasmar, nós é que temos que entusiasmar a realidade da nossa
vida! Nós é que temos que entusiasmar nossas idéias... Uma idéia sem entusiasmo
é uma idéia morta!
DICAS PARA VIVER ENTUSIASTICAMENTE
1º AFASTE-SE
DAS PESSOAS E DOS FATOS NEGADORES E NEGATIVOS
Se você se deixar envolver por um
ambiente negativo, você vai se transformar numa pessoa negativa.
2º ACREDITE
NOS SEUS "INSIGTHS" POSITIVOS.
Os vencedores são aqueles que acreditam nas
suas idéias.
3º NÃO
RECLAME CONSTANTEMENTE.
Quando a gente reclama muito, se habitua a
reclamar cada vez mais e acaba se transformando numa pessoa azeda. É
insuportável conviver com pessoas que só vivem se queixando!
4º CULTIVE A
ALEGRIA E O BOM HUMOR... APRENDA A SORRIR!
Terapia do Riso- Habituar-se a sorrir, a achar
graça de si mesmo. O sorriso tem um efeito poderoso em nossa vida: as pessoas
que zombam dos próprios erros, são mais felizes e mais fortes.
5º ILUMINE O
SEU AMBIENTE DE TRABALHO E SUA CASA. A ESCURIDÃO TRÁS A DEPRESSÃO
O ambiente determina a condição funcional em que
as pessoas agem e fazem as coisas ocorrerem.
6º SEJA
ALGUÉM DISPOSTO A COLABORAR COM OS OUTROS. SEMPRE ACHE UMA MANEIRA DE
PARTICIPAR.
Traga as pessoas mais próximo de você. Participe,converse
com as pessoas com as quais convive. Interesse-se pelas pessoas à
sua volta!
7º
SURPREENDA AS PESSOAS COM "MOMENTOS MÁGICOS"
Contagie os outros... Faça com que ao entrar num ambiente,
as pessoas se contagiem com a aura de entusiasmo que envolve você!
8º FAÇA TUDO
COM SENTIMENTO DE PERFEIÇÃO.
Faça as coisas com vontade de fazer! Não
faça nada pela metade! Faça as coisas com desejo de acertar e de criar o mais
correto possível.
9º ANDE BEM
VESTIDO, LIMPO E PERFUMADO.
Tenha orgulho da sua imagem. Gostar de si próprio,
mantendo a auto-estima, é fundamental para o Entusiasmo.)
10º AJA
PRONTAMENTE. FAÇA AGORA!
Não postergue, não deixe para amanhã. Quando
tiver alguma coisa para fazer, faça imediatamente. Sentiu que é o momento
certo? - Aja!
Descubra o Entusiasmo na Vida! Seja capaz de
transformar as coisas e fazê-las acontecer. Não espere as condições ideais,
faça o Entusiasmo ocorrer pela crença de que somos capazes de realizações
eficazes, de vencer obstáculos. (Luiz Almeida Marins
Filho Ph.D)
" Levantem
os olhos sobre o mundo e vejam o que está acontecendo à nossa volta, para que
amanhã não sejamos acusados de omissão se o homem, num futuro próximo,
solitário e nostálgico de poesia, encontrar-se sentado no meio de um parque
forrado com grama plástica, ouvindo cantar um sabiá eletrônico, pousado no
galho de uma árvore de cimento armado."
Professor Manoel
Pedro Pimentel
Água, defendendo o que resta
Quando estiver apreciando o chacoalhar das ondas do
mar, os desenhos graciosos de uma cachoeira, o ronco dos trovões, o dormir
tranqüilo de um lago, a alegria misteriosa de um arco-íris, o balanço dos
barcos, a chuva que se anuncia no telhado, o correr manso de um rio, a beleza
irradiante da neve, a cerveja estupidamente gelada", o tilintar do gelo no
copo, a fumaça que sai do delicioso cafezinho, a lágrima que desce suavemente
no rosto, o suor que escorre no corpo, o orvalho descansando nas folhas das árvores,
pense nisso: sem água nada existe. Seja nos mares, nos rios, nos lagos, no ar,
na terra ou na chuva, aí está a mais completa manifestação de vida.
Aguardem, logo estarei enviando arquivos com as partes mais
importantes sobre a Lei nr. 9.433 -
Política Nacional dos Recursos Hídricos - O que muda para melhor e para pior.
Manaus, terça-feira, 06 de
junho de 2000
BIOAMAZÔNIA
Ministro desfaz acordo
O primeiro grande acordo de
cooperação assinado entre a Associação
Brasileira para Uso Sustentável
da Biodiversidade da Amazônia
(Bioamazônia) e uma empresa
internacional - a suíça Novartis Pharma AG -
promete render muita
polêmica. Sob a artilharia pesada de um grupo de
pesquisadores, desde o
final de maio, quando esta foi oficializada, a
parceria está agora na mira
do Ministério do Meio Ambiente. Em nota
divulgada na sexta-feira, o
titular da pasta, ministro Sarney Filho, diz
que o acordo “não tem valor
legal” e que a Bioamazônia não está
autorizada a firmar
acordos, convênios ou contratos de bioprospecção com
bioindústrias.
Ontem, foi a vez do
diretor-geral da Bioamazônia, Wanderley Messias da
Costa, divulgar nota à
imprensa, para rebater algumas das críticas
feitas pelos pesquisadores
- que consideram perigosos para a
biodiversidade amazônica os
termos do acordo firmado com a empresa suíça
- e, numa referência à nota
do ministério, afirmar que “o acordo de
cooperação foi elaborado e
analisado por advogados especializados e,
para todos os efeitos
legais, ele é juridicamente prefeito”.
O coro das críticas ao
acordo firmado entre a Bioamazônia e a Novartis,
foi puxado pelo biólogo
Spartaco Astolfi Filho, que aliás é o
coordenador do Conselho
Técnico-Científico da Bioamazônia e representa
os associados no Conselho
de Administração da organização.
“Esse acordo
é perigoso porque permite o
amplo acesso à biodiversidade amazônica pela
Novartis e prevê o envio de
material genético vivo (germoplasma), em
grande escala, em forma de
cepas de microorganismos”, diz o pesquisador,
observando que a Lei de
Acesso à Biodiversidade ainda não foi aprovada,
não havendo, portanto uma
legislação específica para garantir o
cumprimento de itens do
acordo.
DECISÕES ISOLADAS
Spartaco afirma, ainda, que
as discussões preliminares sobre o acordo
com a Novartis não foram
submetidas ao Conselho Técnico-Científico e que
tem sido comum a diretoria
geral da Bioamazônia tomar decisões isoladas,
sem ouvir o conselho de
administração. “Eu reconheço que é importante a
colaboração da Novartis e de
empresas internacionais de porte para o
desenvolvimento
bioindustrial sustentável da Amazônia, mas é preciso
cuidado com os termos
desses acordos de cooperação”, diz o pesquisador.
O diretor-geral da
Bioamazônia, Wanderley Costa, argumentou, por
telefone, a A CRÍTICA,
ontem, que o acordo com a Novartis prevê,
expressamente, que todas as
atividades de acesso aos recursos da
biodiversidade, assim como
sua manipulação e desenvolvimento, são
regidas pelos princípios da
Convenção da Diversidade Biológica e de
outras normais disponíveis
no País. “Além disso, as cláusulas do acordo
poderão ser modificadas
caso o Brasil aprove uma lei específica para a
matéria”, diz Costa. Costa nega que o acordo com a empresa
suíça não
tenha sido amplamente
discutido pelos conselhos da
Bioamazônia. Segundo
ele, durante um ano o
assunto foi analisado. Atendendo
uma sugestão
apresentada por Spartaco, o
diretor da Bioamazônia submeterá,
no
entanto, o acordo a uma
reunião extraordinária do Conselho de
Administração, numa data
ainda não definida. “Dessa reunião
pode sair
uma sugestão de
aperfeiçoamento do acordo e isso já estava previsto na
cláusula que estabelece um
prazo de 90 dias para que o Comitê
Diretor
detalhe aspectos técnicos
do projeto”, argumenta Costa.
REAÇÃO
Atitude do ministro
surpreende
Para o diretor-geral da
Bioamazônia, o ministro Sarney Filho deve ter
sido mal assessorado no que
diz respeito à polêmica envolvendo o acordo
firmado pelo Probem, o program
da bioamazônia, com a empresa suíça
Novartis. “Estranhamos
inclusive o fato de o ministro não ter nos
chamado para conversar
antes de se pronunciar por meio de uma nota à
imprensa. Fomos
surpreendidos e esperávamos outra atitude do ministro
até por conta do bom
relacionamento que temos mantido nesse primeiro ano
de existência da
entidade”, queixou-se
Wanderley Costa, que está em São Paulo.
Ao insistir que não existem
“perigos” nos termos do acordo firmado com a
Novartis, Costa diz, numa
referência indireta ao biólogo Spartaco Filho,
que perigoso é ter gente
dentro da própria Bioamazônia tentando impedir
a entidade de cumprir sua
missão, que é fazer parcerias com o setor
privado para fazer pesquisa
aplicada. “Qual é a empresa que terá
confiança de fazer
parcerias conosco depois desse episódio?”, disse
Costa.
Manaus - Jornal A Crítica.
AVISOS E DENÚNCIAS
·
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Aterro Sanitário de Paciência - RJ -
Audiência Pública sobre a implantação dia 13/06/2000, às 19h em Santa Cruz.
·
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Construção de 84 casas em área de
proteção ambiental (Mata Atlântica) em Miguel Pereira - RJ
·
·
Denúncia da Associação de Moradores da
Ilha dos Pescadores de crime ambiental em obras irregulares no empreendimento Condomínio
Ponta do Partido I e II - Pontal, ao lado do Condomínio Marbela, em Angra dos
Reis - RJ.
·
·
Restaurante Grottamare, em Ipanema - Rio
(denúncia chegada ao CREA-RJ) de que os efluentes da cozinha são conduzidos até
a galeria de águas pluviais e a cozinha não possui filtro na chaminé.
·
·
A Enseada de Botafogo - Rio foi excluída
do PDBG.
·
·
Segundo a ALERJ a Serra da Misericórdia
- RJ vem sofrendo inúmeras agressões ambientais.
·
·
Federação de Moradores de São José do
Vale do Rio Preto - RJ, denuncia desmonte do Morro Redondo para instalação de
depósito de lixo.
·
·
Pergunta: Você acha válida a iniciativa
do Município do Rio de Janeiro de tomar o lugar do Estado no Licenciamento de
Atividades Poluidoras (SLAP)? Projeto 1474/99 enviado pelo Prefeito à Câmara
Municipal.
·
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Seminário de Educação Ambiental de 04 a
06/10/2000 (CREA-RJ/IME) - Taxa de Inscrição R$ 60,00 e estudante R$ 30,00.
Informação http://educamb.ime.eb.br
·
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Seminário dia 23/06/2000 em Cardoso
Moreira - RJ - "Realidade Ambiental das Regiões Norte e Noroeste
Fluminense. Livre
·
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Palestra "Estratégia de Combate às
Secas e à Desertificação em Bacias Hidrográficas", dia 29/06/2000 na sede
do CREA-RJ, Rua Buenos Aires 40 - Rio. Livre.
·
·
Vem por aí nova tentativa de modificação
no Código Florestal.
Educação Ambiental:
Reflexões de um Biólogo Sanitarista
José Luiz Negrão Mucci
Existem, sem dúvida, várias definições para educação. É inegável , porém, o
fato de que este é um processo cuja meta é a mudança de comportamento. Aliás, é
exatamente isso que se pretende quando se fala em educação ambiental: mudar
o modo como as pessoas reagem frente à prevenção e ao controle de problemas
ambientais concretos.
Tal tarefa torna-se ainda mais difícil se tivermos em mente que as mudanças no
ambiente, quer sejam elas naturais ou provocadas pela atividade antrópica,
quase sempre têm origem local mas seus efeitos, pelo menos a longo prazo são,
sem dúvida, globais. Essa dimensão mundial que a problemática ecológica - como
hoje em dia são chamados todos os fenômenos ligados ao meio natural assume,
deixa claro que a busca de maneiras para preservar o ambiente, deve transcender
o ambiente acadêmico e passar a ser preocupação de todos os setores da
sociedade. Assim, toda a intervenção no sentido de evitar ou minimizar os
impactos ambientais deve levar em conta as particularidades socio-econômicas e
culturais inerentes a cada povo da terra.
As considerações acima, mostram que a degradação do meio em que vivemos e todas
as possíveis medidas para contê-la, há muito deixaram de ser objeto de
preocupação unicamente das ciências biológicas, envolvendo também a sociologia
e a economia (convém lembrar que as palavras ³economia² e ³ecologia² têm o
mesmo prefixo ³eco², que deriva de ³oikos² (³casa², em grego) mas, como se vê ,
seus pontos em comum vão muito além da etimologia.
Hoje em dia, embora continuem válidos o conceitos de ecossistema e bioma
propostos pela ecologia clássica, o crescente aumento populacional que se
verifica no planeta como um todo, nos força a considerar a água, o ar e o solo,
não só como componentes da biosfera capazes de suportar uma determinada
comunidade mas, principalmente como recursos que podem e devem ser explorados
respeitando-se a sua capacidade suporte e a cultura dos povos das regiões que
ocupam.
Devemos lembrar, no entanto, que as breves reflexões aqui contidas, não devem
induzir o leitor ao raciocínio simplista de que para cada tipo de poluição
existe um processo definitivo de tratamento. Não se trata de uma equação
matemática que, se resolvida corretamente, produz invariavelmente, um o mesmo
resultado, qualquer que seja o matemático que se entregue a tal tarefa. Os
ecossistemas são complexos e seu ³funcionamento² depende de inúmeras variáveis.
Por essa razão, muitas vezes ao resolvermos um determinado problema de poluição
estamos, mesmo sem saber, causando outro tipo de desequilíbrio que pode levar
longos períodos de tempo para se manifestar e quando isso ocorrer, talvez não
sejamos mais capazes. de relacionar o seu surgimento à nossa intervenção
anterior. Dessa forma, nunca é demais enfatizar que a melhor maneira de
controlar a poluição é evitar que ela ocorra. Como fazê-lo? Um bom começo é
meditar sobre algumas questões: Que tipo de planeta desejamos habitar?, ( ou
seja, o desenvolvimento econômico compensa qualquer sacrifício?) Que tipo de
planeta podemos ter?, (isto é, uma certa dose de altruísmo, cidadania e espírito
coletivo, não seria suficiente para garantir uma qualidade de vida adequada
para nós e para todos os outros seres vivos?)
Seja qual for a resposta que tenhamos dado, perceberemos que o problema
centra-se em uma questão de valores: queremos realmente que a ecologia tenha
mais peso do que a economia no balizamento de nossas decisões?
Espera-se que cada um de nós tenha respondido, ou esteja tentando responder a
estas perguntas adotando um comportamento e um modo de vida adequado e, se for
o caso, tentando mudá-lo.
Finalmente, gostaríamos que a esta altura o leitor tivesse em mente que a
solução dos problemas ambientais passa pela mudança de comportamento baseada no
conhecimento (educação), pois sem o suporte do conhecimento qualquer ação ou
intervenção do homem no meio em que vive, se torna frágil e ineficaz.
O autor é Professor Doutor do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de
Saúde Pública Universidade de São Paulo.
O que aprendi na Floresta Tropical
Por
Tachi Kiuchi - CEO da Mitsubishi Electric USA.*
Quando
visitei a floresta tropical da Malásia, aprendi o que muitos já sabem: salvar a
floresta tropical é uma oportunidade de negócios. Criatividade e tecnologia
podem ser usados para substituir a extração de árvores e recursos.
Mas
havia uma lição mais profunda para mim. É do interesse das empresas, não
meramente salvar a floresta tropical, mas competir com ela. Operar como um
sistema vivo é talvez o desafio mais importante e lucrativo que enfrentam as
empresas hoje.
Como
pessoa de negócio, temos observado a floresta tropical da maneira errada. Seu
real valor não está nas árvores ou propriedades farmacêuticas. Está no
"design" e nas relações. As florestas tropicais são incrivelmente
produtivas, muito mais do que qualquer empresa do mundo. Mesmo com um solo bem
raso e poucos nutrientes, as florestas tropicais são o lar de mais de
dois-terços da biodiversidade do mundo. Elas mantêm uma estabilidade dinâmica
enquanto continuamente evoluem para uma complexidade sempre maior. Qual companhia
não estaria ansiosa de aprender com esse "design" ? Quando tiramos
árvores da floresta, podemos destruir seu "design". Mas quando
tiramos lições dela, nós cumprimos o seu propósito. Imagine quão criativo,
produtivo e ecologicamente benigno o comércio poderia ser se as companhias
entendesse as razões por trás do duradouro sucesso do ecossistema tropical.
Em
comparação com a floresta tropical, sistemas de "feedback"
(retroalimentação) em negócios não estão bem desenvolvidos. Na Mitsubishi Electric,
queremos saber os custos e benefícios completos de todo produto, e quais as
necessidades sociais e ambientais que podemos ajudar a satisfazer. Nossa
prioridade é criar o melhor sistema de "feedback" corporativo do
mundo.
Receber
"Feedback" Nossos sistemas de "feedback" ajudaram-nos a
baixar os custos, cortanto materiais e não pessoal. Estamos entre os melhores
no mundo em minimizar o uso de matéria- brutos em nossos produtos, tornando-nos
um líder no mercado de eletrônicos compactos. "Feedback" tem também
sido crucial para identificar novos mercados e investimentos lucrativos.
Torna-nos conscientes dos custos que outras pessoas têm de pagar; objetivamos
verdadeiramente conseguir nosso lucro reduzindo esses custos.
Diferenciação Numa floresta tropical, acomodação é morte. Se
dois organismos têm o mesmo nicho, apenas um sobrevive. O outro, ou se adapta,
ou morre. É o mesmo na economia atual. A maioria das companhias hoje está
tentando, desesperadamente, ser aquela que sobrevive, buscando o custo mais
baixo. Nós pensamos que é mais inteligente adaptar-se: criar produtos únicos,
preencher novos nichos, diferenciar. Aprendemos isso da maneira mais difícil,
quando não podíamos diferenciar suficientemente nosso televisor padrão daqueles
dos competidores e tivemos que interromper a produção. Agora, no lugar de matar
ou ser morto por competidores, nós nos desviamos deles fazendo nossos produtos
distintos, primeiro. Só então é hora de reduzir os custos.
Cooperação Muitas pessoas pensam que competitividade é a
chave do sucesso nos negócios, mas essa estratégia está desatualizada. No
passado, na economia não diferenciada, todos nós fazíamos os mesmo produtos
para os mesmos mercados. Não havia escolha a não ser competir. Hoje, Mitsubishi
Electric cada vez mais encontra lucro em "joint ventures"
cooperativos. Cada companhia mantém sua independência, especialidade e
competência singular. Como as espécies da floresta tropical, juntas nós nos
beneficiamos de nossa diversidade.
Um
exemplo é a criação de um renovador de ar que tanto permite minimizar custos de
energia quanto ajuda a prevenir a síndrome dos "edifícios doentes".
Um programa cooperativo de comunicações "feedback" alertou-nos para
essa oportunidade. O vendedor local, próximo do consumidor, sabia o potencial
de mercado; tínhamos a tecnologia para satisfazer a necessidade. Essa abordagem
conjunta de mercado e parcerias cooperativas são agora tão vitais para nosso
futuros quanto nosso produto.
Encaixar
bem Antes acreditávamos que a
sobrevivência ao enxugamento permitia apenas um vencedor. Na floresta tropical,
há vários vencedores, e o mesmo pode ser verdade em nossa economia. A questão
não é quem é mais enxuto, mas onde nos encaixamos melhor. Se solvemos um
problema real, satisfazemos uma necessidade então nós encaixaremos,
sobreviveremos e venceremos.
Na
Mitsubishi Electric, não apenas tocamos nosso negócio para fazer lucro. Nós
fazemos lucros por tocar nosso negócio. Nosso negócio tem significado e
propósito, uma razão de ser.
Isso
sugere a lição final que aprendi (até agora) com a floresta tropical: a missão
mais nobre dos negócios é ajudar o completo desenvolvimento do ecossistema
humano, sustentabilidade como na floresta tropical, em toda sua diversidade e
complexidade.
O
que aprendi com a floresta tropical é fácil de entender. Podemos usar menos, e
ter mais. Consumir menos e ser mais. Esse é o único modo. Porque os interesses
dos negócios e os interesses do meio ambiente não são incompatíveis. Eles são
os omote e ura japoneses, o yin e yang chineses, produto e processo, economia e
ecologia, mente e espírito duas metades.
Somente
juntos poderemos fazer um mundo como um todo.
Tachi
Kiuchi é CEO da Mitsubishi Electric USA.
Texto
extraído do GEF Global Environment Facility. Valuing The Global
Environment Actions & Investments for a 21st Century. GEF, 1998. Página 52. www.gefweb.org
Tradução Maria do Carmo Zinato*
A responsabilidade de
todos nós
Fernando Gabeira(1)
Já faz muito tempo, numa
pequena cidade japonesa, um homem comum teve uma experiência extraordinária.
Todos os dias fazia o mesmo trajeto entre a casa e o trabalho, até que um dia
deparou-se com um largo buraco negro à beira do caminho, que nunca tinha notado.
Aproximou-se e, como não enxergava o fundo, atirou lá dentro uma pedra, para
medir a profundidade em função do tempo da queda. Mas não houve ruído algum.
Repetiu a tentativa com vários outros objetos, mas nada preenchia o buraco ou
indicava sua profundidade. Intrigado, o homem fez uma última tentativa de
entender aquele buraco, gritando para o seu interior: "Há alguém ai
embaixo?" A única resposta que obteve foi o eco de sua própria voz.
O homem saiu pelas ruas
a divulgar o estranho fenômeno. Além da atenção dos curiosos, em pouco tempo o
buraco passou a receber também sacos e mais sacos de lixo. Primeiro da
vizinhança, depois de todo o bairro, da cidade e do país. Enfim, aquele
misterioso buraco era a solução para o problema do lixo do mundo.
Alguns meses depois, em
seu caminho para o trabalho, o homem contemplava mais uma vez o milagroso
buraco que descobrira, quando desabou sobre sua cabeça um gigantesco saco de
lixo. Refeito do impacto, o homem olhou à sua volta e não viu ninguém, nem
ouviu nada. Exceto uma voz distante, que parecia vir do céu: "Há alguém ai
embaixo?"
Esta antiga parábola
japonesa, aqui resumida, expressa de certa forma a história da percepção que a
Humanidade tem do meio ambiente: um lugar de onde se extraem riquezas, mas
desvalorizado em sua totalidade, mero pano de fundo para as atividades humanas,
uma dimensão exterior ao homem, capaz de absorver de forma infinita tudo aquilo
que não lhe serve.
Nos anos 60, o mundo
começou a descobrir que estava mergulhado numa crise ecológica. Vários tipos de
contaminação, dos pesticidas aos resíduos nucleares, já comprometiam águas,
solos e ar em escala planetária. A exploração dos recursos naturais também logo
se mostraria acelerada demais. Foi então que cientistas, jornalistas a
ativistas em geral iniciaram a grande virada de consciência: o meio ambiente,
que até então não era problema de ninguém, teria que passar a ser
responsabilidade de todos.
Essa virada ainda não se
completou. E isso provavelmente levará ainda algumas décadas, como ocorre com
toda grande transformação cultural. No entanto, é possível afirmar que a fase
mais difícil desse processo já foi cumprida. Nos últimos trinta anos, uma massa
impressionante de informações sobre a problemática ambiental foi gerada e
reproduzida intensamente pela mídia, pela literatura e pelas próprias pessoas.
Existe hoje um considerável grau de conhecimento sobre o meio ambiente
consolidado nas instituições e disseminado na opinião pública. Falta
transformar esse conhecimento público em consciência individual.
Assim como os direitos
humanos e todas as conquistas civis, o direito a um meio ambiente equilibrado
só irá vigorar de fato quando tornar-se uma convicção de cada um. É claro que,
como no resto do mundo, já existe no Brasil uma série de instituições
encarregadas de zelar pelo meio ambiente, a começar pela própria Constituição
(além de farta legislação, órgãos públicos, etc). No entanto, a força e a
legitimidade dessas instituições serão um reflexo direto da real importância
que lhes confere o cidadão. Uma simples rua esburacada, por exemplo, basta para
provocar indignação e protestos, mas ainda que o ar dessa mesma rua irrite
olhos, provoque tosse e consuma pulmões, na maioria das vezes o cidadão ainda
engole a poluição calado.
A média dos cidadãos ainda
não tem a compreensão da abrangência que a questão ecológica alcançou no mundo
moderno: saúde, emprego, alimentação, segurança, eficiência empresarial,
energética e de transportes, qualidade de vida urbana e rural são conquistas
previsíveis de uma sociedade que investe em meio ambiente. E só as novas
gerações, com seus princípios ainda em formação, serão capazes de compreender a
fundo a necessidade de se retirar a ecologia do segundo plano para tratá-la
como questão prioritária.
Por mais que Estado, empresas,
imprensa e cidadãos tenham se aprimorado no exercício de suas responsabilidades
para com o meio ambiente, a grande transformação cultural que pode livrar o
planeta do colapso depende, do surgimento de uma nova mentalidade. Por conta
disso, aqueles cujo ofício é justamente ajudar a fazer as novas cabeças - como
os profissionais do ensino - têm hoje uma grande fatia da responsabilidade
sobre o destino do meio ambiente mundial.
(1)
(1)
Jornalista e escritor,
deputado federal (PV-RJ). http://www.intelecto.net/cidadania/meio-1.html
ECOLOGIA E DEMOCRACIA:
DUAS VERTENTES QUESTIONAM O DESENVOLVIMENTO
Herbert de Souza (1)
O debate sobre o desenvolvimento
está hoje ligado, de forma indissociável, ao problema da ecologia. Toda uma
vertente progressista (social-democrata ou socialista) questionou o
desenvolvimento realizado tanto pelo capitalismo como pelo socialismo em seus
efeitos sociais e políticos. O argumento central era o de que o desenvolvimento
não foi capaz de responder às necessidades básicas da maioria da população
(excludência do desenvolvimento) e nem permitiu que as decisões tomadas em nome
desta maioria contassem efetivamente com a participação da sociedade. O
capitalismo desenvolveu (bem) para poucos que ficaram muito ricos a partir da
participação de poucos; o socialismo desenvolveu para muitos (e mal) a partir
da participação de poucos. A crítica diagnosticou a exclusão econômica e
política como causa do fracasso comum dos dois modelos históricos presentes na
agenda da chamada modernidade.
A vertente progressista
criticou o desenvolvimento a partir de uma dimensão democrática fundamental
baseada nos princípios de igualdade e participação, mas não foi capaz e incluir
a relação da humanidade com a natureza e o meio ambiente em sua crítica. A
vertente progressista atuou como se existisse num mundo onde os homens e
mulheres vivessem sem relação com a natureza, ou como se a relação com a
natureza pudesse ser ignorada, sem produzir conseqüências fundamentais. Ao
privilegiar as relações sociais, ignorou as relações naturais.
Uma outra vertente de
crítica e questionamento do desenvolvimento emergiu principalmente nos países capitalistas
desenvolvidos (Estados Unidos e Europa capitalista), e teve origem na cultura
liberal progressista, que mesmo incapaz de se confrontar com o rosto pobre do
mundo, foi no entanto sensível à morte de baleias, pássaros e plantas, e às
ameaças a sua própria vida, que vinham das bombas nucleares, do efeito estufa e
do risco de asfixia e extinção que ameaça o mundo.
Ao ver somente o rosto
humano, os progressistas não foram capazes de ver a vida em todas as suas
manifestações, e perderam a capacidade de ver todas as relações que unem os
seres vivos e naturais. Ao ver o rosto da natureza, mesmo ignorando muitas
vezes o rosto humano, a vertente liberal ajudou a completar o quadro e
surpreendeu o capitalismo pelas costas, questionando seu impulso predador e sua
tendência suicida escondida na voragem produtivista. O encontro contraditório
das duas vertentes colocou a questão ecológica na ordem do dia e se impôs ao
pensamento moderno como um ponto de encontro da crítica do mundo atual e da
busca de uma relação entre os homens e a natureza, portanto entre os homens e
sua própria história.
Um novo pensamento se
apresenta ao mundo com pretensões de universalidade, o ecológico, questionando o
desenvolvimento e os modelos de sociedade. Esse desafio é apresentado como
necessidade de se repensar o desenvolvimento na sua dimensão social. Recoloca a
crítica dos sistemas existentes, forçando o capital a se confrontar com o meio
ambiente, que pretendeu e ainda pretende subordinar em sua realização. O
pensamento ecológico está dizendo ao capital que antes dele vem a relação com a
natureza, diante da qual o capital é apenas uma criança brincando de Criador,
sem ter idade e sabedoria para isso.
O pensamento ecológico pode
constituir-se num ponto de partida capaz de aprofundar a crítica do
desenvolvimento, tal como realizado no mundo moderno, e de unir e produzir uma
nova confluência cultural e ideológica, que se move em direção à democracia,
onde não somente os homens e mulheres possam se encontrar num mundo de todos,
como também estabelecer uma relação de qualidade diferente com a natureza de
que somos parte e pela qual somos responsáveis. Os princípios básicos das
relações humanas já foram propostos, não estabelecidos, pelo pensamento
democrático. Os princípios básicos das relações entre a humanidade e a natureza
ainda não foram devidamente discutidos e estabelecidos entre nós, o que nos
leva muitas vezes a produzir dicotomias inconsistentes e falsas contradições.
Esse é um desafio moderno. Não fomos capazes de incluir em nosso horizonte toda
a humanidade, nem fomos capazes de nos incluir no horizonte de um universo que
nos ultrapassa em tantas dimensões. Ao recuperarmos um desafio de tal
magnitude, talvez sejamos capazes de recuperar também a capacidade de nos
superarmos.
Os movimentos sociais que se
desenvolvem hoje no mundo inteiro em relação ao meio ambiente ou se filiam, em
grande parte, a essas duas vertentes ou nelas tiveram origem, e colocam suas
ênfases e prioridades ora nas conseqüência sociais e políticas do
desenvolvimento, ora nas conseqüências ambientais. O mesmo se pode dizer das
ONGs [organizações não governamentais] que se desenvolveram ao longo dos
últimos anos, divididas basicamente entre ONGs ambientalistas e ONGs de
desenvolvimento social. A linha de clivagem que as divide tem no meio ambiente
a questão que as une e uma mesma causa e desafio, o de promover o encontro da
humanidade consigo mesma e como mundo natural que a constitui.
ONIPOTÊNCIA E DESTRUIÇÃO
O pensamento democrático
está desafiado a pensar o desenvolvimento de toda a humanidade em harmonia com
a natureza, isto é, incluindo-se como parte do próprio desenvolvimento da
natureza e não como apropriador externo e predador de uma natureza vista
simples e unicamente como matéria-prima do desenvolvimento humano. Isso
significa conhecer as possibilidades e os limites do mundo natural, o mundo
finito, a irreversibilidade de certas existência quando destruídas (o fim de
espécies), as diferentes mortes possíveis no mundo natural e a complexa e
fundamental inter -relação de todos os seres do e no universo.
Alguns dos princípios do
pensamento democrático, que deveriam orientar as relações entre os seres
humanos podem ser aplicáveis à relação com a natureza - os princípios da
diversidade e da solidariedade, mas obviamente não podemos aplicar ao mundo
natural os princípios de igualdade, liberdade e participação.
A relação com a natureza,
com o meio ambiente , exige a produção de princípios capazes de dar conta de
uma relação específica entre a humanidade e o mundo em que vive. Até hoje, essa
relação foi vista como de domínio e de absoluta superioridade sobre todos os
seres naturais que nos circundam, o que nos tem autorizado a utilizar toda a
capacidade de destruição existentes para o atendimento do que consideramos
nossas necessidades. Os limites que estão sendo propostos ou imposto a esse
processo ultimamente derivam em grande medida do mesmo princípio. Argumenta-se
que se continuarmos a destruir o meio ambiente, na escala atual seremos
destruídos por ele num futuro cuja proximidade se discute. A defesa do meio
ambiente é feita em nome da sobrevivência humana, como se a destruição pudesse
ser permitida se tal sobrevivência não estivesse ameaçada. A tese da
superioridade absoluta do homem sobre a natureza traz implícita a teoria da
desimportância total da natureza e da onipotência total dos seres humanos. O
homem assume o lugar de Deus e declara sua independência e estranheza em relação
ao mundo. O mundo é apenas um envoltório da existência humana, usável ou
descartável, segundo as circunstância. Em poucas palavras, só a humanidade vale
no mundo dos existentes, tudo o mais é referência
Será possível construir uma
outra ética para essa relação? Será possível estabelecer uma ética que regule
as relações entre a humanidade e todos os outros seres, de tal modo que
saibamos nos comportar diante de um pássaro, do mar, dos rios, das floresta e
de um inseto? O pensamento ecológico, ao postular a inter-relação inevitável
entre todos os seres numa perspectiva ecossistêmica, coloca essa questão na
ordem do dia. Não estará o pensamento ecológico recolocando, também para a
humanidade, a necessidade de se repensar como se da natureza, plenamente natural?
Creio que o pensamento
democrático pode dar conta dessas questões não somente quando aplica às
relações humanas os seus princípios (igualdade, liberdade, solidariedade,
diversidade e participação), mas também quando busca elaborar princípios específicos
reguladores da relação humanidade-natureza, capazes de superar a ética
dominante, essencialmente utilitária e autoritária, de todo jeito, sociedade e
desenvolvimento democráticos já trazem implícita em seus desdobramentos a
possibilidade de novas relações com o meio ambiente, fundadas em princípios que
poderiam ser, por analogia, uma extensão daqueles aplicados às relações
humanas. Dificilmente uma sociedade em paz consigo mesma traria, em sus
interior, os impulsos destruidores da atual.
UMA REFLEXÃO A PARTIR DO
BRASIL
No Brasil, o desenvolvimento
constituiu-se basicamente num duplo processo de produção da desigualdade em
nível social: através do autoritarismo político e do descaso ou destruição
sistemática dos recursos naturais disponíveis em abundância no país. Começamos
por destruir os povos indígenas que aqui viviam em paz com a natureza. Depois,
operamos o desenvolvimento através da força de trabalho escrava, destruindo
gente para mover a economia e acumular riqueza para uns poucos. Com a industrialização,
continuamos no mesmo caminho, acentuando as desigualdades, concentrando a
renda, pagando baixos salários, ignorando as condições de vida e de trabalho
dos trabalhadores, explorando de forma extensiva e predatória os recursos
naturais, incendiando floresta, poluindo rios, lagos e mares, gerando
metrópoles, onde o ar é poluído e milhões de pessoas vivem na miséria.
No Brasil, hoje, reaparecem
epidemias que deveriam estar erradicadas há mais de um século, e o país se vê
frente a outras, novas, que não tem condições de enfrentar (como a AIDS). Nas
grandes cidades, o ser vivo mais ameaçado de extinção pela violência do próprio
homem são as crianças de rua, que se transformam em alvo de grupos organizados
e são assassinadas sob o olhar cúmplice ou complacente do poder público e, às
vezes, da própria sociedade.
Na Amazônia, a ação
predatória das madeireiras da grilagem, dos grandes projetos minerais, das
hidrelétricas gigantescas, coloca em evidência o quanto se pode destruir de
forma talvez definitiva, um bem natural de tal importância e magnitude.
No centro-sul, as atividades
agrícolas e industriais desprezam ao extremo as conseqüências de sua atuação
sobre o meio ambiente, provocando o desgaste precoce de solos, a poluição de rios,
a destruição de florestas. A ausência de reforma agrária, entre outros
problemas, tem obrigado milhões de pessoas a se refugiarem nas grandes cidades,
onde a miséria e a degradação do meio ambiente vêm como conseqüências
inevitáveis.
No Brasil, a degradação do
meio ambiente e da sociedade, das pessoas e da natureza, constitui cara e coroa
de uma mesma moeda, de um mesmo estilo de desenvolvimento e da ausência de
democracia. Uma sociedade organizada para beneficiar tão poucos, e com tal
nível de exclusão, não tem olhos para ver seus próprios habitantes, e seria
quase insano esperar que aqueles que não sabem respeitar os direitos de uma
criança possam demonstrar interesse pela preservação da flora e da fauna. No
Brasil, a defesa do meio ambiente tem de começar pela defesa da própria
humanidade, tomando como caminho o da democracia. O autoritarismo, aqui e em
várias partes do mundo, já demostrou que seu projeto de desenvolvimento não
contempla a maioria das pessoas nem o respeito à natureza. Seu fracasso
constitui a nossa questão ecológica. Resta o outro caminho, aquele que constrói
pontes de solidariedade, igualdade e participação, com respeito à diversidade e
à liberdade sob um novo olhar, por que não, uma nova emoção. Afinal, não deve
estar tão longe assim o tempo em que olhávamos para o céu em busca de estrelas
e de um sentido mais amplo e profundo para nossas vidas.
UM PONTO DE ENCONTRO
A percepção generalizada de
que, ao chegar a um determinado nível de desenvolvimento, a humanidade deve
rever seus caminhos (a crítica) e se reencontrar consigo mesma e com o meio
ambiente, para construir novos rumos (a proposta), pode ser também um momento
de produzir um fecundo encontro entre tudo o que existe de democrático na
cultura humana produzida até agora.
A tradição liberal pode
aportar os valores da individualidade, da diversidade, do pluralismo, que se
contrapõem à tendência individualista e autoritária encrustada na teoria do
Estado e na prática dos oligopólios, que o pensamento liberal ajudou a construir
e que se nega a reconhecer como produto de seu próprio desenvolvimento. Os
liberais podem ser chamados a levar a sério sua pregação da liberdade(desde que
para todos) e dos valores da individualidade (desde que respeitando a
diversidade e a extensão desse direito a todos).
A tradição progressista,
socialista, pode aportar os valores da solidariedade, da participação e da
igualdade, revendo seu descaso pela liberdade e a diversidade, sua alienação e
fascínio pelo poder do Estado, e produzindo um humanismo aberto ao mundo e não
fechado na idéia de uma sociedade onde as necessidades básicas são satisfeitas,
mas onde são mortas as idéias que criam novas necessidades e novas sociedades.
Esse encontro pode ser
fecundado, de forma notável, pela potencialização do conhecimento científico
produzido ao longo do tempo, o qual sempre teve um olho para o mundo biofísico
e outro para o mundo humano, sem nunca conseguir produzir um mundo onde os dois
possam se encontrar em harmonia.
A ecologia pode facilitar
esse passo à frente, através do qual a humanidade se recoloca e recolhe de sua
produção intelectual, social, cultural e política o que de melhor e mais
universal existe, para reassumir seu papel como agente e autora de sua própria
história. Talvez olhando além possamos ver melhor aqueles que estão perto de
nós e descobrir, finalmente, que o que de melhor temos somos nós mesmos, a
humanidade, nesse mundo que nos é dado para viver, amar e cuidar.
(1) Herbert de Sousa (Betinho), sociólogo, foi criador e diretor
geral do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, escritor e
animador nacional da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida.
http://www.intelecto.net/cidadania/meio-2.html
AFINIDADE
A afinidade não é o
mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais
independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as
impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o
diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do
adivinhado sobre o real. Do subjetivo sobre o objetivo. Do permanente sobre o
passageiro. Do básico sobre o superficial. Ter afinidade é muito raro. Mas
quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes
do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de
estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai
simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos
que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir
por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser
amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. Sentir
com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber.
É mais calar do que falar. Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com
masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar
o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade,
questiona por não aceitar. Só entra em relação rica e saudável com o outro,
quem aceita para poder questionar. Não sei se sou claro: quem aceita para poder
questionar, não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da
maneira que é. E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o
caso. Isso é afinidade. Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não
aceita o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona. Questionamento de afins,
eis a (in)fluência. Questionamento de não afins, eis a guerra.
A afinidade não
precisa do amor. Pode existir com ou sem ele. Independente dele. A quilômetros
de distância. Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar. Há
afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar, por vizinhos com quem nunca
falamos e de quem nada sabemos. Há afinidade com pessoas de outros continentes
a quem nunca vemos, veremos ou falaremos. Quem pode afirmar que, durante o
sono, fluidos nossos não saem para buscar sintomas com pessoas distantes, com
amigos a quem não vemos, com amores latentes, com irmãos do não vivido?
A afinidade é
singular, discreta e independente, porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu o vínculo da
afinidade! No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação
exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas nem pelas pessoas
que as tem. Por prescindir do tempo e ser a ele superior, a afinidade vence a
morte, porque cada um de nós traz afinidades ancestrais com a experiência da
espécie no inconsciente. Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,
para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade. É exigente, apenas de que as pessoas evoluam
parecido. Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,
porque o que define a afinidade é a sua existência também depois. Aquele ou
aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois encontra com saudade
ou alegria, mas percebe que não vai conseguir restituir o clima afetivo de
antes, é alguém com quem a afinidade foi temporária. E afinidade real não é
temporária. É supratemporal. Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,
ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade. A pessoa mudou,
transformou-se por outros meios. A vida passou por ela e fez tempestades,
chuvas, plantios de resultado diverso.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças, é conversar no
silêncio, tanto das possibilidades exercidas, quantos das impossibilidades
vividas.
Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou, sem lamentar o
tempo da separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas a
oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se
dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do
outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado.
(Arthur da Távola)
Rio+5 - Por Roberto Villar* - Carta da Terra
A
cantora argentina Mercedes Sosa representou a América Latina no grupo que
redigiu a Carta da Terra. A Comissão de notáveis também contou com a
participação do ex-presidente da extinta União Soviética, Mikhail Gorbachev
(Europa), do presidente do Conselho da Terra, Maurice Strong (América do
Norte), e da Princesa Basma Bint da Jordânia (Oriente Médio).
Para
desenvolver e implementar os princípios desta Carta, as nações do mundo
deveriam adotar, como um primeiro passo, uma convenção internacional que
promova um marco legal integrado para as leis e políticas existentes e futuras
referentes ao meio-ambiente e ao desenvolvimento sustentável. Já existe na ONU
uma proposta da ONG União Internacional para a Conservação da Natureza (The
World Conservation Union - IUCN) de criação de uma Convenção Internacional
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. As convenções são de aplicação
obrigatória, e devem ser ratificadas pelos Congressos Nacionais dos países
signatários. As cartas e declarações não.
*
Repórter das rádios Gaúcha e CBN, de Porto Alegre. E-mail:
rvillar@voyager.com.br
A
Terra é nosso lar e o lar de todos os seres vivos. A Terra em si está viva. Nós
somos parte de um universo em evolução. Hoje, os seres humanos são membros de
uma comunidade de vida interdependente com uma magnífica diversidade de formas
de vida e culturas. Nós nos tornamos humildes diante da beleza da Terra e
compartilhamos a reverência pela vida e as fontes de nossa existência. Nós
agradecemos a herança que recebemos das gerações passadas e assumimos nossas responsabilidades
frente às gerações presentes e futuras.
A
Comunidade da Terra encontra-se em um momento de definição. A biosfera é
governada por leis que ignoramos em detrimento de nós mesmos. Os seres humanos
adquiriram a habilidade de alterar radicalmente o meio ambiente e os processos
em evolução. A falta de previsão e a má utilização do conhecimento e do poder
ameaçam a fabricação da vida e as fundações da segurança local e global. Existe
grande violência, pobreza e sofrimento em nosso mundo. É clara a necessidade de
uma mudança fundamental.
A
escolha está diante de nós: proteger a Terra ou participar de nossa própria
destruição e da diversidade de vida. Devemos reinventar a civilização
industrial e tecnológica, encontrando novos caminhos para equilibrar o ser e a
comunidade, o possuir e o ser, a diversidade e a unidade, curto prazo e longo
prazo, utilizar e nutrir.
No
meio de toda nossa diversidade, somos uma humanidade e uma família da Terra
compartilhando um destino. As ameaças com as quais nos defrontamos requerem uma
visão ética global. As associações devem ser constituídas e a cooperação deve
emergir em níveis locais, bioregionais, nacionais e internacionais. Numa
interação solidária e com a vida em comunidade, nós, os povos do mundo, nos
obrigamos a agir guiados pelos seguintes princípios que se interrelacionam:
1
- Respeito à Terra e a todos os meios de vida. A Terra, cada forma de vida, e
todos os seres vivos possuem valor intrínseco e devem ter a garantia de serem
respeitados independentemente de seu valor utilitário para a humanidade.
2
- Cuidado com a Terra, protegendo e resgatando a diversidade, a integridade e a
beleza dos ecossistemas do planeta. Onde existe riscos de danos irreversíveis ou
graves ao meio-ambiente, medidas preventivas devem ser tomadas para prevenir o
mal.
3
- Viver de forma sustentável promovendo e adotando meios de consumo, produção e
reprodução que respeitem e protejam de maneira segura os direitos humanos e as
capacidades regeneradoras da Terra.
4
- Estabelecer justiça, e defender sem discriminação o direito de todos os povos
à vida, liberdade e segurança da pessoa dentro de um meio-ambiente adequado à
saúde e bem-estar espiritual humanos. Os povos têm o direito à água potável, ar
limpo, solo descontaminado e alimento.
5
- Dividir igualmente os benefícios da utilização de recursos naturais e de um
meio-ambiente saudável entre as nações, entre ricos e pobres, entre homens e
mulheres, entre gerações presentes e futuras e assumir todos os custos do meio
ambiente, sociais e econômicos.
6
- Promover o desenvolvimento social e sistemas financeiros que criam e mantém
as existências sustentáveis, erradicam a pobreza e fortalecem as comunidades
locais.
7
- Praticar a não-violência, reconhecendo que a paz é um absoluto criado por
relações harmoniosas e equilibradas consigo mesmo, outras pessoas, outras
formas de vida e a Terra.
8
- Fortalecer os processos que impulsionam as pessoas a participar efetivamente
na tomada de decisões e assegurar a transparência e a prestação de contas na
gestão e na administração de todos os setores da sociedade.
9
- Reafirmar que os Povos Indígenas e Tribais têm um papel vital no cuidado e
proteção da Terra Mãe. Eles têm o direito de ter resguardados sua
espiritualidade, conhecimento, terras, territórios e recursos.
10
- Afirmar que a igualdade de raças é um requisito para o desenvolvimento
sustentável.
11
- Garantir o direito à saúde sexual e de reprodução com preocupação especial
para com mulheres e meninas.
12
- Promover a participação da juventude como agentes confiáveis de mudança para
a sustentabilidade local, bioregional e global.
13
- Promover e colocar em uso conhecimentos e tecnologias científicas e de outros
tipos que resultem em vida sustentável e protejam o meio-ambiente.
14
- Garantir que os povos no decorrer de suas vidas tenham oportunidades de
adquirir o conhecimento, os valores e as habilidades práticas necessárias para
construir comunidades sustentáveis.
15
- Tratar todas as pessoas com compaixão e protegê-las da crueldade e destruição
premeditadas.
16
- Não fazer ao meio ambiente dos outros o que você não quer ver feito em seu
meio-ambiente.
17
- Proteger e restaurar lugares significantes quanto aos sentidos ecológico, cultural,
estético, espiritual e científico.
18
- Cultivar e agir com um sentido de responsabilidade compartilhada, para o
bem-estar da Comunidade da Terra. Cada pessoa, instituição e governo tem o
dever de atuar no sentido de obter as metas indivisíveis de justiça para todos,
sustentabilidade, paz mundial, respeito e cuidado para a maior comunidade da
vida.
Apoiando
os valores nesta Carta, poderemos crescer dentro de uma família de culturas que
permite que o potencial de todas as pessoas aflore em harmonia com a Comunidade
da Terra. Devemos preservar uma fé muito forte nas possibilidades do espírito
humano e um sentimento profundo de pertencer ao universo. Nossas melhores ações
englobarão a integração do conhecimento com compaixão.
Mensagens selecionadas e postadas até o dia 15 de
junho.
Projeto
Apoema - Educação Ambiental